Capítulo quinze

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Foi a cutucada na minha testa que me acordou. O é hora de levantar, que veio depois disso, me fez abrir os olhos e vi o dedo pairando sobre o meu rosto. Mas foi a secura que vinha da minha garganta e a dor maçante na minha cabeça que me fez empurrar o lençol que puxei até o pescoço. Eu não tinha ideia de onde meu edredom estava.

Sentada com metade da bunda na cama e a mão acima do meu rosto, estava uma Lauren de banho tomado e ótima aparência, vestindo uma camiseta azul que fazia seus olhos parecerem que estavam com lentes de contato.

- O que você quer? - gemi, arrastando-me na cama até minhas costas descansarem contra a cabeceira.

Ela ignorou minhas palavras rudes e sorriu.

- Vista-se. Você precisa de um banho e precisa sair deste quarto por um tempo.

Eu a observei o tempo todo, enquanto bocejava, estremecendo com a dor que vinha da minha garganta, e depois estendi a mão para o copo de água quase vazio que estava na mesa de cabeceira, o mesmo que Lauren deixara lá na noite anterior. Bebendo o que restava da água em temperatura ambiente, perguntei:

- E foi por isso que você me acordou? Para me mandar tomar banho?

- E para tirá-la de casa.

Mas eu não queria sair de casa. Muito menos da minha cama. E especialmente para tomar banho.

A ponta do dedo dela veio ao meu rosto tão rápido que não tive a chance de me afastar antes que ela me cutucasse na testa.

- Mexa-se. Lacey não é exatamente paciente.

- Quem é Lacey?

- Você a conhecerá em um minuto. Se apresse. Enquanto isso, vou pegar outro copo de água. - Lauren se levantou e fez uma careta. - Escove os dentes também.

Por um segundo, pensei em soprar na sua cara só por este comentário, mas não tinha energia... e ela estava sendo gentil comigo a maior parte do tempo. Pelo menos vinha agindo completamente diferente comigo desde o dia anterior.

Eu poderia manter meu hálito horroroso para mim mesma daquela vez, mesmo que ela estivesse sendo uma idiota.

Mas a pergunta permaneceu... Quem diabos era Lacey e por que eu teria que conhecê-la? Especialmente quando estava doente. Quando estava prestes a abrir a boca e discutir com ela, minha cabeça latejou para me lembrar que meu corpo estava ainda fazendo as pazes com aquele vírus, para compensar todos os meses e possivelmente anos que se passaram desde a última vez que estive doente.

Meu corpo inteiro dizia: vá se foder, enquanto eu jogava o lençol de lado e colocava as pernas para fora da cama. Eu não estava desacostumada com dores, mas havia certo tipo de inferno pelo qual seu corpo passava quando estava doente. Tudo, dos meus olhos até os dedos dos pés, doía e parecia ranger apenas com os mais simples movimentos, e mal contive um gemido quando levantei lentamente.

Lauren soltou um huh, talvez vendo meu rosto ou sentindo a rigidez nos meus movimentos, mas não disse mais nada. Só isso já me cansou.

- Não estou com vontade de fazer nada.

- Eu não vou pedir para você fazer nada - respondeu Lauren. - Eu já disse que você precisa descansar.

Olhei os jeans que ela vestia.

- Então... para onde vamos?

Sua expressão não revelou nada.

- A nenhum lugar ruim.

- Você confia... - Ela fez uma careta. - Deixa pra lá. Apenas se vista.

O fato de eu não discutir ou fazer mais perguntas já dizia quão cansada eu estava. Arrastei os pés em direção à cômoda e peguei calcinha e sutiã, ficando ainda mais cansada depois disso. Lançando um olhar de soslaio para Lauren, eu a encontrei ainda sentada na cama...me observando. Suspirei e ela ergueu as sobrancelhas novamente.

De Jauregui, Com AmorOnde histórias criam vida. Descubra agora