(10) Paraíso Mágico

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Olá- *desvia de uma pedra*

OPA KKKKK DESCULPEM, eu sumi mesmo. Não que eu deva explicações, mas vocês já sabem ne... Eu tirei tempinho e depois, quando voltei, voltei em grande.

Literalmente. Em. Grande.

Este capítulo conta com 5 mil e 400 e poucas palavras. Eu espero que vocês me possam perdoar e desfrutar da delícia que ele está.

Diverti-me muito a escrever, não nego, a sair um pouco do enredo.

Boa leitura, docinhos!~

◟ⵌ ⸃

A luz das velas permitiam uma iluminação relativa às palavras que lia. O ambiente era quente, confortável e propício a um tempo para uma leitura. Para ele, este era o melhor horário, um horário de paz, e mesmo que estivesse acompanhado de outra pessoa, Zhongli procurava sempre manter os seus hábitos de leitura.

E ali estavam os dois. Tartaglia, volta e meia, olhava para as palavras, tentando entender do que se tratava o livro. Zhongli atentou o detalhe do mais novo e, então, desviou um pouco mais o livro na direção do outro. Estavam sentados lado a lado, no sofá de couro confortável do mais velho. Com o gesto simples, Tartaglia deixou a cabeça no ombro do outro e começou a acompanhar a leitura.

O mais novo raramente se interessava por literatura. Era obrigado a ler e reler Atas, Concordatas e mil e um documentos burocráticos que o seu estatuto lhe obrigava a fazer. Francamente, Ajax nem sabia qual era o seu género favorito literário, nunca teve a mísera oportunidade para explorar as diversas obras de Teyvat. E mais importante do que isto: não tinha sequer tempo para pensar muito em lazer.

Um dia ou outro na semana era o que lhe era permitido — talvez fosse este o motivo por aproveitar muito mais as "férias" em Liyue. Fugir à responsabilidade era de um certo modo rebeldia, mas era terapêutico não ter de lidar com formalidades, não estar aprumado ou a ser vigiado a todo o sagrado minuto. Ali, em Liyue, apesar do rancor que Ajax tinha, o único que lhe cobrava fosse o que fosse era Zhongli e, honestamente, esta estava longe de ser a prioridade do mais velho.

Ambos ficaram assim por uns minutos a fio, virando a página umas quantas vezes. Tartaglia demorou um pouco para se enquadrar no romance que estava a ler, chegando mesmo a interromper Zhongli para fazer perguntas: "Por que é que ele casou com ela sabendo que o pai dela era contra?" ou, "Mas este Huang Lu é quem?", ou "Mas ele na verdade era uma mulher?". Pobre Tartaglia, apanhou o livro pela metade e os nomes e expressões liyuenses deixavam-o confuso. Eram complexas demais para o pouco entendimento que tinha de momento.

Estava tudo quieto, os dois pares de olhos rolavam pelas linhas, a luz e o calor eram confortáveis e aparentemente não havia problemas… Até que Zhongli sentiu uma leve dor de cabeça, que lhe fez levar a mão, de forma discreta, até à cabeça. Neste gesto, o homem fechou os olhos e teve uma breve visão do garotinho mais novo… De Teucer, pedindo a sua bênção. O homem teve a sua respiração alterada e isso foi evidentemente notado por Childe.

Todavia, Zhongli deu-lhe um sorriso caloroso, que foi correspondido, e a leitura continuou. Invocando, discretamente, um dos poderes como Arconte, Morax enviou uma mensagem telepática a Teucer, uma espécie de visão também, indicando a casa em que estavam. O mais velho adorava aquele lado sossegado e meigo de Ajax, mas entendia também a preocupação do irmão mais novo.

Ajax notou que o fim da folha havia chegado e a página não foi passada. Levou o seu olhar para o homem que estava encarregue de passar as páginas e notou que ele se encontrava de olhos fechados, com uma expressão pensativa — deduziu pelas sobrancelhas bem franzidas. Com o comportamento suspeito, Tartaglia ergueu-se, sentando-se numa correta posição, e questionou o mais velho se estava bem.

Incessantemente || Tartali - ZhongchiOnde histórias criam vida. Descubra agora