Malévola
Não fazia ideia de onde Diaval estava, a única certeza que eu tinha era que Borra estava envolvido nisso. E talvez, Savannah também. Udo mandou vários Faes a procura de Diaval, mas isso não me trazia segurança ou tranquilade alguma. Vou atrás de Phillip, ver se ele teve mais sorte que eu nas buscas por informações.
- Malévola! - Escuto Phillip me chamar, enquanto sobrevoava o local onde estávamos mais cedo.
- Descobriu alguma coisa? - Pergunto logo após pousar em sua frente.
- Com o povo não, mas eu voltei ao pomar e vi algo que talvez te interesse. - Ele fala com receio.
- Me mostre então. - Fomos até o pomar. Ele me mostra o local exato onde encontrou a tigela com as frutas.
- Agora, olho isso. - Phillip aponta para o chão, onde tinha um caminho, feito por uma pessoa arrastando algo ou alguém. Vou seguindo o caminho até chegar a uma árvore. Ando ao redor da mesma, até que encontro um pedaço de pano. Conhecia aquele pano.
- É do Diaval... - É tudo que consigo dizer ao pegar o item em uma de minhas mãos, com a outra apertando levemente minha barriga - É um pedaço da roupa dele.
- Então o arrastaram até aqui.... Mas para onde o levaram depois disso? - Olho para céu, não sabendo exatamente o porque. Talvez fosse porque as vezes em que eu fazia isso, era a espera de Diaval chegar, pois eu havia o chamado. Eu odeio isso, odeio essa sensação de saudade, de angústia. Nunca imaginei que sentiria isso por Diaval, pois na minha cabeça, algo assim nunca aconteceria. E se acontecesse, eu não me imaginaria assim, tão preocupada com aquele corvo idiota, que consiguiu quebrar as barreiras do meu coração com suas bobagens - Malévola? - Phillip me chama após me ver paralisada, olhando para o céu - Está se sentindo bem?
- Sim, só..... Estava com a cabeça longe. - Digo olhando para ele - Temos que continuar procurando. - Passo por ele, voltando ao caminho que fizemos para chegar ali. Como tinha muitas árvores, era complicado sair dalí voando. Era possível, mas preferia não correr o risco de machucar minhas asas. Ao andar um pouco, me desequilíbro por conta de uma tontura. Só não caí porque Phillip me segurou.
- Tem certeza que está bem? - Ele pergunta, aparentemente preocupado. Aceno positivamente com a cabeça - Mesmo assim, é melhor voltarmos para que você possa descansar.
- Não! Temos que continuar procurando o Diaval. - Me solto de seus braços, ainda um pouco tonta, mas tento me manter firme. Vou andando sem dar importância ao que Phillip falava atrás de mim. Já um pouco afastada do pomar, abro minhas asas para levantar voo, porém, vejo Aurora vindo correndo em nossa direção.
- Mãe, Phillip! Descobriram alguma coisa? - Ela pergunta, vermelha e ofegante - Você está bem mãe? Está pálida.
- Estou bem, só um pouco em choque com tudo oque está acontecendo. - Digo massageando as têmporas.
- Todo esse estresse não é bom para sua gravidez! - Aurora fala se aproximando de mim, colocando a mão sobre minha barriga. Ponho minha mão sobre a sua por puro impulso, olhando para ela.
- Eu já falei para ela ir descansar, mas ela não quer. Mesmo quase tendo desmaiado! - Phillip da de ombros enquanto eu o fuzilo com o olhar. Por conta de seu exagero, Aurora com certeza vai encher minha paciência para que eu descanse um pouco.
- Phillip está exagerando! Foi apenas uma tontura. - Ele engole seco e olha para o chão. Inegavelmente arrependimento.
- Mãe, por favor! Não brinca com isso. Se estiver se sentindo mal, vá descansar. Já soube que todos estão muito empenhados em encontrar o meu pai. - Aurora diz, com preocupação em seu olhar.
- Praga, eu estou bem. Nós estamos bem. - Aperto de leve a mão dela que ainda se encontrava em minha barriga - Não se preocupe!
- Sei que não vou te fazer mudar de ideia, mas ainda me preocupo com vocês! - Ela diz, cruzando os braços.
- Já disse. Não precisa se preocupar! - Dou um beijo em sua cabeça, e ela me devolve um lindo sorriso - Agora vamos. Temos que continuar procurando o Diaval!
Diaval
Acordo um pouco fora de mim, levando uns minutos para abrir meus olhos, com certa dificuldade. A última coisa que me lembro, era de ter levado uma pancada forte em minha cabeça e desmaiar em seguida. Logo após conseguir abrir meus olhos por completo, percebo que não estou na floresta! Estou em uma espécie de caverna que não era abundante em luz solar, mas também não era tão escura. Olho em volta na procura de algo ou alguém conhecido, mas não vejo ninguém. Apenas escuto uma voz;
- Até que enfim acordou passarinho. - Aquela voz... Eu conhecia aquela voz. Ela era muito repugnante para ser esquecida tão rapidamente - Não sabia que Savannah era tão forte assim!
- Borra! - Tento me levantar, mas percebo que estou preso em algo que eu desconhecia - Onde estamos? Onde esta Malévola? Você vez alguma coisa com ela? E oque Savannah tem haver com isso? - Ele ri debochadamente de meu desespero, mesmo que eu tenha tentado dizer da forma mais firme possível - RESPONDE SEU INFELIZ!
- O único que vai ser infeliz aqui é você. - Ele fala, e depois soca meu rosto - Quem mandou se meter no meu caminho hein? - Ele da mais um soco, fazendo minha boca sangrar um pouco.
- Escuta, faça oque quiser comigo, mas não machuque Malévola. Por favor! - Digo firme, tentando me manter calmo. Borra só me olha com um sorriso debochado e depois, olha para a entrada da caverna, a qual Savannah havia entrado.
- Como estão as coisas por aqui? - Ela pergunta para Borra, sem me olhar.
- Bem. Inclusive, seu corvinho já acordou! - Savannah me olha após a fala de Borra e sorri para mim.
- Diaval! - Ela vem em minha direção e se abaixa ao meu lado, passando a mão pelo rosto. Eu tento desviar de seu toque, mas levando em consideração que eu estava amarrado, não adiantou muito coisa - Finalmente o terei para mim. - Ela tenta me beijar, mas eu viro meu rosto o máximo que pude.
- Savannah.... - Ía falar, mas ela me interrompe agarrando meu rosto e me beijando a força. Obviamente não abro minha boca, mas ela tenta intensificar o longo selinho a todo momento. Eu tentava sair de seu toque, mas não podia. Não conseguia. Ao perceber que eu não iria ceder, ela para. Fico a olhando por um tempo incrédulo - Você está louca?
- Se ela teve coragem de beijar essa sua boca, é porque ela é louca. - Disse Borra, com desdém.
- Pior é a pessoa que algum dia pode ter tido a coragem de te beijar. - Digo e ele ri. Por que ele ri de tudo oque eu falo? Sou alguma piada pra ele?
- Sua amada Malévola irá me beijar! - Me encho de raiva nesse momento, começando a me debater, na tentativa falha de me soltar. Ele aumenta ainda mais sua risada, a transformando em uma gargalhada alta.
- É sério que vocês vão brigar por aquelazinha? - Savannah diz, cruzando os braços e revirando os olhos.
- O nome dela é Malévola. E como sua Rainha, você deveria respeita-la! - Falo para a fada ao meu lado - Oque vocês pretendem fazer afinal?
- Você saberá com o decorrer do tempo. - Fala Savannah se levantando e indo em direção a Borra - Temos que atrair Malévola para cá de alguma forma, sem que ninguém saiba!
- Já tenho uma ideia. - Borra fala com um sorriso no rosto.
Autora:
Desculpa a demora gente. E dessa vez não tem justificativa aceitável, tava com preguiça mesmo Kkkk
Enfim, só vou avisando que daí pra frente é só pra trás🙂
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Apenas nós dois (Maleval)
FantasyApós o casamento de Aurora, Malévola percebe que nem todo amor termina mal como o dela e de Stefan e começa a demonstrar sentimentos por um serto corvo. Mas será que isso irá agradar a todos em Moors?