~》Onde Jão e Pedro passam um dia comum.
~ Totalmente autoral.
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Jão Romania Balbino.
São Paulo, Brasil.◇
Não sei como os domingos podem ser tão divisores.
Ao mesmo tempo que se trata de um dia gostoso e calmo. É um dia decepicionante, pois amanhã tudo já volta ao normal.
Porém, durante o dia, ainda é possível aproveitar um pouquinho. Até bater 21hs e todo mundo começar a desesperar.
- Pedro! - Grito ao fechar a porta do apartamento.
- Oi! - Escuto o moreno me gritar, do andar de cima.
- Você ainda quer passar naquela locadora? Eu vou lá ver um negócio do carro. - Grito, enquanto sirvo-me um copo d'água
- Quero! Espera só um minuto, deixa eu trocar essa roupa.
- Ah, não! São 11:30, até chegarmos lá já vai estar quase fechando! - Respondo. - Não troca de roupa não, desce logo!
Escuto ele desligar as coisas e seus passos acelerados descerem as escadas rapidamente.
- Vamos? - Ele diz e eu assinto, pegando a chave do meu corsa no balcão.
Ao chegarmos no carro, abaixo os vidros e Pedro liga o rádio, que está tocando "Otherside".
Começarmos a cantarolar a música, enquanto batucávamos qualquer coisa.
- Sabe de uma coisa? - Pedro pergunta, me fazendo olhar para ele. - Não vejo a hora de estarmos cantarolando uma música sua que esteja tocando no rádio.
Sorrio de imediato.
- Vai ser maneiro, só me dá mais um tempinho. - Pisco pra ele, que sorri.
Volto a me concentrar no trânsito.
[...]
Termino tudo que precisava checar no carro e finalmente posso ir atrás de Pedro, que foi olhar alguns filmes.
- Eai? Algum legal? - Acabo dando um susto no moreno, quando chego o abraçando por trás.
- Já assistiu: "Prenda-me se for capaz"? - Ele diz e eu assinto que sim. - Hum, queria levar ele, faz tempo que eu não vejo.
- Pode lavar, eu não vejo a um tempão também.
- Certeza? - Eu assinto.
Seguimos até o caixa. Pagamos tudo e fomos para o carro.
Reparo melhor em Pedro no caminho. Ele usava uma regata branca, junto de uma calça jeans baixa. Ninguém fica bonito de calça baixa, mas ele consegue ficar lindíssimo.
- Adoro essa sua calça. - Digo, colocando o cinto de segurança.
- Obrigado. - Ele diz, meio sem graça.
Já eram 13:00hs, eu estava morrendo de fome a essa altura, então agradeço por estarmos voltando.
[...]
Após eu e Pedro chegarmos, pedimos comida de um restaurante próximo, almoçamos e fomos apenas ficar sem fazer nada.
Até que ele teve a ideia de assistir o filme que compramos e eu disse que sim, óbvio.
Sendo sincero, o filme já havia passado da metade e eu não tinha conseguido prestar atenção em momento algum.
Estávamos deitados no sofá, ele em cima de mim, com a cabeça em meu peito.
A cada risada ou comentário do mesmo, eu me sentia mais hipnotizado por ele.
Pedro tinha um encanto único, que me prendia 100%.
- Você não está vendo o filme, não é? - Ele levanta a cabeça, apoiando seu queixo no meu peito. Me encarando.
Sorrio e ele também.
- Tudo bem, talvez eu devesse ter escolhido outro filme mesmo. - Seguro seu rosto.
- Não! Não é isso.
- É o que? - Eu o puxo mais para cima, deixando seu rosto bem próximo do meu.
- Hum... É que tem um moço muito bonito aqui e ele tá prendendo toda a minha atenção.
Pedro sorri largamente e eu derreto por completo.
Sinto o moreno se aproximar de mim e me beijar, lento e calmo. Era quase que como se Pedro saboreasse o gosto da minha boca e eu o gosto da dele.
Quando o ar falta, nos afastamos de forma lenta. Apenas o suficiente para nossos lábios desgrudarem
- Adoro esse seu chiclete de morango. - Sussurro contra a sua boca.
Ele solta um riso envergonhado.
- Adoro beijar você. - Ele assume.
- Pode me beijar o quanto quiser. - Digo e ele, prontamente, me beija.
E passamos o resto do dia ali, aos beijos naquele sofá, sem nem ao menos prestar atenção ao resto.