Capítulo 116

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💜✨ Kalinda Herrera ✨💜

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💜✨ Kalinda Herrera ✨💜

Tinha alguma coisa errada acontecendo, estava demorando mais que o normal para chegar ao aeroporto do Rio Grande do Sul.

- Onde estamos?- Perguntei à comissária antes de descer as escadas do jato.

- Como assim? Acabamos de chegar no Tocantins, dona Kalinda.- Olho para ela assustada.

- Tocantins, Bruna?- Ela confirma.- Por qual motivo paramos aqui? Vamos abastecer o jato?

- Não, não vamos.- Respondeu.- Esse é o destino que os seus pais passaram para nós.

- Impossível, eu deveria estar em outro lugar uma hora dessas.- Falo.

- Você pode nos dar licença?- Moura para ao meu lado e diz a comissária.- Preciso falar com ela.

- Qual o problema, Moura?- Questiono.- Por que estamos no Tocantins? Meus pais não me falaram nada sobre vir para cá.

- Seus pais estão cientes que você está aqui, mas agora nós vamos para outro lugar.- Disse como se fosse a coisa mais normal do mundo.

- Eu vou ligar agora mesmo pra eles.- Digo antes de pegar o meu celular.

Ninguém atendia minhas ligações e nem respondia as mensagens no whatsapp, estava começando a ficar preocupada e cheia de paranóia de sequestro na cabeça.

- Por que nenhum deles me atende?- Murmuro ao tentar ligar mais uma vez para os meus pais.

- Vamos, temos uma longa viagem de carro até o destino final.- Viro para Moura e arqueio a minha sobrancelha.

- Destino final, Moura?- Olhei para frente e avistei três suvs pretas chegarem perto do jato.

- Sim, agora vamos.- Não desço nenhum degrau.

- Não, eu não vou sair daqui até conseguir falar com os meus pais.- Digo.

- Desculpa, mas eu não tenho escolha.- Sem que eu esperasse, ele me pega no colo e caminha até um dos carros pretos.

- Me solta imediatamente, Moura.- Peço ao bater em sua bunda.- Socorro, alguém me ajuda!

- Para de gritar e não bata em minha bunda.- Pede.

- Como eu posso parar de gritar se eu não sei para onde você está me levando?- Gritei.

- Você vai saber de tudo quando chegarmos, mas não faça escândalo, por favor.- Uma tontura se apossa de mim.

- Eu vou desmaiar.- Avisei antes de apagar.

Eu não estava entendendo o motivo de ter três carros pretos à nossa espera, meus pais não tinham me avisado nada sobre mudar o destino da viagem e o sentimento de um possível sequestro me assombrava.

Não, eu não passaria tudo de novo nem fodendo, eu precisava achar uma maneira de me livrar do segurança de Liam e voltar para casa. Mas antes eu podia tirar um cochilo, sentia algo macio abaixo da minha cabeça.

- Então ela é a mulher dele?- A voz feminina fez questão de perguntar.

- Sim, mas ela é bem nova.- Quem responde é um homem.

- Ela tem desseseis anos.- Reconheço a voz do meu segurança.- O senhor Johnson é apaixonado por ela.

- Ela está grávida?- A mulher questiona.- Eu vi que a barriga dela estava um pouco elevada.

- Grávida de gêmeos, dona Carmem.- Conseguia escutar a conversa dos três por conta da porta aberta.

Levantei da cama e segui as vozes, eles estavam em pé conversando em uma sala ampla e com algumas fotografias de família. De relance eu vejo uma foto de Liam ao lado de seu pai.

- Bom dia, estou atrapalhando algo?- Pergunto ao parar na porta.

- Bom dia, Sra. Johnson.- O casal me cumprimenta como se eu fosse a esposa de Liam.

- Podem me chamar pelo nome.- Avisei.- Eu me chamo Kalinda Herrera.

- Eu sou a Carmem e esse é o meu marido, José Leôncio.- Apontou para o homem ao seu lado.

- Prazer em conhecê-los.- Estendo a mão para ambos.- Onde ele está?

- Quem dona Kalinda?- José Leôncio, pergunta.

- Liam Johnson, onde ele está?- Ninguém me diz nada.- Algum problema?

- Ele não está.- Arqueio a sobrancelha.- O senhor Johnson quase não vem aqui.

- Eu vou ligar pra ele agora mesmo.- Corro até o quarto à procura do aparelho, mas não acho de maneira alguma.

- Está procurando por isso?- Leôncio mostra o meu celular.

- Sim, onde estava?- Estico a mão para pegar e ele guarda em seu bolso.- Por que está guardando o meu celular? Preciso usá-lo.

- Sinto muito, mas tenho ordens para confiscar o seu celular e o cartões de crédito.- Franzo o cenho.

- Como é a história?- Coloquei as mãos na cintura e encarei o sujeito em minha frente.

- Isso mesmo que a senhora escutou, não posso te entregar o aparelho.- Sorrio, isso podia ser alguma brincadeira.

- Que palhaçada é essa? Moura, me passa o seu celular agora mesmo.- Ele não move um músculo, o que me deixa irritada.

- Não tenho autorização pra isso.- Os batimentos cardíacos do meu coração estavam acelerados mais que o normal.

- Isso é inadmissível!- Falo em um tom alto.- Ele não pode fazer isso comigo.

- Eles só estão cumprindo ordens.- Olhei para a mulher não acreditando, eu estava presa em um lugar que eu não conhecia ninguém.

- Um de vocês três irá ligar para ele e dizer que eu desejo falar com ele o quanto antes, eu não vou ficar nesse lugar.- Eu estava séria.

- Veja bem...- Interrompi qualquer coisa que José Leôncio estava prestes a dizer.

- Não, você vai fazer o que eu mandei e não vai me questionar. Ligue pra ele e peça para ele vir até aqui ou para ter a decência de ser homem e me ligar.- Deixo os três na sala e volto para o quarto

Liam Johnson tinha muito para me explicar e se ele achava que eu ficaria quietinha sem questionar nada estava enganado.

Minha perdiçãoOnde histórias criam vida. Descubra agora