Capítulo 3

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16 de Janeiro, Sexta-feira – Ezequiel Smith

Assim que a porta foi aberta pelo meu pai, foi possível ver um homem alto com uma roupa confortável, mas elegante, ao seu lado estava uma mulher muito bonita de altura mediana, mas o que me chamou a atenção foi a garota que entrou após eles, ela era muito bonita, tinha cabelos curtos e olhos claros, seu sorriso era fofo e verdadeiro, era perceptível que ela estava feliz, ela cumprimentou os meus pais e ficou ao lado de seus pais.

— Pastor Rafael e irmã Amanda, esses são os nossos filhos, Ezequiel — meu pai falou e logo apontou para mim que dei um leve aceno de cabeça — e Emma — falou apontando para minha irmã que se encontrava sorridente ao meu lado.

— Muito prazer em conhecê-los, espero que vocês e Sarah sejam amigos, somos novos na cidade e não conhecemos ninguém além de vocês — o pastor falou e sorriu para nós.

— O prazer é nosso pastor, pode ter certeza que seremos grandes amigas — Emma fala e logo olha para Sarah, as duas dão um sorriso fofo uma para a outra.

— Bem, vamos almoçar, dona Marta preparou um almoço especial, podem ter certeza que está maravilhoso, ela é uma ótima cozinheira — minha mãe fala nos conduzindo até a sala de jantar.

— Uau, então era daqui que esse cheiro incrível estava vindo, só por esse cheiro tenho certeza que está uma delicia — disse a garota morena com um sorriso no rosto, ela me lembrava da Bia, é tão simpática e fofa quanto ela, ela sorri com os olhos, assim como a minha garota.

— A dona Marta é a melhor cozinheira, ninguém cozinha como ela, vocês vão amar a comida dela — Emma falou sorrindo enquanto todos sentavam a mesa.

— Concordo com Emma — minha mãe fala sorrindo e em seguida olha para o meu pai que está sentado ao seu lado — querido, poderia orar pela comida?

— Claro, vamos orar — meu pai fala sorridente e logo todos a mesa fecham os olhos — Senhor, meu Deus, te agradecemos por tudo que tens feito por nós, por este alimento que o Senhor não tem deixado faltar em nossa mesa, te pedimos que venha abençoar essa comida maravilhosa que a dona Marta nos preparou com todo amor e carinho, em nome de Jesus, amém.

Após a oração, todos começaram a colocar comida nos pratos e a comer, nossos pais comiam em meio a conversas divertidas sobre como era bom o tempo em que eles eram jovens e o quanto sentiam falta daquilo, diferente de Sarah, Emma e eu que passamos o almoço inteiro calados.

Assim que o almoço terminou, dona Marta nos trouxe uma sobremesa incrível que ela fez, após a sobremesa, nossos pais ficaram conversando enquanto tiravam a mesa e ajudavam a dona Marta, eles nos mandaram ir para a sala, segundo eles, precisávamos nos conhecer e para isso era necessário um tempo a sós, sem adultos que não entendem as gírias, para ser sincero, eu nem sou adulto direito e não entendo as gírias atuais, existem tantas.

— Sarah, como era na sua antiga cidade? — Emma pergunta sorrindo, ela realmente estava interessada em fazer amizade com Sarah.

— Era incrível, eu tinha um grupo de amigos que evangelizavam comigo todo sábado, acho que essa é a minha melhor lembrança de lá — a garota falava com seus olhos brilhando, eu não sei o motivo, mas aquilo aqueceu meu coração — Mas e vocês, o que fazem nessa cidade?

— Eu amo fazer devocional com meus amigos, se você quiser posso te apresentar a eles e você pode ir com a gente, a cada quinze dias nós vamos para a casa de um integrante do grupo e fazemos meio que um dia com Deus, passamos o dia todo cantando, jogando Mezuzá, assistindo filmes cristãos, lendo a bíblia e orando, sem contar que é basicamente um piquenique, então cada um leva alguma coisa, o almoço é por conta do dono da casa, o resto é a gente que leva, mas é muito bom, estamos sempre em contato com Deus — A Emma era a pessoa mais apaixonada por Deus que eu já havia conhecido, até mais que a Bia, ela participava de todos os cultos que podia, quando adoecia ficava bem chateada por não poder ir para os cultos, ela estava em todos os evangelismos, ela pregava para as crianças de uma forma tão fofa, ela sempre se deu muito bem com as crianças, então ela entrou para o ministério infantil, diz ela que assim ela pode ajudar mais ainda as crianças a se aproximarem de Deus, posso não admitir, mas sinto falta de tudo que vivi na igreja e com Deus, mas não tenho forças para voltar.

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