Uma Aposta No Amor.

Pai?

Ainda estávamos dentro do carro, eu procurava a minha chave dentro da bolsa e o mesmo continuou quieto.

—Finalmente!-acho a mesma sorrindo. –Vamos?-ele assente e sai do carro e eu faço o mesmo. —Nossa como está frio, acho que o vestido molhado não ajuda muito.–rio sem graça.

Aidan: Põe meu casaco.–Ele tira e põe em minhas costas, pude sentir seu cheiro, perfume caro.....

—Não vou protestar, estou com frio.-Sorrio e tento abrir a porta.—Mas que droga de porta, toda vez isso!–toda vez ele trava e não gira.

Aidan: Deixa eu tentar.–entrego pro mesmo que abre a mesma com facilidade.—acho que essa porta gosta de mim.-ri

Entrando em casa vejo a mesma toda bagunçada e o cheiro de malditos charutos e latas de cerveja por todo lado. Escuto barulhos na cozinha e vou até lá.

Mãe: Olha quem voltou, a causadora do meu desgosto!-Aidan estava encostado na porta, a mesma não podia ver ele.—Que isso, deu de andar fantasiada? Porque é só assim que você vai entrar em vestido de noiva, ninguém que se preste olharia pra você.-não a reconhecia mais, aquela não é mais minha mãe.

—Só vim buscar minhas coisas e já estou indo embora, pra nunca mais voltar.-digo fazendo menção de sair, mas ela completa.

Mãe: Onde pensa que vai sn, você não tem nada! Ou vai morar debaixo da ponte? Pare de drama, tira esse vestido, e me dá a grana que você pegou do seu pai.-agora já chega.

—Meu pai? Meu pai morreu e esses caras com que você dorme não são meus pais. E não que isso importe pra você, mas eu me casei hoje. E não é você que vai estragar isso.-Aidan continuou quieto e sinceramente prefiro assim. Não quero que ele se envolva com as loucuras.

Escuto a porta da sala abrir e aquele homem entrar. Ótimo, que começe o show.

Heitor: sn? Lembrou que tem casa e que me deve.-sorri falso.—E quem é esse? E porque está vestida de noiva.

Aidan: Prazer marido da Sn.-Ele fala seco.

Heitor: Marido? Tem certeza que quer uma ladra com mulher? Uma menina burra que não presta pra nada e que acha que tem talento pra ser atriz!- fala no mesmo tom que ele.

Aidan: Sim, ela é melhor que vocês dois juntos.- minha mãe sai da cozinha olhando o garoto de cima abaixo. —Sn, suba pegar suas coisas, vou te esperar.-assinto e vou pro meu antigo quarto.

A casa estava quieta, não escutava nenhuma conversa ou discussão. Pego umas caixas e guardo somente as coisas de valor pra mim. E em três malas pego minhas roupas.

—AIDAN, PODE ME AJUDAR?-Grito pro mesmo que estava no andar de baixo. Escuto passos até o quarto.

Aidan: Nossa....quanta coisa.-Ele entra e observa o lugar onde um ficava.—Ele olha as caixas encima da cama e as malas, logo ele pega as caixas e eu fico com as malas.—Pegou tudo?– quase me esqueci. Corro pra debaixo da minha cama e pego uma caixinha de metal e coloco dentro de uma das caixas que estavam com Aidan.

—Agora sim, peguei tudo.- descemos e via meus "pais" olhando pra nós. A minha mãe se aproxima de mim e me dá um tapa. Aidan ia falar alguma coisa, mas seguro seu braço com calma.—O dia que você perceber a merda que está fazendo, não venha me procurar, porque não vou te ajudar e nem te perdoar. Espero nunca mais te ver.

Mãe: Ótimo, assim não preciso mais ver sua cara.-pego minhas coisas e saio.

Gallagher coloca minhas coisas no porta malas e o que não cabe coloca no banco de traz. Ele caminha até a porta do passageiro e a abre, eu entro e ele fecha.

Aidan: Agora entendo o que você disse antes de entrarmos.-suspira pesado.

—Vamos logo embora, não quero nunca mais voltar aqui.- Ele liga o carro e vamos.