𝟎𝟏𝟑. 𝗍𝗋𝗎𝗌𝗍

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𝐂𝐀𝐏𝐈́𝐓𝐔𝐋𝐎 𝐓𝐑𝐄𝐙𝐄
𝖼𝗈𝗇𝖿𝗂𝖺𝗇𝖼̧𝖺

- 𝐄𝐍𝐓𝐀̃𝐎 𝐕𝐀𝐈 𝐒𝐄𝐑 o seguinte, vou fingir que estou do lado deles e que te "sequestrei" - fez aspas com os dedos - Assim, eles vão vir te azarar e não eu, mas faz um feitiço de proteção, já que vou lançar um feitiço em você, e finge que i...

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- 𝐄𝐍𝐓𝐀̃𝐎 𝐕𝐀𝐈 𝐒𝐄𝐑 o seguinte, vou fingir que estou do lado deles e que te "sequestrei" - fez aspas com os dedos - Assim, eles vão vir te azarar e não eu, mas faz um feitiço de proteção, já que vou lançar um feitiço em você, e finge que irá doer, pelo amor - sussurrou urgente.

- Ok, você pensou se isso não der certo?

- Para de ser pessimista por pelo menos um minuto, por favor?

- Malia, como vou ficar positiva sendo que você me enfiou em um plano de morte?

- Não é um plano de morte! - ela revirou os olhos - Preciso que confie em mim - respirou fundo - Vai dar tudo certo.

June apenas optou por fechar os olhos por um segundo, pensando em outra forma de executar o plano, mas precisava confiar em Malia, certo?

Ela era sua única amiga, e deveria dar uma chance a ela depois de ficar com a Harris mesmo depois de ter quase estragado a vida da Brown múltiplas vezes.

Então ficou calada, e Malia entendeu isso como um sinal de que poderiam seguir com o plano. Olhou para a melhor amiga confiante, pegou suas mãos, as amarrou frouxamente, com June podendo se soltar se quisesse.

A puxou para atrás dela e fechou os olhos, com medo do que pode acontecer.

June estava apavorada, um sentimento que ela não carrega desde que tinha 11 anos. Era familiar demais, e não gostou do quanto conseguia sentir falta desse sentimento.

Andaram e andaram pelo castelo. Malia a procura da comunal da sonserina, June a procura de um milagre, porque não tinha fé de que aquilo iria dar certo.

Assim que chegaram na comunal, Malia sussurrou alguma senha que June não prestou atenção, mas que ficou curiosa em como ela conseguiu isso.

Assim que apareceu uma cobra, para abrir a porta, June estremeceu, viu que seu lugar estava longe de ser ali, e só queria acabar com isso o mais rápido possível.

- Gente - chamou Malia, sem hesitar, e logo um grupo de sonserinos apareceu. Harris reconheceu todos, Barty Crouch Junior, Evan Rosier, os irmãos Carrow, Avery ||, Rabastan Lestrange e algumas meninas que ela chutaria como Greegrass, Zabini e provavelmente Parkinson.

Era seu pesadelo, todos os sobrenomes das famílias puro sangue, bem ali em sua frente. E todos a encaravam seriamente.

- Falaram que não iria passar - sorriu orgulhosa - Peguei uma sangue ruim - olhou para June brevemente para pedir desculpas - Acho que me provei para vocês, não?

- Não - riu Avery, não intimidando as duas - Quero ver sangue cair.. - disse passando o dedo na bochecha da Harris, que engoliu em seco - E é você que vai fazer isso - apontou para a Brown.

- Tudo bem - deu de ombros, já esperando isso - Onde vamos fazer isso?

- Na sala precisa - sorriu - Vamos - olhou para os outros e todos seguiram ele em direção ao que June chamaria de, inferno.

Não queria ter que lutar com eles, eram muitos contra ela, e isso não era um número nem um pouco justo.

Chegaram a um corredor fechado, que quando Malia iria abrir a boca para perguntar, uma porta se formou no corredor, deixando a Harris pasma.

Entraram, no que parecia ser um lugar muito grande, era como se fosse uma cópia da comunal da sonserina, mas com uma arena de duelos, e mais outros lugares que June não conseguiu distinguir, mas sabia que não era bom.

Malia rapidamente sentou a melhor amiga em uma cadeira, a prendendo fraco, mas fingiu estar forte para não desconfiarem.

Ela resmungou algumas vezes, como se estivesse fazendo força. E sussurrou um feitiço sem varinha, para proteger a Harris.

June fechou os olhos, não querendo olhar para todos aqueles sonserinos como se ela fosse uma carne muito suculenta no meio de um prato com coisas ruins.

Não soube dizer quantos tempo ficou ali, para ela foram horas, mesmo que provavelmente foram apenas minutos, mas só conseguia ouvir sussurros, do que iriam fazer com ela, como iriam acabar com sua "raça".

Ela queria vomitar, e não pensar em mais nada. Queria chorar, mas sentia que sua garganta estava no centro de arames farpados, como se cortassem ela de fora para dentro, aos poucos a deixando sem voz.

Quando abriu os olhos, June a olhou, e pronunciou um feitiço que não sabia identificar qual era, e logo pensou na probabilidade de ser uma maldição imperdoável. Só não sabia se Malia era capaz disso.

Harris sentiu seu corpo inteiro tremer, sentindo o poder que vinha da varinha de sua amiga, querendo se encolher, e gritar para a Brown parar, porque iria dar errado.

Mas deu certo, e para a sorte de June, não era uma maldição imperdoável, e fez um pequeno corte em sua bochecha, já que o impacto do feitiço foi amortecido pela barreira.

Ela resmungou alto, surpreendendo a todos, que achava que aquele corte havia sido nada, mas a Harris sentiu dor de verdade, sentiu seu pais, sua infância, todas suas memórias a controlando, a fazendo de
marionete.

Sentia as cordas puxando seu cérebro, fazendo força, como se estivesse com dedos em sua garganta, perfurando a pele e chegando em sua boca por dentro, para a fazer sorrir.

Seu olhar abaixou para o chão, esperando outra dor vir.

E veio mais uma.

E mais uma.

E mais uma.

E mais uma.

𝐋𝐈𝐊𝐄 𝐀 𝐒𝐓𝐑𝐀𝐍𝐆𝐄𝐑 ʳᵉᵍᵘˡᵘˢ ᵇˡᵃᶜᵏOnde histórias criam vida. Descubra agora