hospital

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Fico esperando por 3 horas, e como eu previ, Day acorda chamando por mim e então a enfermeira me deixa entrar no quarto.

– Oi Day, estou aqui.

– Oi - ela diz e dá um sorriso para mim, depois fecha a cara olhando para a enfermeira – pode sair daqui, agora?

– Desculpe, mas como ela não é de sua família, ela não pode ficar aqui sem supervisão.

– Ela está aqui por mim, ela é minha namorada e é a única pessoa que eu posso chamar de família que tenho aqui, então ou você me deixa ficar com ela, e marca ela como acompanhante, se vira, fala que ela é minha meia irmã se for dar problema para você, não me importa como vai fazer, ou faz ou a gente vai se ver de novo quando eu sair daqui.

– Ok, estou indo - a enfermeira sai do quarto assustada

– não precisa disso, ela estava fazendo o trabalho dela.

– o trabalho dela, atrapalha meus planos

– como assim?

– Agora quem está no hospital por culpa da outra, sou eu.

– Day... não começa.

– Não? Porque você não aceita que eu sou melhor que você, que você atirou em uma pessoa que você dizia amar, eu nunca faria isso. Você reclama de eu ser uma gangster, mas a fria calculista é você.

– eu atirei para me defender.

– defender? Eu tinha parado, eu tinha pedido desculpas, se defender doque?

– de me machucar emocionalmente, denovo. - digo e sinto algumas lágrimas escorrerem do meu rosto

Mas que merda, ultimamente estou chorando.

– como assim?  Doque está falando?

– Eu ia te beijar, eu estava a um passo de te perdoar, até lembrar de tudo que fez comigo. - ok, agora não estou mais chorando, só estou regando o planeta terra com minhas lágrimas, a seca até acabou, EBA. – mas eu lembrei de tudo, e sei que se a gente voltar, somente eu vou estar assumindo que eu estou aceitando uma traição, que eu estou passando por cima de todos os meus princípios, somente para ter você ao meu lado. E não é isso que eu quero, não quero aceitar pouco, sendo que eu me dedico 100% a nós duas, sendo que eu te entreguei o meu coração, que eu confiei em você, e você, sem culpa alguma, fez oque fez, sem pensar em mim, no meu psicológico, na minha vida, na minha carreira, e eu nem quero saber se no momento em que você fodeu com aquelas garotas você lembrou de mim, ou se enquanto vendia dodrogas pensou em mim, ou enquanto matava pessoas pensou se fosse eu no lugar daquela pobre vítima, porque se não pensou é ruim e se pensou.. é pior ainda.

Você vai jogar isso na minha cara até quando, Caroline?

Respiro fundo e penso, realmente ela já sabe, ela já escutou tudo isso, ela sabe oque ela fez, eu não preciso ficar me humilhando toda santa vez.

  você tem razão, não quero mais vingança, não quero mais ficar de joguinhos.

– e isso quer dizer que?

– Que eu cansei, que assim que sairmos desse hospital, não vou mais querer ver sua cara, eu desisto.

Me abaixo, pego o travesseiro dela na mochila e troco pelo do hospital, pegando aquele para mim.

– você lembrou do travesseiro?

você acha que eu não lembraria?

Ela fica em silêncio, eu pego uma coberta na bolsa que eu trouxe e cubro ela, depois eu forro o sofá com um lençou e deixo uma coberta nele para mim me cobrir

– você vai dormir aqui?

– oque você acha?

Pego meu pijama e as coisas de higiene, vou para o banheiro e tomo um banho rápido, quando volto para o quarto, vejo Day dormindo, meu impulso é maior que tudo, vou até ela e dou um beijo em sua testa e sussuro.

– boa noite, meu amor. Me desculpa por não ter sido o suficiente.

Após terminar de sussurar, ando até o interruptor de luz e o desligo, Deito e me cubro, e escuto Day falar.

– boa noite princesa, você sempre foi o suficiente, que eu sempre fui uma imbecil, uma imensa cuzona.

E tenho certeza, que naquela noite nós duas choramos até dormir, porque mesmo estando escuro e eu não conseguindo ver a garota que amo, escutei os soluços dela, ocasionando pelas lágrimas.

Um Amor Imperfeito - Dayrol Onde histórias criam vida. Descubra agora