💜✨Kalinda Herrera 💜✨
De cabeça baixa eu batia o pé no chão sem parar, havia ligado para os meus pais e contado o que tinha acontecido com o Rodrigo. As mãos de Liam estavam em minhas costas enquanto fazia carinho para me acalmar, ele não deveria estar aqui.
- Filha, o que aconteceu?- Levantei a cabeça ao ver meus pais correrem em minha direção.
- Eu não sei, pai.- As mãos do meu pai tocaram o meu rosto.- Ninguém fala nada e eu estou a ponto de ter um negócio.
- Calma, amor.- Minhas mão estavam tremendo e minha visão embaçada por conta das lágrimas.
- Que surpresa vê-lo aqui, Sr. Johnson.- Meu pai Marcelo comentou.
- Nós estávamos juntos quando o hospital ligou pedindo para que ela viesse aqui.- Liam falou e eu não ousei olhar para os dois.
- Entendi.- Mesmo que o olhar do meu pai fosse o mais desconfiado possível, ele não falou nada.
- Eu não quero perder o Rodrigo.- Sussurrei ao me encostar na parede e sentar no chão apoiando o meu rosto nos joelhos.- Ele não pode morrer.
- Ele não vai morrer, pequena.- Escutei Liam dizer ao se agachar em minha frente.- Logo o médico responsável por ele vem aqui.
Liam se sentou ao meu lado e pegou em minhas mãos sem se importar com meus pais, pessoas que passavam pelo mesmo corredor que nós nos olhavam de olhos arregalados.
Minha maior preocupação era o estado de saúde do meu melhor amigo, meu coração me dizia que ele não estava nada bem e que eu precisava estar preparada para o pior. Após duas horas de espera, um médico ruivo muito bonito apareceu em nossa frente.
- Vocês são da família do paciente Rodrigo Oliveira Sanches?- Dei um pulo do chão com sua pergunta.
- Sim, somos nós.- Meu pai Ricardo falou antes de mim.
- Doutor Castilho, o que aconteceu com ele?- Sinto as mãos do meu pai Marcelo em meu ombro.
- Sinto muito, mas às notícias não são boas.- Ele olha para cada um de nós.- Ele levou uma surra muito forte, tivemos que fazer uma pequena cirurgia e agora ele se encontra em coma.
- Em coma?- De repente eu sinto minhas pernas vacilarem.- Como assim em coma? Quantos dias isso dura?
- Dias, meses ou até mesmo anos, mas só vai depender do paciente.- Enfiou suas mãos dentro do bolso da roupa e tirou um colar.- Isso estava com ele.
- É o colar que eu dei de presente pra ele.- Peguei de suas mãos e abri o pingente.- É a nossa foto com o Théo.
- Esse bebê é o filho de vocês?- Confirmei.- Ele é muito bonito.
- Obrigada, Doutor.- Me virei para o meu pai.- Pode colocar pra mim?
- Claro, meu amor.- Arrumei meus cabelos após meu pai terminar de arrumar o colar em meu pescoço.
- Você é de maior?- Neguei a pergunta do médico sem entender.- Eu disse que pode demorar dias ou meses para que ele acorde, mas de todo caso o problema não é em um nível que demore tudo isso e por isso gostaria que pelo menos um de vocês ficasse aqui caso aconteça dele acordar.
- Ricardo, você pode levar a nossa filha para casa agora? Eu vou ficar aqui.- Eu não estava disposta a sair do hospital.
- Não, eu vou ficar aqui.- Disse ao olhar para os dois homens.- Não vou sair do hospital.
- Mas é claro que você vai para casa.- O olhar de Marcelo Herrera não negava que ele falava firme.
- Pai, não tem lógica eu ir pra casa.- Falei.
- Hoje quem vai ficar aqui é o seu pai e isso não está em discussão, Kalinda Herrera Mendonça.
Mesmo sem querer eu me despeço do meu pai e do doutor Castilho, Liam caminhava ao meu lado em silêncio e meu pai Ricardo à nossa frente.
- Filha, eu vou esperar você se despedir do rapaz no carro.- Concordei e esperei ele entrar no carro.
- Aqui.- Olho para sua mão e sorrio.- Quer levar ou eu posso levar para a minha casa? Se bem que a madame deixou uma coleção deles jogados em meu closet.
- Não são tantos assim.- Peguei minha sandália de suas mãos.- Obrigada, não precisava ter ficado até agora.
- Eu disse que ficaria, pequena.- Sorriu.
- Notou que me chamou de pequena na frente dos seus sogros?- Perguntei em tom baixo.
- Sim, qual o problema? Eu já chamei você assim na frente dos nossos amigos.- Respondeu ao passar os dedos em minha bochecha.
- Puta Merda, lembrei de uma coisa.- Fechei os olhos ao me lembrar que estava sem peça íntima na parte de baixo.- Me devolve minha calcinha.
- Nem morto, Mein Leben.- Coloquei minhas mãos em minha cintura sem acreditar.- Você me deu e está dado.
- Eu fui obrigada a te entregar.- Retruco.
- Pode esquecer que eu não vou devolver, mas se você realmente quiser vai ter que pegar em meu bolso.- Mordo os lábios tentada a fazer isso, mas o meu pai estava apenas há alguns metros de nós dois.
- Liam, você é um completo filho da puta e eu me ódio por gostar de você.- Sua risada é alta.
- Isso é uma pena, Mein Leben.- Chegou perto e me deu um sorriso que era capaz de encharcar a minha calcinha, uma que no momento eu não tinha mais.- Seu pai está te esperando, mas não deixe de ligar caso precisar de algo.
- Johnson, me devolve a calcinha.- Peço baixinho.
- Quanto mais você me olha com essa marra toda eu sinto vontade de jogar você no capô do meu carro e te foder.- Um desejo cresce em mim me deixando paralisada.
- Liam..- Sussurrei ao sentir incômodo no meio das minhas pernas.- Você me paga.
- Dinheiro, cartão ou Pix? Se bem que eu sei outro tipo de pagamento também.- Ele ousou beijar a minha testa e acenar para trás.- Seu pai está nos olhando, mas saiba disfarçar o seu desejo por mim quando voltar e entrar naquele carro.
O incômodo entre minhas pernas permaneceu na medida que via Liam se distanciar, eu estava ficando viciada nesse homem e no que ele podia me proporcionar em sua cama. Meu pai não falou nada e nem perguntou também, mas eu sabia que ele estava com uma pequena curiosidade após ver a cena em sua frente.
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Minha perdição
Любовные романыJuíz do Estado de Mato Grosso e empresário no ramo agropecuário, Liam Jonhson viu sua vida de ponta cabeça ao ser largado no altar por Renata Alonso. Todos os planos para o futuro foram água abaixo após receber uma carta no dia de seu casamento e e...