─── ❝ Você é só um estranho ❞
𝐉𝐔𝐍𝐄 𝐃𝐄𝐋𝐈𝐋𝐀𝐇 𝐇𝐀𝐑𝐑𝐈𝐒, uma corvina qualquer, a menina havia passado sua vida inteira sem realmente ter amigos, só conhecidos.
Sua família não era de se considerar pessoas amorosas, acabou que...
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𝐉𝐔𝐍𝐄, 𝐒𝐄𝐌 𝐏𝐄𝐍𝐒𝐀𝐑, pegou o telefone que estava acima da mesa, ainda escondida, e ligou para a policia.
"112, qual sua emergência?"
— Vocês estavam procurando meu pai a um tempo atrás, acho que ele está sequestrando outra pessoa agora — falou chorando.
"Qual o nome do seu pai?"
— Na ficha criminal de vocês estava Jake Clarke, mas eu o conheço por Charles Harris — sussurrou.
"Qual seu endereço?"
June rapidamente disse, enquanto encarava a foto de seu pai na ficha criminal sem parar.
"Estamos a caminho"
June desligou, ainda chorando, pensando no que poderia fazer, e cobriu suas orelhas, pedindo por paz, e tranquilidade, pedindo por uma vida que não fosse a sua.
Querendo se esconder debaixo do chão, chorando cada vez mais que ouvia os gritos se tornarem mais altos.
Não sabia se seu pai era capaz de estuprar pessoas, mas sabia que ele era capaz de as torturar ao ponto de acharem que um estupro era melhor.
Ela não queria ouvir isso, pensou nos meninos da sonserina, em como eles eram parecidos com seu pai, o que agora entendia que o motivo do medo ao ver eles era isso.
Era por que eles eram tão iguais ao seu pai que doía, doía muito.
Só queria uma infância normal, só queria voltar no tempo e mudar o seu pai, mudar ele para uma pessoa melhor, para uma pessoa que não matava outras pessoas.
E assim, ela voltaria para um lugar onde seu pai a amava, pra um lugar onde ele não sequestrou sua mãe, que eles haviam se conhecido por um acaso, e se apaixonaram.
Assim como a pequena June gostaria, como ela queria ver amor quando olhava para os pais, como ela precisava de amor.
Mas June saiu de seus pensamentos quando ouviu a porta do escritório balançando, saiu da mesa, se levantando, ainda chorando, olhando para a porta, vendo seu pai tentar a abrir.
— June! Eu juro por Deus! — gritou jogando seu corpo com força.
— Como descobriu que era eu? — riu falsa.
— Sua mãe nunca acreditou nessas bobagens de magia, só queríamos nos livrar de você, mas eu sempre soube que você era esquisita — sorriu como se June pudesse o ver.
— Posso ser esquisita, Jack, mas quem vai ser preso é você — deu ênfase em seu nome verdadeiro, fazendo ele travar e parar de bater na porta por um segundo.