Tom Hanson👮‍♂️

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Pov Tom

Meu trabalho era um tanto decisivo na minha vida. Eu praticamente vivia para ele. Resolver casos e prender pessoas? Bom, acho que nasci pra isso. Gosto do que faço. Realmente gosto! Porém havia o lado ruim. Eu não podia me apegar a ninguém, muito menos aquelas pessoas envolvidas direta e indiretamente nos casos.

No entanto, havia momentos que eu não podia ignorar meus sentimentos. Não dava pra evitar e eu acabava me interessando por alguma garota envolvida em algum "escândalo". E foi exatamente isso que aconteceu com S/n. Eu me apeguei a ela. Percebi que era apenas uma jovem inocente no meio do caos, então me deixei levar com meus sentimentos ao seu respeito. Ela me encantou no primeiro momento que a vi. Seu sorriso era contagiante e todas as vezes que sorria para mim, me deixava com o coração acelerado.

Mais eu tinha uma missão, ao qual precisava me aproximar dela para ganhar sua confiança. Ela seria a peça principal para resolver este caso sobre o esquema liderado por seu pai que envolvia alguns de seus colegas de classe. S/n estava em seu último ano no ensino médio e eu me sentia mal por usa-la para chegar aos criminosos fazendo-a se apaixonar e confiar em mim; mas embora eu tenha prometido que não seria um sentimento recíproco da minha parte, me enganei completamente. Pois como eu disse: eu havia me apegado completamente a ela.

Um dia, após fazermos amor, S/n me contou tudo que sabia sobre o trabalho sujo de seu pai, e eu tive que passar meu relatório ao meu capitão que preparou a armadilha para prender os suspeitos.

Quando a missão foi executada com sucesso, S/n descobriu minha verdadeira identidade, agora sabendo que eu não era o aluno novo transferido de Illinois, e sim um policial disfarçado que a usou para uma missão. E após isso, o que me restou foram as lembranças do choro dela e o olhar de decepção em seus olhos.

Havia se passado dois meses desde o que acontecera, e eu não consegui esquece-la. Eu a procurei duas semanas depois após seu pai ser preso, mas S/n nem sequer me recebeu. Eu entendia e não podia julga-la por isso. Meus amigos do trabalho me aconselharam a esquece-la e parar de pensar tanto nela, mas S/n simplesmente havia roubado meu coração e eu não podia desistir!

Por essa razão, continuei com minhas tentativas. Eram ligações, cartas e flores entregues em sua porta e algumas visitas na escola, que ela fazia questão de ignorar.
Parecia que eu estava me tornando um pouco obsessivo, mas na verdade, só queria uma última chance para falar com ela.

E foi quando a vi saindo de casa para mais um dia de aula, que fiz minha última tentativa de me aproximar. Ela estava caminhando sozinha, então a esperei na esquina; mas assim que me viu, S/n parou de caminhar e ficou olhando para todos os lados em busca de uma fuga. Ela sabia que não tinha pra onde correr, então a vi respirar fundo, agarrar sua mochila e caminhar de cabeça erguida em minha direção.

-Oi. _cumprimentei, mas ela passou por mim. Porém, em uma ação rápida, segurei seu braço fazendo-a olhar para mim com raiva e puxar o braço para longe.

-Não me toque! _ela disse

-Ok...desculpa. _ergui as mãos em rendição _-Mas, por favor S/n, me dê uma chance. Uma única chance para me explicar e eu prometo te deixar em paz.

Ela me analisou e cruzou os braços.

-Você tem um minuto!

Disse ela me fazendo sorrir em agradecimento.

-Uh... ok...eu...quero começar dizendo que sinto muito! Eu não podia te contar quem eu era de verdade, para não estragar a missão. Era o meu trabalho e eu precisava seguir como o planejado.

-E você me usou para isso, Hanson! Você me falou todas aquelas coisas. Me fez confiar em você, disse que estava apaixonado por mim, se deitou comigo, para no final mostrar que eu não passava de uma peça importante do seu quebra-cabeça. Você foi tão baixo comigo. Eu realmente havia me apaixonado por você, mas foi tudo em vão. Eu fui uma idiota! _suspirou segurando o choro_-Então eu te agradeceria se não voltar a me procurar.

Ela se virou para sair, mas corri para parar a sua frente

-Eu te amo. _falei para ela deixando-a sem reação _-S/n, eu te amo e tudo que falei com você quando estávamos juntos foi a mais pura verdade! Você tem meu coração em suas mãos, baby... agora eu peço que me devolva o seu, pois estou sofrendo demais sem ele.

Nossa! Tenho certeza que se Penhall me ouvisse dizendo isso agora, me chamaria de idiota.

-Isso...isso soou meio idiota, não?_acariciei a nuca enquanto S/n me olhava sem expressão _-Eu não sou muito bom em confessar meus sentimentos eu...só preciso que me perdoe e tudo bem se não quiser nada comigo, quero dizer; eu vou sofrer, é claro, mas acho que posso aprender a lidar com isso.

Ela ainda ficou em silêncio

-Por favor, fale alguma coisa. Seu silêncio está me deixando ansioso.

-Eu não sei o que dizer. _ela disse_- Mas vou pensar no seu caso. Agora, seja um cavalheiro e me acompanhe até a escola. Pode fazer isso?

S/n pediu me tirando um sorriso ladino, e eu respondi:

-Com todo prazer, senhorita. Vamos!

Ela acenou e começamos a caminhar lado a lado em um completo silêncio. Alguns minutos depois, chegamos a fachada da escola e S/n parou a minha frente, ela me olhou nos olhos por alguns segundos antes de me puxar pela blusa e me surpreender colando nossos lábios sem se importar com quem estivesse olhando.

Após a anestesia passar, eu a beijei como queria, desfrutando dos lábios dela em um beijo doce, mais cheio de desejo.

Segundos depois nos afastamos e ainda segurando minha blusa, olhando em meus olhos, S/n disse:

-E só pra constar; não achei nem um pouco idiota aquilo que você disse. Foi um pouco clichê de fato! Mas não idiota, Tom Hanson.

Sorri ladino e lhe dei um selinho

-Eu devo considerar este beijo como uma resposta positiva a minha confissão?

-Bem_ela se afastou_-Estarei esperando você marcar um encontro digno, para começarmos do zero, Tom. Acho que a partir daí, você já pode começar a considerar minha resposta.

-Então você iria a um encontro comigo?

-Eu não seria louca de recusar o convite de um policial gato. _ela piscou um olho para mim enquanto se afastava mordendo o lábio inferior

-O que acha de hoje a noite?

-Uh... está perfeito pra mim_disse ela ainda se afastando

-Ok. Te busco às oito horas?

-Oito horas, claro! Estamos combinados.

-Estamos combinados. _sorri vendo-a caminhar em direção a entrada, mas a gritei antes que S/n passasse pela porta. _-S/n!

Ela parou e se virou para mim com um olhar confiante.

-Eu amo você.

Ela se iluminou, sorriu abertamente e acenou fazendo meu coração disparar. Logo depois me deixou para trás, observando-a entrar e sumir entre os alunos no corredor.

Então naquele dia, voltei a ter esperanças de ficar com ela! Com a mulher por quem eu estava apaixonado.



















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