Will Caster 🖥

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Ano 2007

Joseph Tagger havia me conhecido na faculdade de tecnologia naquele ano e disse que via potencial em mim. Claro que acreditei. Algumas semanas depois me levou para conhecer Will Caster. Quem seria meu chefe e o homem por quem eu iria me apaixonar profundamente.

Lembro-me como se fosse hoje... eu estava tão nervosa.

Estávamos eu Joseph e Max Waters em uma sala de escritório quando o senhor Caster entrou. Meus olhos o seguindo em cada movimento. Ele sorriu para os homens e os cumprimentou como velhos amigos, logo Tagger me apresentou. Enquanto Max falava de mim e do quanto eu era boa como técnica de TI avançado, e como eu me daria bem na indústria ao lado de Caster; ele escutava com atenção e de vez em quando me olhava e sorria. Principalmente ao saber de algum feito surpreendente.

E foi assim que Will  me contratou para sua equipe

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E foi assim que Will  me contratou para sua equipe.

Nós dois apertamos as mãos e olhando-me nos olhos ele passou a confiar fielmente em mim.

Com um ano na fábrica, nós nos aproximamos. Eu o seguia para qualquer lugar que fosse, e a cada dia aprendia mais com ele. Will me ensinou muitas coisas, principalmente a amar.

Quando nos demos conta, estávamos casados e vivendo uma vida tranquila em nossa casinha com varanda no meio de um lindo jardim que o próprio Will tinha cultivado. Mas o que ele mais gostava era da pequena estufa onde ficava suas plantações de todos os tipos; desde hortaliças à flores raras. Ele se sentia tão feliz cuidando delas. Lembro-me como saia da cama cedo para iniciar o dia, sempre preparando o café da manhã com ovos e bacon, e logo indo até a estufa um pouco nervoso com os pássaros por tentar invadir sua plantação.

Lembro-me também das tardes que passávamos juntos; ora conversando de tudo e nada ao mesmo tempo, ora apenas aproveitando a companhia um do outro. Era mágico.

E  dos momentos em que tínhamos palestras a ministrar. Às vezes eu ficava chateada por termos que ir à lugares separados, mas na maior parte do tempo fazíamos questão de estarmos juntos.

Eu acho que deveriamos ter aproveitado mais nossos momentos se soubessemos do futuro.

Nós tínhamos noção que muitos não concordavam com nossa criação, mas jamais tinha passado por nossas cabeças que um atentando contra a vida dele iria acontecer.

Will nunca mereceu todo aquele ódio. Muito menos aquele tiro que mudou negativamente nossas vidas. Ver o meu marido sofrer estava me matando aos poucos. Eu implorava aos céus para poupa-lo de tanta dor, pois não aguentava vê-lo definhar a cada dia enquanto o culpado vivia como se nada tivesse acontecido. Will não teve nenhuma chance a não ser se entregar a morte precoce, acabando por me deixar grávida e sozinha.
Max Waters, um homem honesto e gentil foi quem me deu todo apoio após a partida do meu marido.
...

Mas surpreendentemente o alivio veio quando um dia despertei-me deste pesadelo. Procurei por Will ao meu lado na cama, mas ele não estava, porém escutei o barulho da furadeira e meu coração pulsou freneticamente me dando a certeza de que toda aquela história de tiro e de um filho sem o Will não passara de um simples pesadelo. Enquanto me forcei a levantar, de forma involuntária e sentindo um peso no baixo ventre, toquei minha barriga, e mais uma vez me surpreendi. A gravidez era a única coisa verdadeira daquele sonho. Sorri e olhei para a pequena foto dupla em cima da mesinha de cabeceira e me emocionei. Em uma estava Will ao meu lado, com ele tocando minha barriga de cinco meses. Na outra, a foto do primeiro ultrassom. Faltava pouco para nosso filho vir ao mundo.

Saí com cuidado da cama, vesti meu robe branco e fui até a cozinha, peguei um pouco de café para ele e levei para a varanda, e vendo Will ali fazendo o que tanto gostava, me tirou o melhor sorriso. Assim que se deu conta de minha presença, ele sorriu e desligou a furadeira enquanto descia as escadas.

-Oi. _eu disse me aproximando dele. Will deixou o objeto em cima da escada e se virou para mim, beijando meus lábios.

-Olá, querida. Você dormiu bem?

-Sim. _não queria contar a ele sobre o pesadelo, então deixei passar_-Melhor impossível.

-Que bom, querida. E como está nosso pedacinho de amor?

Ele tocou minha barriga e sorriu ao sentir o bebê chutar.

-Olha ela aí.

-Não pode ouvir a voz do papai.

Will sorriu novamente e se curvou para deixar um beijo em meu umbigo.

-Oi bebê. Sou eu. Seu papai está bem aqui.

Ouvi-lo dizer isso me veio a emoção e não pude controlar as lágrimas formando em meus olhos ao recordar daquele pesadelo horrível. Will olhou para cima vendo-me prestes a chorar.

-Amor, o que foi?

Ele levantou e tocou meu rosto após pegar a xícara de minha mão e a deixar em cima da mesa de trabalho.

-Não é nada querido. Apenas me emocionei ouvindo você falar com nossa filha. Eu...eu estou tão feliz que esteja aqui, Will. _ele me abraçou com cuidado por conta da barriga de oito meses.

-Eu não vou a lugar nenhum, meu amor. Estarei pra sempre ao seu lado cuidando de nossa princesa. E isso é uma promessa.

E eu o beijei agradecendo-o por tudo.
...

Felizmente Will cumpriu o que tinha me prometido. Anos haviam se passado e agora estávamos vendo nossa filha Luiza recebendo o diploma da faculdade aplaudindo-a como dois pais babões e orgulhosos por termos criado uma menina tão incrível.

...

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