Show particular

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Minha mãe já está se arrumando para dormir, e eu? Eu estou me arrumando para sair.

Se Dayane acha que eu vou ficar em casa só obedecendo as ordens dela, essa vadia está muito enganada.

Eu preciso seguir minha vida, ela seguiu a vida dela, mesmo ainda estando comigo, e agora quer que eu fique somente em casa, não é assim que funciona as paradas aqui.

Coloco um vestido preto com gliter, curto e decotado, faço uma maquiagem básica mas bem trabalhada, ficando o mais natural possível sem ser nada natural, eu estou uma tremenda gostosa, e quem dizer que não, está mentindo. Coloco um salto alto preto, faço caixos em meu cabelo e pronto, estou pronta, pego a minha bolsa e me despeço da minha mãe.

- Tchau, mãe. - dou um beijo em sua bochecha, que acaba ficando marcada pelo meu batom vermelho

- Tchau, meu amor. Se cuida, e assim que chegar, vai no meu quarto e me avisa.

- tudo bem, pode deixar.

Saio com a carro da minha mãe e vou até uma balada aqui perto, o lado bom de são Paulo é que balada estão abertas sempre. Chego e pago minha entrada, a balada é Open-Bar então hoje eu vou beber pra caralho, assim que entro na balada meus olhos se cruzam com o de uma garota, que sorri para mim ao me ver entrar, eu sorrio para a mesma. Agora parando para pensar.. é a Amanda. Vou até ela.

- Oi flor, desculpe pela confusão mais cedo. - digo assim que me aproximo dela

- Não tem jeito melhor de pedir desculpas? - ela diz e passa a mão delicadamente em meu braço, com as pontas dos dedos tocando minha pele, aquilo me gerou diversos arrepios

- como vai aceitar meu pedido de desculpas?

- assim.. - ela diz e me beija, um beijo intenso e rápido, não temos quase nenhuma sincronia, não é como a Day, e me pergunto seriamente como Dayane me trocou por isso, mas vou fazer de tudo para que eu consiga enlouquecer Dayane, sinto um olhar queimar meu corpo pelas costas, penso que pode ser Dayane, mas provavelmente não é, se fosse ela já estaria aqui fazendo o maior barraco

- você beija bem. - falo fingindo, totalmente

- espere para ver oque eu sei fazer de melhor. - ela olha para trás de mim, e sua expressão muda completamente - mas vamos fazer isso depois.

Ela diz e se afasta, eu olho para trás e vejo Dayane, o olhar raivoso dela cruza com o meu, agora estamos em um jogo, chamado: quem demonstra mais ódio apenas pelo olhar. Vem uma menina até a ela e sem mais nem menos a BEIJA. Eu não acredito nisso, e oque me deixa com mais raiva é que ela corresponde, mas deixa os olhos abertos, olhando para minha cara, e então começa uma guerra de quem pega mais pessoas, ela beija a balada inteira, e eu? Eu também, beijo literalmente todos, até os homens. Percebo como ela fica louca a cada boca que encosta na minha.

- Caroline. - escuto uma voz conhecida vindo de trás de mim, me viro e olho Dayane.

- Oque? Vai brigar comigo agora?

- não, vim completar a noite. falta você para mim ter beijado a balada inteira.

- se toma tendo Dayane, você é estúpida.

- não me provoca, estou com raiva de você e de todas as outras pessoas que tocaram em você, você é minha, está entendendo?

- Eu não sou um objeto que você comprou, para ter posse sobre mim. Eu sou um ser humano, caralho. Não um brinquedo sexual como você disse. - digo e viro o copo de Whiskey que estou segurando, já estou no quinto.

- Chega de beber, Caroline.

- eu bebo quantas, quando e aonde eu quiser. Eu dou, eu como, eu gozo, para quem eu quiser, aonde eu quiser, quando eu quiser. - Acho que já estou gritando, o Garçom enche mais um copo para mim, e eu bebo novamente.

- Não se comporte como uma vadia, você não é uma vadia.

- Não, eu não sou, você que é. Galera, Galera, prestem todos muita atenção aqui. - digo e subo no balcão, ficando de pé nele - DJ, DJ, para a música. - então o som para de tocar, Dayane me olha com cara de desaprovação

- Desce daí agora, mas que porra Caroline. - ela diz, a balada toda esta quieta.

- tenho um anuncio para fazer aqui, sabe a onda de crimes que está acontecendo? - Dayane me olha, mostrando estar desesperada, sei que tudo que eu falar aqui, pode levar ela até a cadeia - foi essa mulher que comanda tudo. Eu era namorada dela, nos mudamos para São Paulo, ela prometeu largar o crime, mas claro que não largou. Ela é uma vadia, que se preocupa com ela. Me traiu com 15 garotas diferentes, e aquela ali - eu aponto para a Amanda, a mesma esconde o rosto envergonhada - ela é uma das amantes, que inclusive beija super mal, pessoas aqui, eu beijo mal? - todos fazem gesto negativo com a cabeça - se eu não beijo mal, não via necessidade de ser traída, não é? - eu começo a tirar a roupa, Mas Dayane corta meu barato, subindo também na bancada e tirando uma arma da cintura, dando um tiro em uma janela

- Saiam daqui agora, e porra nenhuma que vocês ouviram aqui, sai. Ou eu mato cada um de vocês, cada um. Tão esperando oque para sair porra?

E então pessoas saiem por todos os lugares possíveis, até pelas janelas do banheiro, nunca vi pessoas tão desesperadas, quando o bar já está todo para fora, Dayane vai até o dono e manda o mesmo dar o fora, e entregar a chave para ela, ele não demora muito para fazer isso.

- Pronto Caroline, está feliz? Fez o seu show

- oque pensa que está fazendo, Dayane? - digo vendo ela ir até a caixa de som e ligar uma música, um tanto quanto convidativa.

- Você ia tirar a roupa, tire. Dance para mim, quero ver seu show particular, meu amor.

- Não.

- entenda uma coisa, você encheu minha paciência, então ou você tira a roupa, dança para mim, e abre essa buceta deliciosa e deixa eu comer você igual a puta que você está se tornando. - ela diz e coloca a arma engatilhada em cima da mesa - ou você não sai daqui com vida.

Um Amor Imperfeito - Dayrol Onde histórias criam vida. Descubra agora