009 - Uma conversa Franca - Parte I

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Capítulo 009 – Uma conversa franca

Hana saboreava uma xícara de seu chá favorito quando Rokuro entrou na sala de jantar demonstrando preocupação. Ela levantou seus olhos para seu cunhado, que ocupava o cargo de governante da mansão.

–Senhora Hana, a senhorita Momo não se encontra em seus aposentos. – Disse, o tom de preocupação evidente em sua voz. Hana sorriu divertida, sabendo onde a filha tinha ido.

–Não se preocupe, Rokuro. Provavelmente, minha filha deve estar com o garoto Izuku. – Disse terminando seu chá, e se levantando. – Pode ficar despreocupado, eu vou encontrá-los. Tenho uma leve noção de onde devem estar.

Com isso dito, a mulher se levanta da mesa, enquanto Rokuro se adianta e tira os utensílios usados por ela dali. Hana caminha até o quarto que compartilhava com Hayato, se dirigindo até seu closet, adentrando o mesmo. Ela tira o vestido longo que usava, e começa a procurar por roupas casuais que pudesse usar em uma praia. Ao achá-las, se veste sem pressa, a cabeça perdida em pensamentos.

Logo que coloca seus tênis de corrida, ela sai do closet, encontrando Hayato sentado na cama, observando o local de onde ela saiu.

–Me esperando? – Questionou ela, com seu tradicional sorriso no rosto.

–Apenas admirando a bela esposa que tenho. – Ele se levanta, e abraça a morena, a beijando, enrolando seus braços na cintura da mulher. Ela, automaticamente, enrolou seus braços no pescoço do mesmo.

Hana sorriu durante o beijo, enquanto sentia Hayato lhe puxar lentamente para a cama. Ela quebrou o beijo, e admirou o rosto do esposo, que tinha os olhos brilhando em desejo.

–Desculpe querido, mas preciso sair. Podemos dar um irmão ou irmã a Momo mais tarde. – A mulher comenta bem-humorada, se divertindo ao ver a expressão de falsa tristeza em seu rosto. – Eu preciso ir ver como ela e Izuku estão se saindo.

A expressão de Hayato mudou. Ele parecia sorrir em diversão.

–Eles estão juntos?

–Sim. Ontem ela me disse que tinha dado permissão para Inko enviar mensagens caso precisasse de ajuda com Izuku. Ela tinha certeza de que mesmo que ele precisasse de ajuda, ele se recusaria a pedir para alguém. – Hana não pode deixar de sorrir. – Se ela não fosse uma aspirante a heroína, ela poderia seguir a carreira de psicóloga.

–Ela deve ter puxado a mãe. – Hayato comentou. Logo sua expressão mudou para seriedade. – O garoto é mesmo o atual portador?

Aquilo pareceu fazer Hana deixar seus devaneios de lado, e olhar para o marido, que a encarava num misto de curiosidade e preocupação.

–Sim. Eu tive a certeza quando coloquei os olhos nele. – Ela olhou para as próprias mãos. – Eu pude sentir o One For All. Bem, claro que somente consigo sentir quando estou perto o suficiente dele.

Hayato se aproximou de Hana mais uma vez, segurando os ombros dela com delicadeza, enquanto olhava em seus olhos. Ele pôde ver que algum medo passava pelos olhos da mulher, porém, a mesma não deixava transparecer em seu rosto.

–Hana... Não... Nana. Tem certeza de que quer se aproximar dele? – A preocupação tomou conta de Hayato naquele momento. Flashes de memória mostrando uma Nana Shimura quase quebrada, chorando inconsolável no canto do banheiro enquanto ele observava impotente. As feridas emocionais que a luta contra All For One causou nela, só começaram a melhorar quando a mulher segurou uma pequena Momo recém-nascida em seus braços. – Eu lembro como você ficava toda vez que tinha alguma lembrança daquela luta. Sei o quanto se afastou disso para poder viver tranquilamente.

Herói em ascensãoOnde histórias criam vida. Descubra agora