capítulo 10

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Liam Johnson ✨

Reservei uma mesa mais afastada das outras, não queria ninguém falando ou cochichando algo a nosso respeito.

- Como conseguiu uma reserva tão rápido nesse restaurante?- Perguntou enquanto olhava o cardápio.

- Esse segredo não posso contar.- Brinco.

- Sabia que é muito difícil conseguir reserva nesse restaurante? Eu tentei há uns meses para reunir minha família e comemorar o aniversário do meu pai.

- Não conseguiu?

- Não, não havia mais datas disponíveis naquele mês.

- Essa é sua primeira vez aqui?

- Na verdade é a segunda vez, eu tive a oportunidade de vir em um evento da empresa que trabalho.

- O que você faz?

- Trabalho para algumas marcas que eu gosto, mas a principal é a S.k cosméticos.

- Empresa da sua família?

- Exatamente, comecei a trabalhar mais a sério depois que meu filho nasceu e como toda mãe quer o melhor para o filho decidi me envolver firme nessa nova etapa da minha vida.

Através de sua ficha eu sabia que uma criança morava com sua família, mas a informação saindo de sua própria boca de que tinha um filho me pegou de surpresa. Não que isso fosse um problema, mas ela era nova o suficiente para ter um bebê.

- Agora é a hora que você levanta e vai embora?- Pergunta com um sorriso de canto de boca.

- Por que eu deveria fazer isso?- inclino na mesa e olho sério para ela.

- Geralmente quando um homem acaba de saber que uma mulher tem filhos eles vão embora, provavelmente devem pensar que estamos a procura de um pai para nosso filho. Sabe, eu jamais precisaria disso porque o pai do meu filho é extremamente apaixonado por ele e nunca o abandonaria ou deixaria de usar o título que ele mais ama.

- Pessoas que perdem interesse por uma mulher apenas por ter um filho não é digno do meu respeito, sem contar que não podem ser considerado homens e sim moleques.

- Se você diz...

- Sim, eu digo. Kalinda, não vejo nenhum problema em você ser mãe, mas eu confesso que sua confissão me deixou surpreso.

- Você assim como milhares de pessoas devem me achar uma patricinha mimada que tem tudo que quer e na hora que deseja, não é?

- Sinceramente? Eu achei que você fosse uma patricinha que gastava dinheiro atoa, mas depois que eu vi sua reação com o preço de uma roupa que nem era tão cara assim eu tive minha dúvidas. Se você fosse esse tipo de pessoa nem mesmo teria olhado uma etiqueta.

- Eu posso comprar o que eu quiser que meus pais não vão reclamar, mas eu também tenho o meu dinheiro e sei gastar com muita consciência que uma hora eu posso não ter e ficar na mão. Dependendo da marcar que me contratar, eu ganho muita coisa e acaba que às vezes nem preciso comprar nada.

- Parece ser um bom trabalho, mas não afeta seu desenvolvimento na escola?

- Desde que eu comecei a trabalhar na empresa isso nunca aconteceu, mas o dia que nós nos encontramos por acaso e eu te tratei mal foi por algo parecido.

- Poderia me explicar melhor?

- Tirei nota baixa em algumas matérias e fiquei frustada com isso, mas era algo que eu já sabia que iria acontecer. Meu filho ficou doente e eu passei noites em claro sem conseguir dormir com muita preocupação, então estudar para uma prova que aconteceria pelos próximos dias não tinha qualquer cabimento.

- O que seu filho tinha?

- É um problema relacionado ao coração, então temos que ficar de olho a cada reação estranha que ele tenha.

- Isso não é caso de cirurgia?

- Estamos esperando ele completar uma certa idade para que isso aconteça.

Pela pouca idade ela enfrentava uma grande batalha em relação ao filho, não era todas as mães que tinha a mesma preocupação como ela. Observei quando ela chamou o garçom e pediu uma explicação de um prato, mas todos os meus pensamentos me levavam ao seu bebê.

- O que você vai pedir, Liam?- Encaro ela e depois o garçom que também esperava pelo meu pedido.

- Eu vou querer o de sempre, Thiago.

- Anotado, Doutor.

Todos os funcionários desse lugar me conheciam, não vinha com tanta frequência mas fazia questão de passar às vezes e saber como as coisas estavam. Ser dono de um dos maiores restaurantes da cidade me deixava orgulhoso, era um sonho que tinha desde criança.

- Já decidiu o que vai pedir?- Perguntei.

- Sim, ele já anotou o meu pedido enquanto você viajava nos pensamentos.- Responde após beber um pouco de suco.

- Qual a idade de seu filho?- Ouso perguntar.

- Seis meses.- Bebo um pouco do vinho e dencanso a taça sobre a mesa.

- Qual o nome dele?- Ela apoia a mão no queixo e os cotovelos na mesa.

- Theo.- Parecia orgulhava do nome.

- Um belo nome.- Elogio.

- Assim como o seu.- Sorriu e olhou para os lados, acompanhei seu olhar e havia poucas pessoas no mesmo comodo que nós.- Você vem sempre aqui?

- Nem sempre.- Entre contar ou não, preferia omitir a verdade dessa vez.

- Qual a sua idade?- Coço a sobrancelha um pouco incomodado com sua pergunta, mas não poderia deixar de responder.

- Quase trinta e oito.

Nossa diferença de idade é um tapa na minha cara ao lembrar que sou um velho vinte e dois anos mais velho que ela. Não me importava em tentar uma amizade, mas o meu maior problema era aceitar que meu interesse por essa garota era inegociável. Desde o momento que a vi naquele bar me encarando eu percebi que ela seria minha perdição.

- Imaginei uns quarenta anos.- Engasgo com minha bebida.

- O quê?- Tenho certeza que meu olhar era de chocado, minha pequena sorriu.

- Devo admitir que por ter essa idade você está muito bem conservado, nunca daria essa idade a você. Na verdade eu estava brincando quando falei sobre você ser um quarentão, mas a idade que tem bate com seu jeito.

- Depois dessa estou pensando seriamente em fazer um botox.

- Não faça isso, você vai perder todo seu brilho e ficar feio.

- Algumas rugas não negam que eu já cheguei em uma determinada idade.

- Panela velha que faz comida boa.

-  O que disse?

- Que eu estou com fome.

Não sabia ao certo se sua resposta foi algum tipo de indireta, mas o meu interesse por ela gritava cada vez mais.

Minha perdiçãoOnde histórias criam vida. Descubra agora