"O segredo é não correr atrás das borboletas... É cuidar do jardim para que elas venham até você."
Filhos do coração
Como se preparar para essa gestação diferente e cheia de surpresas que começa com papéis e termina no coração.
Depois de 1 ano, 5 meses e 12 dias de espera, eu estava prestes a ver minha filha pela primeira vez. Nem conseguia ouvir o que a irmã Dulce do orfanato falava. Cheguei em uma sala e ela estava dormindo num berço, na mesma posição em que durmo, e vi seus pezinhos. E então eu caí em um choro tão copioso que pari aquela criança naquele momento. Uma emoção que não existe maior. Todos no orfanato ao redor choravam também. E então vimos os olhinhos dela e dissemos muito emocionados.
− Filha, que bom que você nós encontrou, nós não aguentávamos mais te esperar.
Adotamos uma menina em 1999 e, em 2002, quando nos encantamos com um menino de 1 ano. Ele tinha outros quatro irmãos. Eu e Vincent sequer pensamos em separar a família. Entre o caçula de 1 ano e o mais velho de 10, estavam duas meninas de 3 e 4 anos e um menino de 8 anos.
Criar os sete filhos foi trabalhoso "como é em qualquer família numerosa". Mas, ao mesmo tempo, Linda nem imagina sua história de outra forma. A família morou um tempo fora do país, mas sempre voltava para visitar a família e hoje vive nos Estados Unidos. Linda e Vincent expandiram seus negócios, formaram uma equipe incrível e com o passar dos anos resolveram juntos fundar novos casas de acolhimento pelo mundo afora. Casas onde crianças abandonadas pudessem ter um lar e a chance de encontrar famílias também.
Os seis adotivos sabem tudo que passaram. "Não existe história feliz por trás de uma adoção – há sempre abandono. Mas, como pais, você tem obrigação de tentar construir uma história feliz, um futuro para os filhos." Revelou Vincent em uma das muitas entrevistas que deu aos jornais locais, pois todos queriam saber o porque de um homem tão rico e bem sucedido preferia adotar crianças abandonas à ter os seus próprios filhos.
A nossa amiga e psicóloga Amber Fisher contou nós que a chave para uma adoção tardia bem-sucedida está no diálogo. "Uma criança mais velha terá um período de adaptação maior, e a família precisa fazer um esforço para entender essa pessoa e sua história". "É preciso conversar muito com ela, com os outros filhos, se eles existirem, pois essa criança vai se sentir diferente e terá de aprender novas regras e costumes e desenvolver afetos", aconselhou a nós dois assim que contamos qual era o nosso plano depois do nosso casamento.
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IMPERFECT - Série Pecados Capitais - Livro VI
RomanceIMPERFECT Como Linda poderia enfrentar um empresário frio e ganancioso? Nunca, prefiro vender minha alma ao diabo, gritou Linda Chandler, furiosa, ao ouvir a proposta de Vincent Perlman, para comprar sua empresa. Porém, ele não se abalou com a negat...