Capítulo 29

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✨ Liam Jonhson ✨

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Liam Jonhson ✨


O relógio marca cinco horas em ponto e a minha vontade de levantar para trabalhar era nenhuma, embaixo do edredom estava quentinho e uma pequena criatura estava agarrada em mim. No meio da madrugada puxei o corpo de Kalinda para junto do meu, abracei minha menina de forma protetora e cobri nós dois.

Suas pernas estavam entre as minhas, seu rosto em meu peito e seus braços em minha cintura, não tinha pretensão alguma de sair daqui. Ela se remexe e sua mão para em minha bochecha onde ela faz carinho, sorrio com o contato e fecho os olhos sentido seus movimentos em minha barba.

- Ai que dor.- Resmunga ao se levantar e ficar sentada na cama com a mão na barriga.

- O que foi?- Sento ao seu lado.

- O que você está fazendo no meu quarto? Não, espera, esse aqui não é meu quarto.- Se inclina pra frente e faz uma careta.

- Pequena, me diz o que está acontecendo.- Peço agoniado ao vê-la com os olhos marejados.

- Cólica, estou sentido muita dor.- Abraçou um travesseiro e eu levantei da cama sem saber o que fazer.

- Tudo bem, me diz o que eu preciso fazer para te deixar melhor.- Paro em sua frente.

- Meu remédio não fez efeito como deveria, mas eu preciso de algo quente.- Andei de um lado para o outro sem ter a mínima ideia de algo que pudesse aliviar sua dor e que ainda fosse quente.

- Me dê algum exemplo, meu bem.- Tiro o edredom de cima dela e percebo que ela estava começando a ficar suada.

- Bolsa de água quente pode ajudar.- Abro a boca sem saber onde arrumaria o objeto.

Eu não tinha bolsa de água quente na fazenda e se houvesse alguma eu também não saberia onde estava, talvez a água do chuveiro pudesse ajudar momentaneamente. Corri até a banheira e coloquei para encher, voltei e peguei Kalinda no colo a levando para o banheiro.

- Fica calma, logo a banheira estará cheia e vamos poder entrar.- Prendi seu cabelo em um coque e ela me olhou.

- Vamos? Como assim?- A expressão de dor estava evidente em sua face e nem mesmo se ela quisesse brigar comigo poderia.

- Você pode se afoga e algo acontecer, agora me deixa tirar essa blusa.- Minha garota fechou os olhos novamente e apenas balançou a cabeça.

- Mas não pense que fará isso de novo, nenhum homem me toca assim.- Avisou.

- Não é como se eu fosse deixar outro homem toca em você, Kalinda.- Falo.

- Está com ciúmes, Meretissímo? Estranho, não somos namorados para estar nesse nível.- Deu um sorriso fraco enquanto olhava para a banheira.

- Ninguém toca no que me pertence.- Por um momento eu poderia jurar que sua dor havia passado após seu olhar mortal.

- Eu não um objeto para te pertencer, cretino.

Após levar um soco no abdômen que não havia efeito algum, retiro sua blusa e sua calça moletom entrando com ela na banheira. Sentei atrás dela com a água pelando nos meus coros, não podia esboçar nenhuma reação de desconfortável para não deixá-la preocupada.

Sua cabeça tombou para trás quando joguei o líquido quente em sua barriga e consegui ouvir um gemido baixo de satisfação, provavelmente em outro momento eu estaria feliz com o som proferido por minha pequena próximo ao meu ouvido, mas a minha preocupação era maior que qualquer outra coisa.

Passei a mão repetidas vezes em sua barriga com o conteúdo quente e ela pareceu relaxar, seu corpo ainda estava contra o meu e mesmo que o momento não fosse dos melhores eu me senti bem com ela em meus braços.

- Eu não tinha parado para pensar que o banho quente pudesse me ajudar tanto.- Seu tom não era alto, mas ainda assim não era dos melhores.

- Não sei se aqui tem compressa de água quente, mas a única coisa que eu consegui pensar foi nessa banheira.- Comento.

- Pelo menos ela está me ajudando.- Riu.

- Está melhor mesmo? Não mente para mim, pequena.- Pedi e ela se virou para me olhar.

- Não sou boa para mentir, Liam, mas o banho quente realmente está me ajudando.- Seus olhos mostravam verdade em sua resposta e eu apenas concordei.- Obrigada por me ajudar.

- Uma vez eu li que existe vários níveis de cólica e provavelmente o seu seja o mais forte, mas eu devo confessar que não imaginava que pudesse ser tão brava assim a ponto de te deixar mole e zonza.- Alisei seu rosto.

- O que você presenciou foi apenas uma leve demostração de tudo que está por vir.- Deitou seu rosto novamente em meu peitoral nu e abraçou minha cintura.

- Como assim?- Faço carinho em seu cabelo.

- A minha menstruação acaba comigo durante uma semana, são dores em toda parte do corpo,  humor oscila a cada momento e choro por cada coisa que não saí como planejado. Vocês homens não nos entendem e acham que são tudo frescura, mas eu realmente fico muito mal nessa época do mês.

Olhei meu relógio na bancada do banheiro e trinta minutos haviam se passado desde que entramos na banheira, sua respiração estava calma e eu continuei jogando água quente em suas costas. Massagiei o local e percebi seu suspiro de relaxamento, inclinei a cabeça um pouco para o lado e percebi que ela havia dormido.

Por estar debruçada em meu peito e agarrada em mim, inevitavelmente não deixo de reparar em sua calcinha com estampa de coração e a marca de nascença em um lado de sua bela nádega. Jamais contaria da minha bela visão para ela, sabia que minha garota ficaria muito brava quando soubesse e até mesmo poderia cancelar nosso encontro em Gramado.

Levantei com cuidado e a peguei no colo a levando para cama, busquei suas roupas no banheiro e deixei separadas encima do sofá. Senti arrepios ao lembrar de seu corpo colado ao meu durante a madrugada, ela parecia gostar de dormir abraçada a algo e eu gostei de ser o seu pequeno objeto.

Meu pau deu sinal de vida ao imaginar pequenas mãos delicadas deslizando por ele, beijos por meu pescoço e costas arranhadas. Deslizei minha mão até a base e parei no minuto seguinte ao perceber o que estava prestes a fazer, deixaria Kalinda fazer o serviço quando tudo desse certo entre nós dois.

Observei meu rosto enquanto me enxugava, alguns cabelos brancos estavam começando a aparecer e minha barba também precisava ser feita o quanto antes. Provavelmente até os quarenta eu estivesse grisalho, com uma família incrível e alguns milhões a mais em minha conta bancária.

Minha perdiçãoOnde histórias criam vida. Descubra agora