Aurora
Já estava amanhecendo um novo dia, e ninguém encontrou mais nada que possa levar ao paradeiro de meu pai, a não ser aquele pedaço de pano que minha mãe encontrou no pomar, o qual ela garantia ser um pedaço da roupa dele. Eu já estava ficando desesperada! Meu pai não aparecia e minha mãe estava cada vez mais nervosa e isso me desesperava ainda mais, pois sabia que isso não era bom para ela e muito menos pro meu irmãozinho.
- Mãe, eu sei que não adianta nada eu te falar isso mais uma vez, mas você precisa descansar! - Falo me sentando ao seu lado em um sofá de encosto baixo, de meu antigo castelo em Moors. A levei para lá praticamente a força, na tentativa de a fazer descansar, mas a única coisa que ela fez foi ficar andando de um lado para o outro e depois se sentou neste sofá massageando as temporas - Suba e descanse um pouco em meu antigo quarto ou então, vá para sua caverna se preferir.
- Aurora, você não entende? - Ela levanta sua cabeça e me olha, só então percebo que seus olhos estavam se enchendo de lágrimas aos poucos - Como posso descansar sem saber onde e como o Diaval está?
- Eu te entendo Malévola. Se Aurora sumisse, eu também não saberia oque fazer! - Diz Phillip se abaixando em nossa frente. Eu lhe dou um pequeno sorriso e volto a atenção para minha mãe - Mas lembre-se que está grávida e que ficar sem comer e dormir não vai fazer bem para vocês!
- Phillip está certo mãe. - Faço carinho em suas costas e ela volta a massagear as temporadas, apoiando seus cotovelos nos joelhos - Por favor, vá lá pra cima e descanse um pouco! Pelo seu filho!
- Tudo bem! - Ela se levanta bruscamente e suspira, logo depois se vira para mim - Mas prometa que vai me chamar quando descobrirem algo.
- Claro que irei te avisar mãe, agora vai. - Digo sorrindo a empurrando de leve para a escada. Quando ela já estava longe de vista, me viro para Phillip - Eu vou ficar para caso ela precise de algo, e você vai ver se os Dark Faes descobriram alguma coisa sobre meu pai.
- Mas você vai ficar aqui sozinha? - Ele se aproxima e põe as mãos em minha cintura, com um olhar de preocupação. Sorrio e faço carinho em seu rosto.
- Não se preocupe! - Lhe dou um selinho - Eu sei me cuidar.
- Sei disso meu bem, mas eu me preocupo com você. - Agora é ele quem faz carinho em meu rosto.
- Mas não precisa. Agora vai! - Lhe sou outro selinho e o empurro para a porta, fechando a mesma quando ele sai.
- É... Acho que fui um pouco precipitada em julgar o Phillip. - Escuto uma voz vindo das escadas e quando me viro para olhar, vejo minha mãe já descendo.
- Mãe! - Digo impaciente indo ao encontro dela - Você não ía descansar?
- Praga, eu só falei aquilo porque pensei que os dois iam sair. - Ela diz e termina de descer a escada parando em minha frente - Eu iria sair logo depois de vocês.
- Ah, muito bonito né dona Malévola! Saindo escondida igual uma criança. - Falo cruzando os braços.
- Se não estivessem me tratando como criança, não precisaria agir como uma. - Sua voz tinha um tom de ironia e raiva, enquanto seus olhos já estavam começando a ficar verdes.
- Mãezinha, entenda! Não estamos te tratando como criança, só estamos preocupados com a que está em seu ventre. - Aponto para sua barriga e ela põe a mão sobre a mesma.
- E você acha que eu também não me preocupo com ele? - Minha mãe vira de costas e abraça seu corpo.
- Pois parece que não. - Digo firme, já estava ficando estressada com toda essa situação. Ela vai em direção a porta, corro e paro em sua frente - Onde pensa que vai?
- Eu vou atrás do Diaval, do seu pai. Inclusive, você deveria me ajudar, não me impedir de procura-lo. - Ela me empurra para o lado e passa por mim,saindo para fora.
Demoro alguns minutos para ir atrás dela, estava tentando me manter calma para suportar a teimosia de Malévola. As vezes é cansativo isso. Quando eu saio, ela já estava um pouco afastada do castelo, conversando com alguem, com um Fae pra ser mais exata, o qual eu ainda não conseguia ver quem era. Ao me aproximar mais, percebo que se trata de Savannah. Eu não tenho uma boa impressão dessa garota, ela não me parece confiável. Não pude escutar oque elas estavam conversando, pois Savannah sai antes de eu chegar perto o suficiente.
- Mãe? - A chamo um pouco receosa. Vai que ela se estressa, achando que eu estava escutando escondida. Malévola me olha, com sua carranca de sempre e eu limpo a garganta - Mãe, me desculpa ta? Minha intenção nunca foi te magoar ou te estressar.
- Sei que não, ta tudo bem. - Ela me da uma beijo na testa e eu sorrio - Me desculpe por te empurrar também! Não devia ter feito aquilo.
- Tudo bem mãezinha. Agora, me fala uma coisa.... - Olho para onde Savannah havia ido e aponto, mesmo que não desse para a ver mais - Oque aquela Savannah queria?
- Ela disse que encontrou umas roupas em uma caverna, as quais ela acha ser do Diaval. Então, ela veio me comunicar e me chamou para ir com ela conferir se as roupas são dele mesmo. - Franzi o cenho com sua fala, aquilo estava suspeito.
- Não acha isso estranho? - Coloco uma mão em meu queixo e a outra em minha cintura, e então, fico andando de um lado para o outro, pensativa - Pensa bem, porque ela não trás essas roupas até você ao invés de te levar até lá?
- Eu também achei estranho, e isso só confirma minha suspeita de que ela está envolvida no sequestro do Diaval. - Paro em sua frente e seguro suas mãos.
- Se estiver certa, isso pode ser uma emboscada para você. Eu acho melhor você não ir! - Aperto suas mãos nas minhas.
- Não se preocupe Praga, eu não irei sozinha. Vou convocar alguns Faes para nos seguir de longe, sem que ela perceba. - Fico uns minutos olhando pro chão. Eu não concordava muito com essa ideia, mas sabia que minha mãe iria de qualquer jeito mesmo.
- Sinceramente, eu não estou muito de acordo, mas como eu sei que você não vai mudar de ideia mesmo. - Dou de ombros e ela da um sorrinho, se afastando um pouco.
- Pare de ser pessimista, ta parecendo eu. - Não deixo de rir com sua fala. O bom disso tudo, é que ela parece estar melhor com essa possibilidade de encontrar meu pai - Vai dar tudo certo. Vou falar com os Dark Faes sobre isso e você vai atrás do Phillip. Não quero que fique sozinha.
- Eu acho que sou crescida o bastante para andar sozinha dona Malévola! Você é igualzinha ao Phillip. - Digo enquanto ela começa a levantar vôo.
- Para de reclamar e me obedece menina! - Lhe dou um tchauzinho e fico a observando se afastar. Não estava com um pressentimento muito bom, mas oque importa é que minha mãe está parecendo mais feliz e podemos estar realmente perto de encontrar meu pai.
Autora:
Esse capítulo ta meio bostinha, mas prometo que capricho mais no próximo.
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Apenas nós dois (Maleval)
FantastikApós o casamento de Aurora, Malévola percebe que nem todo amor termina mal como o dela e de Stefan e começa a demonstrar sentimentos por um serto corvo. Mas será que isso irá agradar a todos em Moors?