Capítulo 17 - Sessão

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          Embarcamos no táxi e Dono deu ao motorista o endereço de Rua Sacadura Cabral, eu sabia que era um endereço no centro da cidade, sabia que eu já tinha ouvido falar dessa rua, mas meus pensamentos foram logo afastados ao sentir a mão de meu Dono em minha coxa, senti-a ser apertada com força, abracei seu braço e deitei minha cabeça contra ele apertando um dos meus seios contra aquele braço forte.

          Saímos da Zona Sul do Rio de Janeiro para o centro da cidade, foi um percurso de mais ou menos uns 45 minutos, passamos por toda a orla de Copacabana, passamos em frente ao nosso hotel, depois pegamos o túnel, por onde caminhei com meu Dono para ir comprar meu biquíni, que agora estava dentro da mochila que Dono havia levado para a praia, seguimos por todo o Aterro, pela Marina da Glória até que chegamos à zona portuária do Rio de Janeiro.

          Durante todo o trajeto a mão de meu Dono subia e descia pela minha coxa, ora apertava a parte de cima, ora a parte mais interna, eu sentia seus dedos cravarem em minha pele e carne e ao sentir o apertão eu beijava seu braço escondendo um gemido.

          Algum tempo antes do táxi parar meu Dono me disse em meu ouvido que eu deveria fechar os olhos e só voltar a abri-los quando ele permitisse e como uma boa e obediente submissa eu os fechei, alguns poucos minutos depois eu senti o carro diminuir a marcha e parar, ouvi meu Dono agradecendo ao motorista, sabia que ele estava pagando a corrida.

          - Vou dar a volta e abrir a porta para a senhora.

          - Pois não senhor.

          Dono saiu do carro, ouvi a sua porta bater, esperei que ele abrisse a minha, sua mão buscou a minha e me ajudou a sair do carro.

          - Não ouses abrir esses olhos Queta de Hunter.

          - Não os abrirei meu Dono.

          A excitação estava tomando conta de todo o meu corpo, não ter um dos sentidos, como o da visão, nos faz aguçar outros sentidos, de imediato lembrei-me do dia em que Dono me vendou, lá no apartamento dele, eu nua diante da janela. Subimos alguns poucos degraus.

          - Me espere aqui.

          Fiquei de pé, sem saber onde estava e se haviam pessoas ao redor, não ouvia nada, não ouvi os passos do meu Dono, mas sim o som de uma conversa mais distante, mas não consegui ouvir o que diziam, então Dono voltou a segurar-me a mão.

          - Vamos minha menina, já consegui o que eu desejava.

          Segui meu Dono de mãos dadas, no escuro fui guiada por ele, me sentia segura, estava entregue ao prazer de ser guiada pelo meu Dono, mesmo sem saber para onde, gosto dessa sensação, procuro descobrir para onde e sempre sou surpreendida.

          Ouvi o barulho de um elevador, de início, ao pegarmos o táxi, eu imaginei que iríamos para algum motel, mas agora eu já não sabia mais se estávamos em um ou se era um hotel, passei a achar que sim por estarmos entrando em um elevador e qual não foi a minha surpresa ao sentir meu Dono tocar em meu pescoço e fechar uma coleira ao redor dele, ouvi aquele clique, tão característico do fecho de uma guia sendo preso à coleira, minha vontade foi ficar de quatro imediatamente.

          O som da porta do elevador sendo aberta, Dono já não me segurava mais pela mão, mas guiava-me puxando a guia presa à coleira, minha sensação de estar em um hotel aumentou, pois caminhamos por um espaço todo acarpetado, senti-o sob os meus pés, como não estava de mãos dadas com meu Dono ou segurando em seus braços meus passos eram  cuidadosos e então eu senti a guia ser afrouxada, estanquei minha caminhada, ouvi o barulho de uma chave em uma fechadura, uma porta sendo aberta, a guia sendo retesada me fazendo voltar a mover-me e então o barulho da porta fechando-se às minhas costas, o ambiente estava frio, certamente que era um ambiente refrigerado, um quarto de hotel.

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