Capítulo 118

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💜✨ Kalinda Herrera 💜✨

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💜✨ Kalinda Herrera 💜✨

A cada pé de alface que eu molhava eu conseguia me lembrar do quanto eu detestava terra, mas há uma semana eu estava presa nessa fazenda sem poder ver a minha família.

Em uma semana eu havia aprendido a mexer com horta, tirar leite da vaca, tocar gado, dar ração para os peixes e até mesmo pescar. Tudo isso era fora da minha realidade, mas acreditava que tudo passaria rápido e que em breve eu voltaria para a minha casa.

- Dona Kalinda, você vai querer andar a cavalo mais tarde?- Olhei para o lado e avistei o peão de Liam me olhando.

- Bom dia, Cícero. Tudo bem? Não, hoje eu não estou afim de ir passear.- Respondo.

- Tudo bem, então eu vou à cidade fazer o que o senhor Leôncio me pediu.- Disse e eu apenas concordei.

- Ok, vai com Deus.- Virei para a horta novamente e me lembrei de colher as verduras que a dona Carmem havia me pedido.

Peguei alface, rúcula, tomate, cenoura, cebola e as pimentas de cheiro que ela gostava de usar todos os dias. Coloquei tudo dentro de uma cesta e deixei em um canto, ainda precisava alimentar os peixinhos no tanque.

Escutei o barulho de um avião e olhei para o céu, ele estava muito próximo a fazenda e parecia que iria pousar, não criei expectativas de que fosse o Liam, ele não viria aqui tão cedo.

Após terminar o meu serviço, ajeito o meu chapéu na cabeça e volto até a horta para pegar a cesta, precisava de um banho com urgência. Avistei um monte de homens próximo a entrada da casa, todos eles conversavam, mas achei melhor entrar pela cozinha.

- Que bom que você voltou, filha.- Entrego a cesta para dona Carmem.

- Quem são essas pessoas lá fora?- Pergunto.

- Os segurança do senhor Johnson.- Me viro para ela, ele estava com uma quantidade de homens a mais na equipe.

- O Liam está aqui?- De repente, me sinto feliz e ao mesmo tempo puta com ele.

- Sim, ele procurou por você, mas eu disse que a senhorita estava trabalhando.- Respondeu.

- Tudo bem, eu vou tomar um banho.- Avisei ao deixar a cozinha.

- Espera, você não vai falar com ele.- Parei e olhei para trás.

- Não, ele que venha até mim.- Sigo até o quarto que eu estava hospedada.

Estanco na porta do meu quarto ao ver uma mala no canto da parede, eu conhecia muito bem o acessório cheio de adesivos. Deixo a minha bota em um cantinho e o chapéu acima da cômoda, tiro a minha roupa e fico somente de lingerie no quarto.

- Não acredito que eu tenho roupas que não sejam para frio.- Sussurrei ao dar pulinhos.

- Pedi aos seus pais para arrumar uma pequena mala de calor para você.- Assustei ao ouvir a voz de Liam.

- Caramba, você me assustou.- Ele estava na porta do quarto e de cara fechada.

- Você não tranca a porta do seu quarto?- Cruzou os braços ao me olhar.

- Não tem necessidade disso.- Digo ao tirar cada peça de roupas da mala.

- Mas deveria, Kalinda.- Não dou moral para ele, me concentro em olhar tudo da mala.

- Quem seria o louco em mexer comigo sabendo muito bem como você é?- Perguntei ao pegar um shorts jeans curto e deixar separado.

- Todos os funcionários sabem que você pertence a mim e que não devem te desejar.- Falou.

- Sério? Eu não sabia que você tinha me comprado em um leilão.- Coloquei as mãos na cintura e o encarei.

Ele fechou a porta e caminhou até mim, mesmo que eu tenha pedido um tempo ele ainda mexia comigo.

- Não, eu não comprei, mas eles devem saber que você não está disponível.- Respondeu.

- Não estou? Não me lembro de ter nenhum tipo de compromisso com você.- Provoco.

- Eu estou deixando você se divertir, mas quando você voltar pra mim não terá mais a vida de solteira.- Avisou ao passar os dedos em minha bochecha.

- Eu não vou voltar para você.- Olhei no fundo de seus olhos azuis.- Porque eu não te amo mais.

- Você está mentindo.- Chegou ainda mais perto me deixando sem saída.- Ninguém deixa de amar uma pessoa do dia para noite.

- Eu deixo.- Atrevida, não abaixo pra ele.- Eu só não vou sair por aí beijando outras bocas porque eu estou grávida, mas se não estivesse você saberia a resposta.

- Estranho você me dizer isso se há uma semana atrás estava aos beijos com o Velasquez.- Sorrio.

- Sim, qual o problema?- Questiono.- Tanto ele quanto eu somos duas pessoas solteiras.

- Você é minha e de mais ninguém.- Sua mãos grossas agarram a minha cintura.

- O que você vai fazer?- Sinto o macio da cama às minhas costas.- Eu estou falando com você, Liam Johnson.

Sem que eu pudesse esperar, sua boca encostou a minha em um beijo delicioso e cheio de saudades, eu estava com saudade dele. Liam sabia onde me tocar, como me tocar e o principal, como me deixar louca por ele.

Não era como se fôssemos transar antes do almoço com tantas pessoas em casa, mas dar uns beijinhos sem compromisso não tinha nada a ver com a paçoca. Mas a realidade me toma ao perceber que ele estava se aproveitando do meu momento de raiva, ele estava com ciúmes.

- Filho da égua.- Me afasto dele.- Você está com ciúmes do Velasquez e por isso me beijou.

- Você não reclamou.- Retrucou.- A única pessoa que vai te beijar todos os dias sou eu, então tira da sua cabeça esse negócio de tempo que eu já esperei de mais.

- E vai continuar esperando, porque eu não vou voltar com você.- Avisei ao me levantar.

- Kalinda, volta aqui.- Peguei a toalha e entrei no banheiro após bater a porta.

Precisava de um banho gelado para tirar os meus pensamentos impuros, esse homem conseguia me deixar brava e ao mesmo tempo cheia de vontade de transar com ele.

Minha perdiçãoOnde histórias criam vida. Descubra agora