𝟎𝟏𝟕. 𝗎𝗌 𝖿𝗈𝗋𝖾𝗏𝖾𝗋

148 14 2
                                        

𝐂𝐀𝐏𝐈́𝐓𝐔𝐋𝐎 𝐃𝐄𝐙𝐄𝐒𝐒𝐄𝐓𝐄
𝗇𝗈́𝗌 𝗉𝖺𝗋𝖺 𝗌𝖾𝗆𝗉𝗋𝖾

𝐉𝐔𝐍𝐄 𝐎𝐋𝐇𝐎𝐔 𝐏𝐀𝐑𝐀 𝐀 porta do castelo, com lágrimas escorridas pelas bochechas, com olhos inchados, e com cabelos bagunçados

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

𝐉𝐔𝐍𝐄 𝐎𝐋𝐇𝐎𝐔 𝐏𝐀𝐑𝐀 𝐀 porta do castelo, com lágrimas escorridas pelas bochechas, com olhos inchados, e com cabelos bagunçados.

— June? — gritou Malia desesperada — Estava procurando você por toda a parte, você passou o dia inteiro fora! Onde esteve? — a olhou preocupada.

June deu dois passos para trás, em uma forma de transe fechou os olhos, sentindo seu coração bater, sentindo seu corpo todo frio.

— June?

June abriu os olhos, cheios de lágrimas, a encarando.

— June...

— Malia — sussurrou.

Malia rapidamente a abraçou, e para a surpresa dela, June a abraçou forte de volta.

E June chorou como nunca tinha chorado antes, a dor era insuportável. Sua mãe não lembrava dela, e seu pai era um psicopata maluco.

— O que aconteceu? — a encarou séria.

June não conseguiu falar nada, e apenas balançou a cabeça em sinal de não, procurando por oxigênio, para conseguir respirar.

— Tá tudo bem — a olhou — Respira junto comigo — começou a inspirar e expirar.

— Cheira a flor e sopra a vela — sussurrou June.

— Isso — afagou as suas costas com carinho.

Assim que June se acalmou, ela se sentou no chão, querendo se sentir presa a algo, e nesse caso, a gravidade.

Malia se sentou ao seu lado, a olhando, esperando que fosse falar alguma coisa.

— Lembra que meus pais me batiam? — olhou para o chão.

— Sim — sorriu triste.

— Eu fui para a minha casa hoje, de madrugada — respirou fundo — Uma memória minha estava martelando minha cabeça, que dizia que meu pai era mais do que um pai ruim — se abraçou — Eu fui onde ele me proibia de ir, no escritório dele, que ele sempre odiava que eu chegava perto de lá — respirou fundo — Eu procurei em tudo, achei um papel com a ficha criminal dele.

— Ficha criminal?

— É um papel que fala o que de ruim você fez contra a lei — olhou para Malia, vendo ela acenar, entendendo — Ele matou duas mulheres, sequestrou cinco, incluindo minha mãe — sua respiração falhou — E colocou dez outras no hospital — a olhou — E tem um nome falso, meu sobrenome real nem é Harris — sentiu lágrimas descerem a bochecha e Malia colocou sua mão no joelho da June para a confortar.

"Meu pai estuprou minha mãe, casou com ela, e eu nasci, ela tinha 17, ele tinha 30? Não sei. O resto você já sabe, mantinha minha mãe e eu presas, em cativeiro, até que a carta de Hogwarts chegou, ele estava cansado de mim, e me expulsou. Ah! E ele matou minha avó no meio disso, aparentemente ela estava perto de descobrir o que tinha acontecido ou coisa assim. Vim para cá, fui extremamente infeliz, parei de falar com eles. E decidi voltar, só queria encerrar esse sentimento, sabe?"

"Descobri isso tudo, e ele estava no processo de sequestrar outra menina, acho que se cansou da minha mãe. Eu chamei a polícia, ele ficou bravo, tentou me bater, mas lancei estupefaça nele, ele me xingou, falou coisas muito desagradáveis sobre minha avó. Prenderam meu pai, minha mãe me pediu perdão, não a perdoei, usei obliviate nela, ela não sabe quem eu sou sou, não se lembra que Jack a sequestrou, que a estuprou, e que matou sua mãe. Acha que se conheceram pelo destino, se casaram por amor, e não tiveram filhos, ela me agradeceu por ter salvado ela e saí. Falei com a polícia por dois minutos, e vim para cá."

"Chorei bastante, tentei ficar bem, não estou bem, estou triste com tudo, com isso, com você, com o Regulus, quero me esconder no fim do mundo e não voltar nunca mais"

Respirou fundo depois de colocar tudo isso para fora, se sentindo mais leve.

— Me desculpa, June — falou Malia — Deveria ter sido mais atenta a tudo isso, ter se preocupado com você mais, tentando mais..

— Não era sua culpa, eu te afastava, o tempo todo.

— Me desculpa mesmo assim, prometo que vou estar aqui sempre — suspirou.

— Me desculpa também, fui muito grossa com você, é só que quando fico triste, me afasto, acho que é um mecanismo de defesa que desenvolvi ou coisa assim — olhou para baixo, sentindo as lágrimas voltarem.

— Eu te amo — falou Malia, chorando também.

— Eu também te amo — sussurrou, pensando que nunca ouviria essas palavras em sua vida.

Malia rapidamente abraçou ela com força, fungando em seu cabelo. June também estava emocionada, sentindo suas lágrimas deixarem a blusa de Malia molhada.

— Nós pra sempre — ela sussurrou.

— Pra sempre — June sussurrou de volta, não querendo soltar o abraço.

𝐋𝐈𝐊𝐄 𝐀 𝐒𝐓𝐑𝐀𝐍𝐆𝐄𝐑 ʳᵉᵍᵘˡᵘˢ ᵇˡᵃᶜᵏOnde histórias criam vida. Descubra agora