𝟎𝟎𝟗. 𝗋𝖾𝗆𝖾𝗆𝖻𝖾𝗋𝗂𝗇𝗀

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𝐂𝐀𝐏𝐈́𝐓𝐔𝐋𝐎 𝐍𝐎𝐕𝐄
𝗌𝖾 𝗅𝖾𝗆𝖻𝗋𝖺𝗇𝖽𝗈

𝐑𝐄𝐆𝐔𝐋𝐔𝐒 𝐒𝐄 𝐒𝐄𝐍𝐓𝐈𝐀 pra baixo ultimamente, tentava ao máximo fazer sua cabeça se calar de tudo que fosse sobre June

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𝐑𝐄𝐆𝐔𝐋𝐔𝐒 𝐒𝐄 𝐒𝐄𝐍𝐓𝐈𝐀 pra baixo ultimamente, tentava ao máximo fazer sua cabeça se calar de tudo que fosse sobre June. E ele mesmo não acreditava que não conseguia parar de pensar na menina, uma garota louca, que de algum modo era igual a ele.

Ele estava começando a achar que alguém tinha feito sua cabeça parar de funcionar, pelo mesmo motivo de sempre que fazia alguma coisa, lembrava da Harris. Lembrava da sangue ruim, como diria sua mãe.

E sua mãe era outra coisa que não parava de pensar, só gritando para o mesmo, como se fosse sua consciência, o avisando das consequências de pensar em June, de se aproximar dela, de sentir tudo menos repulsa por ela.

Sua mãe o xingava diariamente em sua cabeça, o lembrando de seu sobrenome, de quem era, do porque escondia suas emoções de todos, que acabou se esquecendo de como era sentir.

June trazia tudo isso á tona, o lembrando do seu passado que tentava tanto esquecer, do seu irmão que tentava tanto esquecer.

Fazia meses que não pensava em Sirius, e de repente, sempre que olha para June, se lembra do Black mais velho. Do garoto que tentou proteger seu irmão de todas as brigas, mas que quando chegou a última, o abandonou feito um covarde.

E ele não gostava disso, não gostava de saber que ela possuía tanto poder assim sobre ele, não gostava de saber que bastava um olhar que todas suas memórias o acertaria em cheio, e muito forte.

Os dois viviam em uma batalha constante dentro de si, se perguntando quem iria ganhar, nunca baixando a guarda, seu coração e mente, as duas principais coisas que faz alguém sentir, mas de algum modo, os dois tentavam desviar disso a qualquer custo.

— Você pode calar a boca por um segundo? — Falou Regulus para Barty.

— Credo! — Riu seco — Quem te mordeu hoje? — O olhou vendo que o amigo olhava para a frente sem piscar — Está olhando para o que? — Perguntou franzindo o cenho quando viu o Black encarando June Harris.

— O que? — Falou distraído.

— A vadia sangue ruim que não tem sentimentos? Sério? — Zombou.

— Um minuto — Falou saindo dali para correr atrás da menina, sem perceber Barty bufando.

— Harris! — Gritou Regulus vendo a garota o ignorar — Harris! — Tocou seu ombro ofegante de tanto correr.

— Pare de me chamar assim! — Gritou se esquivando.

— An? — Disse confuso.

— Para de me chamar assim — Falou mais calma o olhando nos olhos sem querer, logo em seguida se arrependendo.

— Você quer que eu te chame como? Não somos amigos — Deu de ombros.

— Exatamente, então por que você fica me seguindo para todo lado? — Sentiu sua garganta fechar e uma vontade de chorar repentina a atingiu. Logo se lembrando de seu bullying constante.

June andava calmamente pelos corredores com Malia ao seu lado tagarelando. As duas preocupadas com suas primeiras provas desde que chegaram em Hogwarts. À meses atrás.

Quando um garoto empurra as duas propositalmente.
June rapidamente o reconheceu como o menino que a seguia para qualquer lugar que fosse. Ele parecia mais velho, era muito mais alto que elas, fazendo as duas se encolherem de medo.

— Saí daqui Brown — Cuspiu o menino para Malia — Quero ter uma conversa com a sangue ruim.

Malia se colocou na frente dela, tentando proteger sua nova amiga mas rapidamente fora deixada inconsciente.

June tentava não chorar, não sabia quase nenhum feitiço, e os únicos que sabia, parecia que sua mente os havia esquecido completamente deles.

— O que você quer? — Estufou o peito tentando não
mostrar sua insegurança.

— Te matar — Riu alto — Gente como você não deveria nascer, estaria fazendo um favor ao mundo.

Sua garganta fechou. Não sabia o que fazer ou falar, tudo que sabia fazer era gritar, tão alto que os ouvidos do menino começaram a sangrar, mas isso não o impediu de segurar seus braços e lançar a maldição imperdoável da tortura.

Malia nunca soube desse acontecimento. Mas fazia anos que June não lembrava disso. Mas parecia que Regulus a fazia se lembrar de tudo, de tudo que fazia ela ser a pessoa que era.

— Ei — Passou a mão na frente de seu rosto para fazer a menina acordar de seu transe.

— O que disse? — Estremeceu de leve, mas não deixando isso passar despercebido por ele.

— O que você lembrou? — Perguntou, temendo que o que estava acontecendo com ele, estaria acontecendo com ela.

— Nada — Sorriu falso — Então — Mudou de assunto rapidamente — Por que está me... seguindo? — Falou devagar sentindo dificuldade para falar a última palavra sem que começasse a desabar em sua frente.

— Eu não sei — Falou sincero — Mas quero entender o que está acontecendo comigo — Tentou procurar seu olhar.

— Isso é problema seu — O olhou tentando não ficar perdida em seus olhos.

— Você nem sabe o que houve — Falou incrédulo.

— Por que você quer me contar?

— Eu... não sei — Disse frustrado — Só preciso falar com alguém, e eu quero que esse alguém seja você — Suspirou.

— Falar o que? — Fechou os olhos receosa.

— Aqui não, vamos conversar no nosso lugar de sempre — Olhou para suas mãos — Amanhã, assim que o toque de recolher começar.

— Okay — Falou indiferente rapidamente saindo dali, com a vontade de chorar ainda presente.

E tudo que conseguia pensar era em perguntas, milhões de perguntas do porquê ele queria conversar, mesmo depois de tudo que ela mostrou, mesmo depois de tudo que ele pareceu sentir.

E sem nem perceber, sentiu lágrimas escorrendo por suas bochechas, incontroláveis.

A mão dela tentando limpar o que não parava de cair, sempre desesperada, não entendo o que estava acontecendo com ela.

Desesperada para entender o porquê de repente tudo começou a mudar, a desmoronar, bem em sua cabeça. Não entendendo seu cérebro, nem seu coração, e muito menos seu corpo.

Mas sabia que precisava ir encontrar Regulus, porque mesmo tudo dentro de si gritando para não ir, ela precisava saber o que estava acontecendo com ela.

𝐋𝐈𝐊𝐄 𝐀 𝐒𝐓𝐑𝐀𝐍𝐆𝐄𝐑 ʳᵉᵍᵘˡᵘˢ ᵇˡᵃᶜᵏOnde histórias criam vida. Descubra agora