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Soraya

Acordei e não encontrei Simone na cama, procurei por todo o quarto e nenhum sinal dela; acabei decidindo por ir tomar um banho. Parece que um caminhão passou por cima de mim, ao me olhar no espelho; me lembrei qual foi o caminhão e soltei um sorriso involuntário. Olhei meu corpo no espelho, em minha bunda tinha as marcas da sua mão mostrando os tapas que eu tinha tomado; em meu pescoço, chupões por todos os lados. Simone provavelmente também deve estar toda marcada, deixei arranhões por todo o corpo dela; e no nosso quarto round fiz questão de deixar seus seios e seu pescoço marcados, tenho que marcar território.

Entrei no chuveiro e liguei na água bem quente, me apoiei na parede de olhos fechados e deixei a água escorrer por todo meu corpo; tomei um banho longo e demorado, e até agora nada de Simone aparecer. Me enrolei em uma toalha, escovei meus dentes, penteei meus cabelos e os sequei; confesso estar um pouco chateada e querendo chorar por não ter acordado com Simone, saí do banheiro mexendo em meus cabelos e quase fui de arrasta pra cima quando vi Simone de volta ao nosso quarto e na nossa cama.

- Simone?! O que é que isso??? - Falei e já senti meu corpo quente, minha boceta formigando e seu olhar penetrante em meu corpo não ajudava em nada.

Aquela cena, sem dúvida nenhuma, é a minha favorita; ela estava ali com as pernas abertas, um laço de presente amarrado por cima de seus seios, na sua barriga estava escrito com chantilly "Te amo minha loira". Ela colocou algumas cerejas por cima do chantilly e deixou outra na cama entre suas pernas.

- Acordei hoje e senti a necessidade de te dar o primeiro presente de casamento, espero que goste. - Me lançou uma piscadinha extremamente sexy que me desmontou inteira, fazendo com que brotasse uma cachoeira entre minhas pernas.

- Eu não poderia ter recebido um presente melhor, agora deixe-me abrir e aproveitar meu presente. - Arranquei minha toalha e caminhei completamente nua em sua direção.

Desamarrei o laço que envolvia seus seios, sussurrei em seu ouvido um "Eu também te amo" e desci com beijos por toda sua barriga; lambendo cada gota de chantilly e descendo para o meio de suas pernas capturando a cereja que ali estava, a cereja do bolo, a cereja do meu bolo. E assim passamos toda a manhã nos amando, pedimos o almoço no nosso quarto mesmo e arrumamos nossas coisas; pois já vamos voltar hoje para Los Angeles.

Tomamos banho juntas com Simone reclamando dos arranhões que eu havia deixado nela na noite anterior, dei logo um jeito de calar a boca dela; deixando-a ocupada fazendo algo mais útil, se é que me entendem. O clima esquentou tanto que acabei com a cinta dentro de mim novamente, me deixando toda ardida e fazendo com que saíssemos do hotel um pouco mais tarde do que o previsto; mas ainda com tempo suficiente para chegarmos no aeroporto tranquilas.

Entramos no táxi e Simone falou onde era nosso destino, ficamos abraçadinhas e trocando beijos e carinhos; senti meu celular vibrar e assim que destravei a tela sabia que não dava tempo de não deixar Simone ler, já que ela estava grudada em mim. Era uma mensagem de Cesar me chamando para irmos jantar essa noite, eu não ia aceitar é claro; meu noivado vale mais do que um jantar com meu primo, mas Simone não deixou eu responder. Pegou o celular da minha mão e soltou um "Com licença amor", gravou um áudio dizendo que eu não queria ir jantar e que a única pessoa que eu tenho que jantar é com ela e que se ele quisesse jantar com nós duas; poderíamos marcar uma data, mas que somente comigo não seria possível. E depois ainda dizem que a ciumenta e territorialista sou eu, não gostei nada nada da sua atitude em ter pego o celular sem pedir; peguei meu celular de volta, fechei a cara e me sentei no outro canto do carro me afastando dela.

Ela me olhou indignada sem entender nada, mas nada falou; claramente sabe o que é bom se não quiser um divórcio antes mesmo do casamento. Terminamos o restante do trajeto em completo silêncio, chegamos no aeroporto e meu celular acabou ficando sem bateria; fomos em busca de um carregador portátil em uma loja do aeroporto e eu quase caí de costa com o valor, praticamente um celular novo. Mas Simone pagou sem ao menos reclamar do valor, só falou "débito por favor, na cor que minha esposa escolher"; rica é ela.

Sentamos em uma cadeira e esperamos dar o horário do nosso vôo, Simone a todo momento tentava se aproximar e consertar sua atitude de mais cedo; e é claro que obviamente não facilitei nem um pouco. Até que ela se levantou, disse que já voltava e sumiu; voltou algum tempo depois com 2 sanduíches do BK e dois refrigerantes. Nesse momento um sorriso iluminou meu rosto e eu me esqueci de todo e qualquer motivo pelo qual eu estava brava com ela.

- Me desculpa minha onça? - Me perguntou se sentando ao meu lado e me entregando um dos sanduíches com um refrigerante.

- Desculpo, mas nunca mais pegue meu celular daquele jeito sem minha permissão. - Dei um selinho nela e peguei meu lanche.

- Tudo bem, prometo não fazer mais; mas também espero que você corte esse contato e essa intimidade que ele acha que tem com você. Da mesma forma que não te dou motivos para se sentir insegura, acredito que deveria ser recíproco.

- Sim vida, prometo que irei conversar com ele e cortar isso. - Agora vem aqui que eu quero um beijinho.

Comemos e eu me agarrei nela e me permiti relaxar envolvida naquele abraço aconchegante e gostoso, finalmente deu o horário do nosso vôo; fomos para a fila de embarque e nos sentamos em nossas poltronas. Simone se sentou na janela, colocou um filme para ela assistir e deixou uma de suas mãos repousando em uma de minhas coxas; enquanto eu jogava um joguinho em meu telefone. Algum tempo após o avião decolar, senti um aperto no peito e uma sensação muito ruim; cutuquei minha noiva e a mesma me olhou.

- Tudo bem, Sô?

- Está, é só que estou sentindo um aperto no peito; uma sensação que algo ruim irá acontecer. E se nosso avião cair? E se nunca pudermos ter nossos filhos e casar quando voltarmos para Los Angeles, por que não iremos voltar.

- Amor, olha bem aqui pra mim; está tudo bem e nada vai acontecer. Vamos ter um time de futebol correndo pela nossa casa e nosso casamento vai ser como você sempre sonhou. - Deu um beijo em minha testa na intenção de me tranquilizar.

Assim que seus lábios se afastaram de minha testa, o avião começou a passar por uma turbulência e eu a olhei assustada. Antes que eu pudesse dizer qualquer coisa, senti que o avião estava descendo muito rápido e pânico era o único sentimento que tomava conta de mim.

- Vai dar tudo certo Sory, eu te amo e vamos sobreviver a isso. - Simone disse e entrelaçou sua mão na minha.

O avião descia cada vez mais rápido, tudo na janela se passava como um borrão, malas caiam dos bagageiros, máscaras de oxigênio despencaram sobre nossas cabeças, outros passageiros gritavam e assim como eu; todos estavam em pânico, iríamos todos morrer ali e todos sabíamos. Tudo o que eu e Simone passamos juntas, passava em minha cabeça como se fosse um filme de romance que terminava em tragédia.



N/A: Perdão por não ter aparecido na sexta como o prometido, mas aqui está mais um😘

APENAS MAIS UM ROUBO - Simone e SorayaOnde histórias criam vida. Descubra agora