Capítulo 106

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🩵✨ Liam Johnson 🩵✨

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🩵✨ Liam Johnson 🩵✨

Mesmo que o relógio do meu escritório indicasse que ainda era de madrugada, algumas pessoas andavam pelas ruas com certa pressa.

- Por que você insiste em acordar tão cedo assim, meretissimo?- Ouço a voz do meu anjo.

- Na verdade, apenas cochilei.- Falei ao ver o seu reflexo pela janela.

- Posso saber o motivo?- Perguntou, ainda parada na porta de braços cruzados.

- Eu estou preocupado com o que me disse ontem a noite, mandei uma mensagem ao Pj para que ele verifique tudo.- Vejo ela respirar fundo antes de caminhar até mim.

- Acha que tem algo a ver com você?- Afastei a minha cadeira para que ela pudesse se sentar em meu colo.

- Não precisamos falar disso.- Beijei a palma de sua mão, mas ela ainda me olhava séria.

- Vai começar a mentir pra mim agora?- Arquiou sua sobrancelha.

- Não, você sabe que eu não gosto de mentiras, mas eu só não quero te preocupar.- Coloquei uma mecha de seu cabelo para trás.

- Então você acha justo eu me preocupar com algum maluco sozinha? Liam, ser sequestrada não é legal.- Franzo o cenho.

- Você já foi sequestrada?- Ela confirma - Quando?

- A primeira vez aconteceu quando eu tinha oito anos e a segunda é mais recente.- Contou ao olhar para a janela.

- Recente quanto, Kalinda?- Questiono.

- Há um ano eu fui sequestrada por um psicopata que era totalmente obsessivo por mim.- Sem me olhar, respondeu.

Encarei a minha mulher sem acreditar no que eu estava escutando, essa informação não constava em sua ficha quando mandei Pj investigar sua vida pessoal.

Nenhum outro homem deveria tocar em algo que era exclusivamente meu, nenhum filho da puta poderia ser mais obcecado pela minha mulher a não ser eu.

- Quem é esse filho da puta?- Perguntei baixo, esse era um tom de voz que eu só usava quando estava puto.

- Thiago Carvalho Zapetta, ele era meu professor de história em meu antigo colégio.- Ele seria um homem morto a partir do momento que eu o achasse.

- Isso saiu na mídia?- Atraio sua atenção ao pegar em sua mão.- Quando eu pedi ao Pj para vasculhar a sua vida não tinha essa informação.

- Vamos dizer que os meus pais mandaram fazer um limpa sobre esse assunto na internet.- Falou ao jogar os cabelos para trás, ela estava nervosa.

- Por que você está nervosa?- Com um sorriso sem humor, ela me olha.

- Assim como a gravidez do Théo, esse também é um assunto que me deixa ruim. É como se eu estivesse vivendo tudo novamente ao lembrar de cada coisa que aconteceu.- Suas mãos estavam geladas.

- Tudo bem, podemos mudar de assunto.- Falei.

- O Rodrigo não gosta de tocar nesse assunto, ele sempre me diz que se sente culpado por não estar comigo no dia do sequestro.- O olhar dela era longe, tinha medo e um pouco de angústia.

- Onde ele estava no dia que isso aconteceu?- Ser curioso era uma merda.

- Estávamos na casa dele após voltarmos de um passeio de bicicleta.- Disse ao sorrir.- Tínhamos visto uma receita na internet, mas como faltavam dois ingredientes eu fui ao mercadinho duas ruas depois da dele comprar e essa foi a pior ideia que tive em toda a minha vida

- Você não pode se culpar por algo que não tem culpa, amor.- Passei as mãos em seus cabelos percebendo que ela segurava o choro.

- Quando você disse que queria me amarrar para testarmos coisas novas e eu neguei, era por conta dele.- Eu estava sentindo o meu coração pesado, algo me dizia que eu não gostaria do rumo dessa conversa.

- Como assim, pequena? Ele te amarrou?- Estava a um passo de ter algo na frente dela.

- Entre muitas outras coisas.- Respondeu.

- Eu vou matar esse filho da puta.- Segurei seu rosto ao prometer.

- Ele fugiu do presídio um bom tempo depois de ser preso, mas ninguém nunca mais o encontrou para o desespero de algumas vítimas.- Informou.

- Pode ter certeza que ele nunca mais irá mexer com ninguém, usarei o meu poder como juiz para apagar esse nojento do mapa.- Avisei.

Puxei a minha garota para os meus braços, nunca deixaria alguém machucar o amor da minha vida e a mãe dos filhos. Pediria ao Pj para reforçar a sua segurança três vezes mais se fosse o caso, não podia correr o risco de perder a minha garota.

Minha perdiçãoOnde histórias criam vida. Descubra agora