reencontrar

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Eu, minha mãe e Luísa chegamos em casa, ela leva suas coisas até o meu quarto e minha mãe diz que vai fazer um café, pois está um ar frio lá fora, e o bom de um café é que vai esquentar um pouco, Luísa concorda, por mais que ela não esteja com muito frio afinal, estava começando o inverno nos EUA e aqui é praticamente verão, mas Luísa ama café e eu e minha mãe também.

Luísa tira o sapato e se joga na minha cama, é incrível como ela se sente em casa mesmo depois de tanto tempo que não nos vemos, eu tiro meu sapato e me Deito ao lado dela, e então ela agarra minha cintura a abraçando forte e deita a cabeça no meu peito.

- falei o quando eu estava morrendo de saudades de você? - digo, passando minha mão ao redor do ombro dela, abraçando a área

- Sim, e eu falei que estava morrendo de saudades de você. Mas não me falou ainda o motivo do termino com a misteriosa da balada. - ela fala e nós duas rimos

Me lembro do dia em que eu conheci Day, da sensação que ela me causou, dos olhares que trocamos, dela desde cedo me defendendo, desde o primeiro dia, eu achava que ela era uma maníaca por não parar de me seguir depois desse dia, nas a verdade é que de alguma forma eu conquistei aquele coração de gelo, ou achei que conquistei.

Eu adorava me lembrar desses primeiros dias antes, mas agora só me deu uma profunda dor.

Minha mãe entra no quarto com duas chicaras de café, e entrega uma pra mim e outra para Luísa, logo seguramos e ela sorri para a gente.

- Obrigada, prof. - Diz Luísa, e parece que algumas coisas não mudam.

- Eu não sou mais sua professora, Lu. Mas tudo bem me chame como se sentir melhor.

- obrigada, mãe.

Após terminarmos de agradecê-la, ela beija o topo de nossa testa e sai do quarto, Luísa após isso me olha com uma cara diabólica.

- Vamos mocinha, conte tudo, detalhe por detalhe.

- Bom, eu estava aqui no quarto, minha mãe e a Day tinham ido no mercado, eu peguei o celular da Day, e vi mensagens diversas, de traições com umas 15 garotas no mínimo e outras coisas, que não me sinto avontade para falar sobre.

Não é que eu não me sinta avontade, é porque eu sei que se eu falar para Luísa tudo que a Day já fez ou faz, pois isso pode dar muito ruim para ela agora, além de que Luísa pode me julgar por ter ficado com ela, mesmo sabendo que ela era a Gangster que deixou todos com medo em Tarbelen.

- mano, que filha da puta.

- concordo... mas e o Vitor?

- Ele me traiu.

- que ótimo, um brinde aos nossos chifres.

Nos rimos e bridamos com o café que minha mãe fez, e depois o tomamos.

- tinha esquecido como o café da sua mãe é bom - ela diz após um longo gole

Juro em um gole ela já tomou metade da chicara, eu dou risada dela.

- Tudo que minha mãe faz é maravilhoso, e eu sou o exemplo vivo disso.

- Exibida!

Após ela dizer eu e ela entramos em uma crise de risos tão grande que foi difícil parar de rir.

- temos que começar a arrumar nossas coisas para nos mudarmos o quanto antes. Aonde Day está morando?

- Ela também está no Rio.

- Quem sabe vocês não se encontram novamente, ?

- eu sinceramente não sei se quero isso, pois ao mesmo tempo que eu sinto falta, sinto medo de voltar e me machucar novamente.

- eu te entendo, traição é algo bem complicado.

- Vamos parar de falar disso?

- Vamos.

- Cara a gente vai morar num apartamento do lado da praia, em uma cobertura. E é um lugar lindo, pensou como vai ser incrível?

- sim, vai ser maravilhoso.

- principalmente porque estaremos realizando nosso sonho de infância, e não existe nada melhor que isso.

- existe.

- Oque?

- A Day ir morar com a gente e dividir o quarto com você. - ela diz e cai na gargalhada, e realmente, isso seria muito bom, se não fosse impossível de acontecer.

Não me vejo mais morando com a Dayane, não depois de tudo que ela fez comigo.

- Quem sabe um dia isso não aconteça.

Sim, pode acontecer, assim como não pode, e pode acabar assim, com eu sofrendo do fim ao começo da nossa história.

Mas se acabar assim, vai ser melhor eu acho, assim eu evito de me machucar mais. Ou de sofrer mais, e acabar indo de ladeira a baixo de vez, mas pode ser que não, pode ser que eu acabe sendo feliz de novo, mas isso eu só vou saber depois, só vou saber quando nos reencontrarmos, se é que um dia vamos realmente nos reencontrar.

Um Amor Imperfeito - Dayrol Onde histórias criam vida. Descubra agora