Nenhum de nós fala nada pelo caminho, mas posso sentir cada respiração mais profunda de Yuri, um tom mais baixo, mais grave, mais sedento. Por sorte já estamos próximos de sua casa. Minhas mãos apertam o volante com tamanha força, até que os nós de meus dedos fiquem brancos, quando vejo pelo canto dos olhos o homem ao meu lado se mover, sua inquietude o levando a tocar a fonte de desejo em busca de alívio. Meu pé se afunda no acelerador quando seus gemidos começam a ressoar por todo meu corpo.
— ...tor.... Victor.... Hmm.... — Em meio a sede, percebo que Yuri sequer nota a própria ação.
Voltando toda minha atenção para a estrada, me obrigo a focar no barulho do trânsito do outro lado do vidro, mas tudo que continuo ouvindo é a voz rouca do meu namorado chamando meu nome e se contorcendo no banco. Os pneus cantam alto quando faço a curva abrindo para a vaga da casa, nesse momento Yuri solta um pequeno grito em alarme parecendo voltar a si, enquanto me olha atordoado. Seus olhos estão escuros, o rosto vermelho como pêssego, a boca aberta e a respiração ofegante pela descarga de adrenalina fazendo pequenas nuvens a sua frente. Não posso suportar.
Mal vejo minha ação em desligar o carro e me soltar do cinto. Meus olhos nublados com desejo, só consigo ver a expressão faminta a minha frente, só quero atender a ele nesse instante. Prevendo meu gesto e com urgência, sou envolvido rapidamente pelos braços de Yuri, seus lábios buscam os meus e reivindicam a passagem da língua para minha boca.
— Mmm... — Um gemido brota rouco da minha garganta em aprovação.
Meu corpo queima em antecipação, como se não tivéssemos tido esse contato a muito tempo. Minha destra encontra a regulagem do banco e a gira, deitando-nos para trás permitindo que eu pressione o corpo abaixo do meu. Suas mãos vagueiam por minha coluna até pousar em minha bunda enquanto ele me puxa contra si, o quadril se esfregando ao meu ansioso. Com a outra mão apoiando meu corpo, interrompo o beijo relutantemente.
— Yuri... Yuri.... Vamos... ent-. — Minha voz está grave, porém não termino minha frase. A interrupção que conteve minhas palavras, foi outro beijo exigente do meu jovem, como se ordenando meu corpo a dá-lo um pouco de alivio.
— Victor... Eu quero... Agora...
Quando interrompo novamente para analisar sua expressão, entendo seu pedido. Nós nunca fizemos no carro antes e a urgência do momento intensifica a luxúria, não fosse somente isso, trancados entre essas portas, apenas nós dois, o som parece reverberar como uma corrente elétrica quase dolorosa.
— Não vou... te foder aqui.... — Com desejo presente na voz, não atendo ao desejo dele, não completamente.
Sua expressão é de descontentamento e quando ele está prestes a choramingar minha crueldade, meu joelho me dá apoio entre suas pernas, para que minhas mãos se tornem livres e desfaçam o botão de sua calça. Puxando a peça o suficiente, meus dedos percorrem a extensão de seu desejo, sua glande está completamente úmida quando meu indicador faz círculos provocativos na ponta.
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Meu Jovem Katsudon
FanfictionEu sou Victor Nikiforov, o famoso russo a ganhar cinco vezes consecutivas o ouro na competição Grand Prix. Após minha 5° vitória, decidi me tornar o Técnico de Yuri Katsuki e levá-lo a conquistar o ouro esse ano, enquanto paro um tempo a refletir so...