03 | MALDITA

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Dias atuais
São Paulo, Capital.
YURI ALBERTO

MALDITA seja essa desgraçada que até hoje mexe com meu psicológico.

Digamos que eu não sou um cara de me apaixonar, não sou um cara de muitos amores, mas tem um filha da puta que desde sempre mexeu comigo e eu podia sentir meu corpo em fogo ao vê-lá chegando.

E não, infelizmente essa mulher a qual me refiro não era a minha namorada a qual eu me relaciono a cerca de 3 meses.

Hoje era um ótimo dia. Puta que me pariu.

Eu e Rodrygo decidimos movimentar a vida, assim que eu vi a Arabella naquele dia eu não conseguia pensar em mais nada, em mais ninguém, em absolutamente nada nem na minha festa. Por isso deixei que Rodrygo fizesse tudo, mas insisti que chamasse Isabella e a amiga, que era a mãe da minha filha.

Eu não guardava magoas de Arabella nem nada do tipo, ela não teria a bebê e era uma escolha dela. Mas eu insisti que ela ficasse, insisti que ela aceitasse e ela pensando em mim aceitou, significaria muito pra mim naquela época ter um filho e eu tomei aquela decisão.

Ela estava no direito dela, não desenvolvemos um amor, não desenvolvemos desejo e estava tudo bem, até que... a Ysis veio a cara dela, exatamente como ela, o rosto igual, os cabelos semelhantes, porra, eu olhava para Ysis e via a mulher que eu dividi a vida por tanto tempo.

— Papai, te ama filha. A Nena vai cuidar muito de você. — A Nena era a babá, Ysis tinha um enorme carinho por ela.

Ysis nunca teve aquela coisa de se apegar em outra pessoa para substituir a mãe, Ysis nunca sequer pensou que alguém poderia ser a mamãe dela, desde aquele dia no estúdio. Eu nunca escondi a verdade de Ysis, porque no fundo eu sabia que Arabella voltaria. Então, Ysis tinha ciência de que a mãe passava um tempo fora estudando, mas nunca havia visto fotos até aquele dia, mas mesmo assim eu desconversava, ela não sabia que era ela.

Após um tempo conversando com Ysis optei por ir a festa juntamente com a minha família que estava em peso, iam todos, com exceção da pequena, não gostava dê leva-lá para esses lugares.

Ao chegarmos lá a festa já estava lotada fui recepcionado por cada um de meus convidados, que já estavam meio "altos". Mas logo minha paz foi tirada, senti-me ser abraçado por uma mulher de tamanho médio, era a loira. Ana, minha atual namorada. No começo, eu e Ana éramos cúmplices um do outro até que Ysis a conheceu e Ysis não conseguia gostar dela de maneira alguma.

Aquilo meio que desestabilizou nossa relação e vi Ana começar a ter ciúmes de Ysis e aquilo simplesmente não fazia sentido na minha cabeça e quando era possível eu evitava a mais nova.

"Ah, mas por que não termina?", eu juro que tento, mas toda vez Ana desconversa, toda vez ela muda o assunto e começa a criar paranóias sobre "estar grávida" e aquilo sempre me desestruturava.

Eu estava com um copo de bebida na mão e curtia o baile com alguns amigos mais próximos, Guedes e Fagner que estavam com suas esposas.

— Porra, Yuri. Que festão!

— Uma pena que nosso pequeno galanteador está de coleira!

Idiotas. Eram ótimos em fazer piadas sobre como ei estava infeliz naquela porra de relacionamento. Eu estava rindo e curtindo com eles até que, vejo duas pessoas entrarem naquela porta, mas apenas uma chama completamente minha atenção, uma loira, do corpão, porra, que mulher gostosa. Me sinto desestabilizado e todos que estavam ao meu redor conseguem notar.

CHOICE$ - Yuri AlbertoOnde histórias criam vida. Descubra agora