Capítulo 96

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✨🩵 Liam Johnson 🩵 ✨

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✨🩵 Liam Johnson 🩵

Em outra ocasião, estaria tranquilo estar na frente dos pais da minha garota, mas o olhar mortal que cada um deles me davam era diferente.

- Não pense que sairá daqui sem um olho roxo, rapaz.- Marcelo, meu sogro, avisou.

- Acredito que não precisamos partir da violência, Sr. Herrera.- Falei.

- Se você soubesse a raiva que eu estou sentindo, não me falaria isso.- Troquei um breve olhar com Kalinda.

- Papai, vamos conversar sem brigas.- Ela pediu, seus pais se sentaram no sofá a frente do nosso e nos encararam.

- Você não tem vergonha na cara de engravidar uma menina de desseseis anos?- Questionou.

- Você consegue perceber que o que aconteceu entre vocês dois é totalmente errado?- Ricardo, perguntou.

- Sim, eu sei o que eu fiz e não me arrependo. Eu gosto da filha de vocês e isso não vai mudar, mas eu também gostaria de dizer que ela nunca me deixou vir aqui falar nada. Sobre a gestação, pode ter certeza que sempre nos cuidamos para que isso não acontecesse.- Sem medo, respondo.

- Tem noção que ela não poderia engravidar? A minha filha pode morrer em uma sala de parto por imprudência de vocês dois.- Era evidente que o medo de perder a filha era maior que ter um neto.

- Eu posso contratar os melhores médicos para cuidar dos dois, isso não é um problema para mim, Sr. Mendonça.- O homem apenas me encarou antes de levantar e se encostar em uma mesa que não havia reparado antes.

- Nenhum médico trará a vida da minha filha de volta caso ela morra.- Marcelo respondeu.- Vocês erraram desde esse namoro até agora, mas pode ter certeza que o culpado maior é você.

Kalinda permanecia quieta e apenas observando a situação, sentia que ela estava tensa. Segurei suas mãos a fim de passar segurança para ela, mas nem mesmo isso adiantou.

- Eu disse aos meus pais que eu não vou fazer um aborto, não tenho mais essa coragem.- Sem acreditar, arregalei meus olhos.

- O quê? Você, não...- Virei para ela e apertei suas mãos.- Você estava pensando em tirar o nosso bebê?

- Ela teve o mesmo pensamento há um ano atrás, então não me admira ter tido novamente.- Ouço o seu pai dizer.

- Você realmente teria coragem de fazer isso, Mein Leben?- Perguntei com um nó na garganta.

- Liam...- Ela não continua, não olha na minha cara e tenta afastar suas mãos das minhas.

- Pelo amor de Deus, você teria coragem de fazer isso com um bebê que não pediu para ser feito, Kalinda?- Sua ideia me assusta, jamais deixaria que ela fizesse isso com um filho meu.

- Eu amo o meu filho, mas se os meus pais e o pai dele não tivessem me convencido a tê-lo, hoje eu não seria mãe de ninguém.- Olhei para os meus sogros não entendendo sua resposta, eles apenas desviaram o olhar do meu.

- Desculpa, mas eu não estou entendendo o que você quer dizer com isso, amor.- Ela balança a cabeça sem querer dizer.

- Tem coisas que você não precisa saber, mas você pode ficar tranquilo que eu não vou tirar o nosso bebê.- Estava me incomodando o fato dela não querer olhar pra mim.

- Como vão ficar as coisas agora?- Atordoado com a resposta de Kalinda, apenas me viro para o meu sogro.

- Como assim? Eu vou assumir o bebê, meu filho não ficará sem pai.- Digo o óbvio.

- E quanto a minha filha, você também assumirá o que vocês tem?- Antes de responder, Kalinda me interrompe.

- Não, se ele fizer isso, a carreira dele como juiz vai por água a baixo.- Arqueio uma sobrancelha.

- Você está preocupada com a minha carreira ao invés de se preocupar com a sua exposição? Meu Amor, eu posso deixar de ser juiz a qualquer hora, mas você ainda tem uma carreira enorme pela frente.

Me impressionava o fato dela querer me poupar das consequências que ela também seria atingida no momento que tudo viesse à tona, minha garota não estava pensando nela.

- Ninguém precisa saber quem é o pai do meu bebê e muito menos a pessoa com quem eu tenho um relacionamento.- Indignado, me levantei.

- Você ficou maluca? Eu não vou esconder o meu filho de ninguém, pode tirar essa ideia da sua cabeça.- Disse.

- Só estou tentando evitar uma dor de cabeça sem necessidade, Liam.- Ela também se levanta e fica em minha frente.

- Eu não aceito isso e se for necessário eu perco a minha carreira como juiz.- Falei sério.

- Deixa de ser teimoso, homem.- Colocou as mãos na cintura, mas antes jogou o seu cabelo para trás.

- Você realmente quer falar de teimosia? Como eu vou sair na rua com o meu filho sem poder dizer que eu sou o pai?- Questionei ao cruzar os braços.

- Essa parte podemos resolver depois.- Revirei os olhos, ela era maluca.

- Calem a boca, você vai assumir a minha filha e o seu filho, quanto a você, Kalinda..- Seu pai olhou para ela com cara de poucos amigos.- Você fará o mesmo, agora não tem mais volta.

- Não vou fugir das minha obrigações.- Avisei para os dois, Marcelo caminhou até mim e segurou a minha camisa.

- Acho bom honrar com o que está dizendo, antes os seus pais chorarem a sua morte do que eu e o meu marido chorar a da minha filha.- Ele falava muito sério, meus pelos se arrepiaram com sua ameaça.

Eu não era um homem que tinha medo de coisas bobas, meu único medo era perder qualquer um dos integrantes da minha família. Sua ameaça não era brincadeira, ele estava falando muito sério enquanto me ameaçava.

As mãos de Kalinda seguravam firme as minhas, após encerrarmos a conversa com seus pais, ela permaneceu calada até chegarmos ao portão de sua casa. Parei, coloquei às mãos em seu rosto delicado e olhei no fundo de seus olhos castanhos.

- Você está bem?- Perguntei.- Você quase não falou nada lá dentro.

- Eu falei o que tinha que ser dito durante e após a sua chegada, meus pais estão decepcionados comigo.- Respirou fundo ao olhar para janela da sala.- O meu pai Marcelo ficará uns dias sem falar comigo.

- Vai ficar tudo bem, pequena.- Puxei ela para um abraço apertado.- Eu vou cuidar de vocês dois.

- Quando contará a sua família?- Aproveitei que ela era baixa e apoiei meu queixo em sua cabeça.

- Falarei com o meu pai para reunir a família toda no próximo fim de semana na fazenda, não vamos mais esconder nada.- Seus braços apertaram a minha cintura.

- Seremos cancelados na internet.- Disse baixinho.

- Qualquer coisa podemos fugir para a fazenda do Tocantins.- Brinquei, ela afastou o rosto do meu peito e me olhou.

- Eu não vou morar no mato.- Reclamou de cara feia.- Aliás, eu nem sabia que você tinha uma fazenda no Tocantins.

- Tenho algumas propriedades espalhadas pelo Brasil, Mein Leben.- Disse ao beijar a ponta de seu nariz.

- Boa sorte com sua família.- Me roubou um beijo inocente.- Agora é melhor eu entrar.

- Espera, não é assim que termina uma conversa entre nós dois.- Me olhou confusa.

Sem que ela esperasse, peguei em suas mãos e a puxei até o muro de fora, ela me olhou surpresa e deu um pequeno sorriso. Estava com saudades de seus beijos, agarrei sua cintura e beijei sua boca.

Minha perdiçãoOnde histórias criam vida. Descubra agora