CHAPTER 40

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NICHOLAS

Essa semana está sendo super corrida. Tenho alguns casos para resolver e também surgiu uma viagem. Eu não ia, mas me pediram e não posso dizer não.

Agora que sou oficialmente formado, tudo fica mais fácil.

Pedi a Noah para passar aqui, vou lavá-la para almoçar. Desde a formatura não tivemos um tempo a sós.

Estou terminando de ler um caso quando ouço batidas na porta.

— Entre! —exclamo

— oi

Sorrio quando ouço a voz doce ecoar pela sala.

— oi, gata

— atrapalho?

— você nunca atrapalha.

Me levanto e caminho até ela.

— como você está? —pergunto

— muito bem —responde, sorridente— Tenho novidades

— ah sério? Eu quero muito saber, mas antes quero te beijar. Porque estou com muitas saudades

Ela sorri. Aproximo meu rosto e celo nossos lábios.

— podemos ir almoçar juntos. Aí você me conta o que te deixou tão feliz, pode ser?

— pode. Claro

Concordo e vou até a minha mesa. Pego meu celular e a chave do carro.

Saio da sala de mãos dadas com Noah e sigo até o elevador.

(...)

Vinhemos em um restaurante que eu já estou acostumado. Não é muito longe da empresa.

Fiz nossos pedidos. E Noah não consegue parar de sorrir. Não vou mentir, estou bem curioso para saber o que tá deixando ela assim.

— Então, o que deixou seu dia melhor? —questiono

— Como eu te disse, fui até a faculdade mais cedo. —começa a mexer no guardanapo— E falei com uma das minhas professoras sobre o livro. Ela me deu o número de uma editora. E me incentivou.

Um sorriso apareceu em meu rosto. Eu fico muito orgulhoso em ver o quanto ela está se esforçando, por mais que ainda tenha um medo que percorre suas veias.

— que incrível, meu amor. E você vai falar com a editora, né?

Tudo o que eu mais quero é ver Noah conquistando tudo o que sempre sonhou. E ela é apaixonada por livros. Tenho certeza que ela vai arrasar no seu.

— Eu acho que sim. Esse é meu sonho —responde, deixando o guardanapo de lado e olhando para mim— Eu sempre quis ter, pelo menos um livro publicado. E se não der certo, eu vou tentar com outras editoras, mas não vou desistir —completa

Os olhos dela brilham quando cada palavra sai de sua boca.

— Vai dar certo —pego sua mão e acaricio

Eu tenho que falar com ela sobre a viagem. Mas não sei como ela vai reagir quando eu contar sobre um detalhe. Ou melhor, uma pessoa que vai comigo...

Nossa comida chega e Noah começa a comer.

— Eu também tenho uma coisa para te contar. —meu tom de voz não é tão animado quanto o dela, há alguns minutos atrás

— O que houve? —ela levanta o olhar—É algum problema com seu pai? Ou... com a Maggie? —seu tom de voz muda quando cita o nome da minha irmã

— Não não.. a Maggie está bem. E a relação com o meu pai continua a mesma.

— Então o que é? —pergunta, levando um pouco de comida a sua boca

— Eu vou precisar fazer uma viagem. À trabalho. —digo, simplesmente

— Ah que bom, amor. E para onde você vai?

— Boston

Minha mãe mora lá. E esse nome me dá reviravoltas no estômago.

— E quando vai? —pergunta, dando mais uma garfada em sua comida

— Semana que vem, ou melhor, daqui a dois dias

— Ahh.. —seu tom se entristece— Você pode ir lá para casa hoje?

— Posso, claro

Ela sorri.

Eu deveria ter contado a ela sobre quem vai comigo. Mas ela já ficou mal sabendo que vou daqui a dois dias. Não quero deixa-la pior. Mas também sei, que se eu não contar vai ser pior.

Terminamos nosso almoço e voltamos para a empresa. Parei o carro no estacionamento e fomos até o carro de Noah, que não estava muito longe.

Ela encostou em seu carro e eu fiquei à sua frente.

— Voca já vai? —pergunto, envolvendo minhas mãos em sua cintura

— Infelizmente —faz cara triste— Vou tentar entrar em contato com a editora.

— Hm.. —concordo— Precisa que eu leve algo mais tarde?

— Só você

— Essa é uma proposta irrecusável

Aproximo meus lábios e ela sorri entre o beijo.

— Ah, sabe quem perguntou por você? —digo, me afastando do beijo

— Quem??

— Maggie, mais conhecida como furacão da bagunça —rio

— Ela está na sua casa? —pergunta, animada

— Sim. Chegou ontem.

— Ah. Tô com saudades dela. Pena que não vai dar para nos vermos.

— Por que? —acaricio seu rosto

— Porque você vai ir viajar.

— Você pode ir visitar ela.

— Eu não vou fazer isso Nick. Respeito muito seu pai. E não é querendo ser grossa ou mal educada, não quero ouvir ele falando de mim novamente.

— Eu te entendo. Vou tentar levar ela para te ver antes de eu ir viajar.

Ela sorri e me beija.

— Agora eu preciso ir —ela diz— te amo. Até mais tarde. —me dá um selinho e entra no carro

Aceno.

Eu sei o quanto tô errando em não contar toda a verdade sobre a viagem. E não vou fingir, isso está me deixando mal. Mas Noah não vai ficar feliz sabendo com quem eu vou. E quanto tempo vou ficar. Porque, infelizmente, vou ter que ficar mais de uma semana. E isso me mata. Vou morrer de saudades.

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