Bigas em casa.

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Depois de mais um turno cansativo cheguei em casa vendo minha mãe na cozinha e o traste de meu padrasto sentado em sua poltrona com seu charuto falsificado. Minha mãe insiste que ele é uma boa pessoa, mas algo nele me faz duvidar.

—Mãe cheguei, não vou comer, só vou tomar um banho e dormir.-digo simples e subo as escadas que dão nos quartos.—Amanhã vai ser só mais um dia repetitivo de sempre.

Entro em meu quarto tirando minha roupa e pegando uma toalha e indo ao meu banheiro. Hoje estava muito cansada, porque jack havia faltado, o mesmo estava com virose, então ele ficaria de repouso hoje, ou seja, sobrou tudo pra mim.

Ligo o chuveiro e entro, sinto a água quente caindo em mim, estava maravilhoso, escuto batidas no meu quarto, mas ignoro. Continuo meu banho normalmente. Saio do mesmo com meu roupão e vejo minha mãe sentada em minha cama.

—O que foi mãe?-pego uma roupa e me visto. A mesma me olhava seria.

Mãe: Heitor disse que viu você pegar dinheiro de sua carteira escondido.–Ótimo era só o que faltava pra estragar meu dia, o mesmo já disse essas mentiras sobre mim e minha mãe como é tola sempre achava que era verdade.

—Eu não peguei nada.-digo simples, mas com raiva, porque sabia que não ia adiantar discutir com eles. É assim desde meus 18 anos, quando ela começou a sair com esse homem.

Mãe: Nós já tivemos essa conversa sn, não quero brigar, só devolve o que pegou dele.-estende a mão, pra eu "devolver" o dinheiro que peguei.

—Não peguei nada, e não vou dar nada pra ele.- me sento na minha cama e ela já estava com raiva, então 3 três segundos ela vai começar a me dar sermão.

Mãe: NUNCA NA MINHA VIDA IMAGINEI TER TANTO DESGOSTO DE MINHA PRÓPRIA FILHA.-Grita, confesso que isso me machucou.—SABE SN DEVERIA TER ESCUTADO SEU AVÔ, DEVIA TER TE ABORTADO.-Sinto como se fosse um soco no meu coração.

—DEVERIA MESMO, NOSSA COMO VOCÊ É HIPÓCRITA, ESTA CEGA POR UMA PESSOA QUE SÓ QUER O CAUS NA NOSSA VIDA, COMO VOCÊ É BURRA MÃE.–Sinto meu rosto arder, ela me deu um tapa.

—CALE SUA BOCA PRA FALAR DE HEITOR, SE NÃO FOSSE POR ELE, JÁ TERÍAMOS MORRIDO DE FOME.–Arruma uma mochila com algumas coisas.–Ótimo vai embora, fuja das suas responsabilidades mesmo.

—Olha mãe, sinto por você estar cega, quando perceber o que tá acontecendo, não venha atrás de mim.-Abro a porta do meu quarto indo em direção a porta de casa, a mesma me seguia como um fantasma. Abro a mesma, mas antes de sair digo.—Amanhã venho pegar o resto das minha coisas.

Saio de casa e chamo um taxi até a casa de Jack, vou passar um tempo lá até achar um lugar pra viver.

[...]

Estava enfrente a casa do mesmo, pago o taxi e desço com minhas coisas, vou até a porta, penso um pouco, porém, logo aperto a campainha dele.

Jack:O que faz aqui? Ainda mais com três mochilas?–ele se afasta um pouco e me deixa entrar.

—Será que posso dormir aqui alguns dias até eu achar um lugar pra morar?-Vou direto ao ponto, o mesmo tava com o olhar de interrogação estampada.

Jack:Claro, só me conta o que aconteceu -Ele se senta ao meu lado.

[...]

Contei tudo e o mesmo entendeu a situação, ele arrumou o quarto de hóspedes e disse que podia ficar quantos dias eu quisesse. Estava terminando de arrumar minhas roupas no guarda-roupa, quando o mesmo entra com uma xícara em suas mãos.

Jack: Trouxe um chá pra acalmar os nervos e te ajudar a dormir hoje.–Jack é meu amigo e colega de sala na faculdade.

—Obrigado, pode deixar aí do lado da cama que já tomo.-falo colocando a última pessoa de roupa dentro do guarda-roupas.

Jack:Durma bem–Ele vem até mim e deposita um beijo em minha testa e sai.

Pego o chá e tomo lendo um livro, quando noto que acabou, coloco as coisas de lado e desligo o Luz e vou dormir.

Uma Aposta No Amor.Onde histórias criam vida. Descubra agora