John Dillinger💰

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Contém: violência doméstica e linguagem imprópria.

Há cinco anos, desde que meu noivo entrou para a gangue do estimado John Dillinger, ele tem sido um verdadeiro idiota comigo se achando o dono do mundo.

Caius era frio e calculista antes, e agora se tornou um homem rude e violento.

Todas às vezes que Dillinger não o chamava para as missões, Caius ficava furioso e descontava sua raiva em mim. Qualquer coisa que eu fizesse, era motivo para levar um tapa, um soco ou até mesmo um empurrão.

Houve um dia que meu noivo começou a gritar e a jogar coisas em mim e se não fosse pelo senhor Dillinger, com certeza algo pior aconteceria naquele dia. Dillinger não aturava esse tipo de comportamento de seus homens, então deixou claro que se Caius voltasse a me machucar, não pensaria duas vezes em acabar com ele.
Foi assim que passei a ver Dillinger como meu porto seguro. Eu sabia que podia confiar nele, pois nada iria me machucar quando estivesse por perto.

Há um ano, John, como me pediu para chama-lo, tem estado mais presente na minha vida. Sempre querendo saber como eu estava e preocupado com meu bem estar, por isso tem frequentado minha casa. Com essa atenção que jamais recebi de Caius, passei a nutrir sentimentos por Dillinger. Sentimentos esses que eu sabia ser arriscado; pois, além de Caius ser agressivo, ele ainda era muito ciumento e nunca confiou em mim perto de outros homens. Agora passou a suspeitar até mesmo de seu próprio chefe. Bom, acho que ele já desconfiava sobre meus sentimentos por John e isso o enfurecia.

Era noite de inverno quando Caius mais uma vez chegou estressado. Ele não havia sido convocado para um roubo em um banco no centro da cidade, pois Dillinger queria que ele ficasse de guarda, com isso, meu noivo não suportou o fato de ter sido deixado de lado e ao chegar em casa, começou a quebrar as coisas. Enquanto eu estava na cozinha preparando o jantar, ouvi a assustada, jarros se quebrando, cadeiras sendo arrastadas e palavras de baixo calão sendo pronunciadas por ele.

Quando pareceu se acalmar, ele veio até a cozinha e eu tensionei observando-o com cautela por cima do ombro.

Caius se sentou a mesa e eu preparei um prato de sopa para ele. Assim que me virei para colocar o prato a sua frente, ele o olhou com os olhos vermelhos e furiosos e me fez pular para trás quando o prato foi jogado com muita força no chão derramando todo o conteúdo dele.

-O que você está pensando, mulher?_Ele se levantou vindo para cima de mim empurrando-me e me fazendo bater no balcão da pia atrás de mim. _-Acha que depois de um dia horrível vou querer comer sopa no jantar?

-Era o cardápio de hoje e vo-você não pareceu se...im-importar._Falei submissa encolhendo-me e esperando sua próxima ação que veio tão de repente me fazendo perder o equilíbrio.

A ardência em minha bochecha estava insuportável, enquanto eu estava no chão segurando-a e com dor, Caius proferia palavras ruins ao meu respeito e me acusava de traição, algo que eu nunca fui capaz de fazer.

-Você me enoja! _disse ele acertando minha boca com um soco enquanto eu chorava cansada de tanto sofrimento. Eu culpava meus pais por ter me vendido para ele, agora o jeito era suportar essa dor dilacerante. Chegou um momento que pensei em acabar com tudo usando a pequena pistola que eu tinha escondido em uma parte do guarda roupa, mas não tive coragem suficiente.

-Agora cale e boca e arrume essa bagunça, vadia!

Engoli o choro vendo Caius sair da cozinha à passos largos. Olhei a bagunça em volta e tapei a boca chorando ainda mais.

'_Até quando terei que suportar tudo isso?'_

Dois dias depois, Dillinger havia convidado seus parceiros para ir ao jogo de basebol em um sábado e ele pediu à Caius para que eu fosse om eles junto de outras esposas de seus companheiros. Mesmo a contragosto, lá estava eu sentada na arquibancada, longe o suficiente dos outros, com meu chapéu de abas redondas me protegendo do sol e tapando meu rosto machucado por conta da agressão.

Eu esperava que ninguém me notasse isolada, nem mesmo John, porque eu sabia que seria difícil esconder isso dele. Bom, como se tivesse lido meus pensamentos, vi pelo canto do olho, John passar entre as pessoas e vir até mim. Ele sorriu e sentou-se na cadeira desocupada ao meu lado.

-Fico feliz que tenha saido de casa um pouco, S/n.

Disse ele gentilmente. Sorri pequeno e John me encarou vendo que eu estava evitando olhar para ele.

-Hey?...

John encostou em meu queixo e virou meu rosto com cuidado

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John encostou em meu queixo e virou meu rosto com cuidado. Ele tocou com o polegar o roxo ao redor do meu olho esquerdo e gemi de dor.

-Ars...

-Foi ele quem fez isso com você?

Abaixei a cabeça e John soube a resposta.

-Filho da mãe!_Falou entre dentes. _-Por quê não veio até mim?

-Só pioraria ainda mais as coisas. _Falei tentando evitar o choro.

-Pioraria? Eu avisei que se ele encostasse um dedo em você novamente iria colher as consequências! Você devia ter me contado!...Quando aconteceu?_fiquei em silêncio _-S/n!_pulei assustada e olhei para minhas mãos sobre minhas coxas

-Há dois dias. Caius chegou estressado como sempre e descontou em mim.

John virou a cabeça e procurou com o olhar o meu noivo que estava rindo e bebendo com os outros enquanto assistiam o jogo.

-Isso tem que parar. _falei e John voltou a olhar para mim_-Eu não aguento mais, John. Eu...eu peguei a arma que você deixou para mim, mas não consegui usar...eu não pude fazer aquilo. Eu tentei...juro que pensei em acabar com tudo, mas não tive coragem de...

-Shiii... eu sei...eu sei, minha querida..._John puxou minha cabeça para seu peito e beijou enquanto seu corpo ia para frente e para trás tentando me acalmar.

Caius presenciou este momento, mas eu não me importei, pois nos braços de Dillinger eu me sentia segura.

No entanto, eu sabia que Caius não deixaria isso passar. Então quando o jogo acabou ele me fez voltar para casa. Logo na entrada começou a me empurrar e gritar comigo sobre como estava tão confiante nos braços de outro e senti seus dedos apertar fortemente meu maxilar.

-Vou te mostrar a quem você pertence, vadia!

Ele começou a me beijar a força enquanto me encostava rudemente no carro. Suas mãos desceram pelo meu corpo e estava prestes a entrar por baixo do meu vestido, quando um disparo de arma de fogo e o zumbido do tiro me fez congelar.

Caius havia sido baleado ao lado da cabeça e deslizou lentamente para o chão. Quando voltei ao normal, procurei quem havia atirado e vi John Dillinger e seu amigo Nelson, mais conhecido como Baby Face, cujo estava segurando a arma indicando que havia atirado.

-S/n..._John correu até mim e encostou nos dois lados do meu rosto _-Acabou! Você está segura agora, querida. _beijou minha testa e me puxou para seu peito abraçando-me com ternura. _-Acabou, meu amor.

Sorri e o abracei de volta respirando aliviada, pois agora sabia que poderia viver em paz ao lado do homem que amo.

...



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