Capítulo 4 - Aterrorizada

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          Pousamos, fui afrouxando o aperto na mão de meu Dono enquanto o avião taxiava na pista a caminho do finger de desembarque, agora eu estava em solo brasileiro e na minha cidade natal, fomos um dos primeiros a desembarcar pois viemos na classe executiva. Estava andando pelo corredor do desembarque, de mãos dadas com o Dono, quando senti um aperto no coração, me bateu uma ansiedade.

          - Dono, estou nervosa.

          - Preocupada com o quê minha menina, ainda com a questão de passar no detector de metais, já não lhe lembrei que é só no embarque?

          Ele olhou para mim com um belo e carinhoso sorriso nos lábios, apertou mais forte minha mão e me beijou na testa.

          - Não, não é isso, não sei explicar, mas me bateu um medo, uma insegurança.

          - Não acredito que esteja nervosa com a sua apresentação, mesmo eu sabendo que estarás de volta ao lugar em que estudou e, provavelmente, diante de ex- professores e colegas de estudo não vejo razão por essa insegurança, sabes muito bem do quanto você é capaz.

          - Eu não acho que esse seja o motivo, mas eu não sei explicar o que estou sentindo nesse momento.

          Logo estávamos diante das esteiras no setor de desembarque do aeroporto, fui pegar um carrinho enquanto meu Dono ficou olhando as malas passarem e à espera das nossas duas. Assim que peguei um dos carrinhos e virei-me o vi de costas, os cabelos bem mais brancos, parte de sua barba já toda branca, é Henriqueta o tempo passou.

          Parei, por alguns instantes, olhando para ele, abri um sorriso, fiquei admirando a sua figura, os ombros largos, as costas fortes, hummmmmm! Como eu gosto de chegar por trás dele e o abraçar, sentir meu corpo colar ao dele, sentir meus seios nus em suas costas nuas, descer minhas mãos pelo seu peito até alcançar seu abdome enquanto lhe beijo abaixo do pescoço.

          Levei o carrinho até ele, e assim que pude eu o abracei por trás. E na ponta das pés, para conseguir estar perto de sua orelha eu a beijei.

          - Obrigada! Muito obrigada meu Dono.

          Ele segurou minhas mãos, que estavam em seu peito, muitas das vezes que o abracei assim ele não segurava minhas mãos como agora, mas sim minhas nádegas, puxando-me mais para ele, mas isso em momentos em que estaríamos apenas nós dois ou com pessoas do meio BDSM.

          - E posso saber o motivo de eu estar ganhando esse abraço, esse beijo e ouvir esses agradecimentos?

          O abracei ainda mais forte.

          - Por ter visto e acreditado que eu sou o que sou, por eu ser a mulher, mãe, profissional e submissa que sou. Por Dono ter me proporcionado isso, por ter acreditado em mim como podendo ser todas elas, ter e estar me conduzindo com autoridade, carinho, compreensão. Dono sabe o quanto sou apaixonada, o quanto o amo.

          - Minha menina passou da sensação de insegurança para um estado de romantismo é isso?

          Não pude responder de imediato, pois uma de nossas malas já estava na esteira e se aproximava de nós. Assim que chegou Dono a pegou e colocou no carrinho, eu não resisti e assim que ele soltou a mala eu o abracei e o beijei com toda a força dos meus sentimentos.

          Fui correspondida em meu beijo, mas logo Dono fez um gesto de se mover, nossa outra mala estava chegando, mas ele precisou deixá-la passar, pois, ao nosso lado, uma senhora tentava pegar a dela. Dono então fez a gentileza de pegar a dela e colocar no carrinho ao lado do nosso.

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