012 - A verdade de Hana Yaoyorozu - Parte I

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Capítulo 012 – A verdade de Hana Yaoyorozu – Parte I

Izuku se olhou no espelho, enquanto tentava quase que inutilmente ajeitar a gravata vermelha que estava ao redor da gola da camisa branca. Após uma quinta tentativa frustrada, Izuku bufou, e soltou a gravata, fazendo com que a mesma caísse desamarrada de cada lado de seu pescoço.

– Nem a do uniforme eu consigo arrumar, imagina essa. – Resmungou, sendo que logo em seguida pulo de susto ao ouvir a voz de Inko na porta do quarto:

– Meu bebê está tão lindo! – Exclamou ela, com as mãos juntas próximas ao rosto. Izuku suou frio, e agradeceu que ela não tivesse nenhuma câmera perto dela, ou seu álbum de recordação ganharia mais uma foto vergonhosa, ao ver dele. – Está tendo problemas com a gravata de novo?

Izuku suspirou ao ouvir a pergunta. Todo dia ele tinha que inventar uma desculpa para tentar explicar a gravata do uniforme sempre amarrada de forma incorreta. No entanto, dessa vez, ele não poderia aparecer na frente de Momo com a peça colocada de maneira errada, uma vez que a própria Momo tinha lhe enviado. O garoto simplesmente sentia que não podia desapontá-la.

– Sim. A senhora pode me ajudar? – Questionou o garoto, se dando por vencido, e internamente torcendo para que Inko não pegasse sua câmera. A mulher sorriu, e sem dizer nada se aproximou do filho, começando a dar o nó correto na gravata, enquanto o explicava gentilmente.

Izuku observou cada passo com atenção, notando, pela primeira vez que aquela não era a primeira vez que Inko lhe mostrava como fazer aquilo, mas que, por algum motivo, ele nunca tinha conseguido aprender a fazer. Naquele momento, o garoto prometeu a si mesmo que daria mais atenção a sua mãe. Ela merecia isso, e ele sentiu que estava deixando a desejar nesse ponto.

– Pronto. Agora sim. – Ela deu um sorriso carinhoso, e se esticou um pouco para beijar a testa de Izuku, sendo que riu um pouco logo depois. – Como cresceu tanto? Me lembro de quanto era um garoto que mal batia no meu joelho.

– Sério? Eu não sou tão alto, mãe. Momo é maior que eu. – Izuku comentou sem jeito, e Inko riu, enquanto o garoto penteava o cabelo para trás.

– Bem, eu acho que ela gosta de garotos um pouco mais baixos que ela. – Comentou a mulher, com divertimento. Izuku olhou para ela sem entender ao certo o que a mãe quis dizer, mas considerando que era apenas alguma brincadeira dela, deixou de lado. – De toda forma, que horas o motorista dela virá te buscar? Eu já tenho que ir para o hospital.

– Ele disse que às 20:00 – Izuku tirou o celular do bolso do paletó, desbloqueando e olhando a hora, vendo que ainda eram 19:40, o recolocou no bolso. – Ainda faltam uns vinte minutos para ele chegar. Ele disse que viria umas oito da noite.

Inko assentiu balançando a cabeça, e deu um beijo na bochecha de Izuku.

– Então nos vemos amanhã, querido. Tranque tudo quando sair. – A mulher saiu dali cantarolando alguma melodia que Izuku não conhecia.

– Fazia tempo que não via ela tão feliz assim. – Murmurou, após ouvir o fechar da porta do apartamento. – Aquela conversa do almoço realmente deixou ela mais animada? Aquilo tirou um peso da consciência dela? – O esverdeado olhou para as próprias palmas das mãos. – Eu... Ainda não me sinto completamente livre de tudo que Kacchan me causou. – Nesse momento, sua consciência que, curiosamente, tinha a voz de Momo, cantarolou: "Pra você, é Bakugou. Não Kacchan, não Katsuki. Apenas Bakugou. E nem isso deveria ser. Chame-o logo de imbecil, e será um nome conveniente." Izuku riu. – Ela ficaria brava se me ouvisse chamando ele assim. Acho que é melhor passar a chamar ele formalmente. Não é isso que ele sempre quis? Ele odeia o apelido...

Herói em ascensãoOnde histórias criam vida. Descubra agora