APENAS MAIS UM ROUBO - Simone e Soraya

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Soraya

Quando vi Simone ir ao carro de Janja, decidi por esperar na sala para conversarmos sobre os fatos de mais cedo; a morena passou pela porta, dando duas voltas na chave e se sentando de frente para mim no enorme sofá, com as pernas cruzadas.

- Acho que mereço uma explicação, não acha Simone Tebet?! – Ao me ouvir chama-la pelo nome, ela engoliu em seco e soltou um longo suspiro.

- Sim, Sory. O que você quer saber?

- Absolutamente tudo, desde o início, quero cada mínimo detalhe e o motivo pelo qual você não me contou que já transou com a Rosângela; se agora estamos juntas e como você tanto gosta de dizer que sou "sua mulher", o mínimo seria me contar que a mulher que está sempre conosco nessa casa já teve algo com você.

- Bom, como ainda não fiz um pedido de namoro oficial, achei prematuro contar isso por agora; mas quero que saiba que entre Janja e eu não há, nunca teve e nunca terá nada, minha mulher é você e sempre será se assim for da sua vontade. Tudo começou quando ela terminou o namoro que tinha com Lula, ficou arrasada, chorou muito e ficou depressiva por um tempo; como uma boa amiga, cuidei dela, enxuguei suas lágrimas e a ajudei passar por tudo. Porém depois de um tempo, Rosângela começou a confundir as coisas; confundiu o carinho de amiga que eu tinha por ela com um interesse romântico. Começou a dar em cima de mim descaradamente, tentava a todo custo me levar para cama e eu sempre negando; essa história se estendeu por pelo menos uns 6 meses ou mais, até que um dia saímos junto com as meninas para um bar. Nesse dia eu bebi tanto que com a insistência dela, o álcool no meu corpo e o tempo que eu fiquei sem ter nada com ninguém, acabei cedendo; mas não me lembro muito bem de como foi, tenho apenas alguns flashes de memória daquela noite. No dia seguinte, acordei no quarto de hóspedes com ela completamente nua ao meu lado, na hora, a única coisa que eu pensava era a merda que eu tinha feito; até que ela acordou e se sentou por cima de mim e começou a se esfregar em mim. Eu não conseguia sentir nada, estava simplesmente com a cabeça a mil e completamente estática; quando ela finalmente acabou, eu pedi que fosse embora e a avisei que isso nunca mais iria se repetir. Me afastei dela o máximo possível, não deixava ela ficar aqui quando as meninas iam embora e assim foi até o dia que eu trouxe você pra cá, e o resto foi o que você viu hoje. Mas não sinto e nem nunca senti nada por ela, Janja para mim, é como se fosse uma amiga/irmã, justamente por isso eu fiquei em choque e não sabia o que fazer quando rolou isso tudo; resumidamente, é isso.

Eu agora me encontrava calada, apenas processando tudo o que ela havia me dito, e para mim, saber que a loira nunca tinha sido correspondida; trouxe um certo alívio. E pensar que em tantos meses ela tentando conquistar minha morena, não atingiu seu objetivo, enquanto eu simplesmente existi e já consegui o coração dela para mim. E o que ela quis dizer com "ainda não fiz um pedido oficial"? Será que foi só a Janja ou uma das meninas também? Melhor perguntar do que ficar remoendo isso depois.

- Foi apenas ela ou alguma das outras meninas também?

- Somente ela, meu bem. – Olhei no fundo dos seus olhos, dei um longo suspiro e fui em sua direção, descruzei suas pernas e me sentei em seu colo com uma perna de cada lado; encostei nossas testas e lhe dei um selinho.

- Tudo bem, eu só queria que fosse honesta comigo; obrigada por isso.

Após minha fala, ela levou a mão direita para minha nuca, adentrando os dedos nos meus fios loiros e puxando meu cabelo; fazendo com que meu pescoço ficasse exposto e ela deixasse beijos e mordidas pela região. Arrepiei cada pelo do meu corpo com seus toques, sua outra mão foi para meu seio direito massageando por cima do tecido da minha roupa.

- Será que agora eu posso ganhar minha surpresa? – Falou em quanto suas mãos acariciavam meu corpo, me deixando completamente rendida, mas eu ainda não iria ceder; preciso preparar uma surpresa bem-feita.

- Ainda não, suba, tome um banho enquanto eu termino de organizar as coisas lá na cozinha e me espere na nossa cama. – Roubei um beijo dela e me levantei caminhando até a cozinha, a deixando no sofá com uma cara de indignada.