IMPERFECT
Como Linda poderia enfrentar um empresário frio e ganancioso?
Nunca, prefiro vender minha alma ao diabo, gritou Linda Chandler, furiosa, ao ouvir a proposta de Vincent Perlman, para comprar sua empresa.
Porém, ele não se abalou com a negat...
"O segredo é não correr atrás das borboletas... É cuidar do jardim para que elas venham até você."
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Sentada na cama do quarto de hóspedes de Vincent, Linda tentava livrar-se da apreensão. Abriu a bolsa, pegou o maiô e despiu a camiseta, jogando-a sobre a cama.
Com dedos trêmulos, abriu o zíper da calça jeans e tirou-a. Ao tentar vestir o maiô de lycra, sentiu que o corpo suado dificultava a operação. Esfregou as mãos com vigor, tentando secá-las, e puxou o maiô para cima com força. Conseguiu colocá-lo, mas era como estar numa camisa de força.
Olhou para baixo e arrependeu-se por trabalhar tanto. Suas pernas estavam brancas, uma consequência da total falta de sol. Onde Vincent disse que estava o robe?
Atrás da porta.
Sorrindo, lembrou-se da expressão dele ao relatar como ganhara o presente exótico, um robe de seda vermelha com um enorme dragão pintado nas costas. Andrews trouxera a peça de uma viagem ao Oriente, e insistira em dizer que combinava com o estilo irresponsável de Vincent. Por mais que olhasse, Linda não conseguia entender de onde ele tirara essa ideia. Talvez na adolescência Vincent fosse um rebelde, mas agora ele parecia ser um homem bastante centrado.
Enfiou os braços nas mangas amplas e amarrou a faixa preta que prendia o robe à cintura.
Embora estivesse a poucos passos, a porta do quarto de Vincent parecia muito distante, como se olhasse o corredor pelo fundo de um binóculo. Apesar da apreensão, parou na porta e apreciou a cena que tinha diante de si.
A banheira estava cheia de bolhas de espuma, e um único foco de luz iluminava a superfície da água, deixando o resto do aposento imerso na penumbra.
Uma garrafa de vinho tinto seco aguardava seus consumidores dentro de um balde com gelo, e duas taças de cristal completavam o quadro de sonhos ao alcance das mãos de Vincent. vincent...
Linda respirou fundo, tentando ignorar o tremor que sacudia suas mãos. Não podia retroceder agora. Erguendo o queixo e os ombros, começou a caminhar.
Vincent estava de olhos fechados, o corpo submerso e os braços apoiados nas bordas da banheira. Inebriada, Linda estudou o peito forte e bronzeado que terminava numa cintura perfeita e elegante.
Perdida nas próprias fantasias, só percebeu que ele havia aberto os olhos quando ouviu-o dizer.
— Tenho de admitir que o robe ficou muito melhor em você. Realmente não faço ideia de como Andrews possa achar que tal peça combina comigo, aquele idiota só pode estar fazendo paida com a minha cara.
Sentindo o rosto quente, ela teve certeza de que a cor de sua pele havia mudado, alcançando o tom intenso do quimono de seda.
Deu mais alguns passos e segurou a faixa para esconder o tremor das mãos.
Quando subiu o primeiro degrau da plataforma, o quimono abriu-se e deixou a mostra uma porção de pele alva e macia. De repente ela parou, pensando em retroceder.
