capítulo 4

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✨Kalinda Herreira✨

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Kalinda Herreira✨

Tinha quase certeza que a ideia de vir em um barzinho sexta-feira a noite não era a melhor ideia, meu melhor amigo insistiu tanto que eu viesse com ele que eu não gostaria de fazer uma desfeita com ele. Por isso decidi colocar minha personalidade baladeira que só existia na minha cabeça para jogo, mesmo sendo um influenciadora digital com quarenta milhões de seguidores eu tinha que estar bem vestida e com algo que me mostrasse quem eu sou.

- Eu sei que praticamente te obriguei a vir comigo, mas tente se divertir pelo menos um pouco.- Olho para Rodrigo e lá estava ele com aquela carinha do gatos de botas.- Amiga, você é uma menina linda, inteligente, amorosa e que esta mais que na hora de beijar umas bocas novamente depois da minha.

- Não vou beijar ninguém nesse lugar, vim para tentar me divertir e te fazer companhia. Sobre beijar outras bocas além da sua, nós sabemos que só fiz aquilo para ter um mínimo de experiência.- Digo baixinho, ninguém precisava saber que ele foi minha primeira vez em absolutamente tudo.

- Você se tornou muito experiente para uma garotinha de quatorze anos.- Abro a boca para falar e ele coloca dois dedos sob meus lábios me impedindo.- Tudo bem que se passaram dois anos desde que revíramos meu quarto de ponta cabeça ao ter uma transa sem igual, mas agora nós dois vamos procurar um alvo essa noite e você vai beijar alguém.

Ele pega em minha mão me levando até o barman que modéstia a parte era um gatinho, o rapaz deveria ter no máximo entre vinte e vinte e dois anos, lorinho, olhos castanhos e tinha um sorriso muito bonito. Sinto um beliscão na costela e me viro para Rodrigo que me encarava discretamente com quem pede para disfarçar ao secar o coitado do homem em nossa frente.

- Eu sei que o boy é bonito e tudo mais, mas teria como você ser um pouco discreta e não entregar as cartas de primeira? Saiba que ele não pode ser o seu alvo enquanto estiver trabalhando, não queremos ninguém desempregado até porque conseguir emprego hoje em dia está cada vez mais difícil.

- Tudo bem, mas eu não estava fazendo nada além de reparar em sua maestria em lidar com drinks.- Minto, mas ele sabia que eu estava mentindo.

- Irmão, eu vou querer uma cerveja.- Não estava surpresa em saber que ele começaria com uma cerveja, mas eu não beberia nada com álcool.

- Quero um drink sem álcool, alguma sugestão?- Pergunto após deixar o pequeno cardápio de bebidas encima do balcão.

- Coco com abacaxi, caipirinha e coquetel de morangos são os mais pedidos por clientes que não bebem álcool.- Analiso as sugestões, talvez depois de um drink sem álcool pudesse experimentar um com álcool.

- Pode preparar uma caipirinha, por favor.

- Nada de álcool essa noite, Srt. Herreira.- Reviro os olhos, Rodrigo estava atento e seria difícil beber algo em sua presença.- Agora vire bem discreta e observe o gato que acabou de chegar acompanhado.

Viro como quem não quer nada e vasculho o local atrás do sujeito que meu amigo disse ser bonito, um homem de jeans e camisa social preta me chama atenção. Ele era alto, devia ter quase dois metros, sério, olhava para os dois lados aparentemente procurando por alguém e os rapazes ao seu lado também não eram de se jogar fora.

Sua presença mexe comigo de uma maneira estranha, sinto vontade de ir em sua direção e tocar seu rosto, logo me recomponho ao lembrar que meu amigo havia se interessado por ele e eu não o tipo de garota que pegava os pretendentes das amigas.

- Impressão minha ou ele parece procurar alguém? Não é possível um homem daquele ficar olhando para os lados mesmo que tente disfarçar a todo momento.

- Acredito que esteja esperando alguém.

- Amiga de Deus..

- O que foi, Rodrigo?

- Eu sei quem ele é.

- Como assim?

- Ele é totalmente proibido para nós dois.

Algo de errado não estava certo nessa história, olho de relance novamente para a mesa não muito próxima da nossa e meu olhar pega o dele sobre nós. Sua presença por um minuto começa a me incomodar ao sentir seu olhar em minhas costas.

- Por que eu sinto que ele não para de olhar para cá? Fizemos algo de errado?

- Não, nós fizemos nada de errado mas parece que ele pegou fixação em nós dois.- Bebo o conteúdo da minha bebida enquanto encaro Rodrigo.

- Vou pegar outra bebida.- Levanto e meu amigo me olha surpreso.

- Vai com calma amor, essa é sua terceira bebida ainda.

- Relaxa, tudo sobre controle.

- Sei.

- A noite só está começando, lembra-se do nosso vale Nigth.

Minha perdiçãoOnde histórias criam vida. Descubra agora