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Soraya

Meu coração agora pulava quase à ponto de sair pela boca, meu corpo gelou, a boca secou e todas as palavras ficaram presas em minha garganta. Eu sei que meus motivos para ficar, são outros, mas não sei se estou pronta para admitir ainda; quebrei tanto a cara com meu noivado, que tenho medo de acontecer as mesmas coisas com Simone também se eu assumir o que estou sentindo. Porém também não posso mentir, que se dane, vou falar e seja o que Deus quiser.

- Sim, é tudo verdade. Pode ser que ainda seja cedo para definir o que eu estou sentindo, mas sei que algum sentimento por você está crescendo aqui dentro; não quero fugir dele, mas também tenho receio de deixar rolar. Como te disse durante uma de nossas conversas, meu último relacionamento não foi mil maravilhas; não quero que as mesmas coisas se repitam.

- E quanto a você? Me pediu para ser honesta e eu fui, quero saber se sente o mesmo por mim ou se teve outro motivo para me deixar ficar. – Falei e observei a morena na minha frente com um sorriso de lado, imagino que seja um bom sinal.

- Meus motivos são os mesmos que o seu, Sory. Fico feliz que tenha admitido, tive receio de não ser recíproco; e também não tive envolvimentos que foram lá essas coisas. Então peço que tenha paciência comigo e me ensine a te tratar bem, às vezes serei grossa ou algo do tipo sem ao menos perceber, então por favor, me ensine a tratá-la da forma correta, a forma que você realmente merece. E quanto a traí-la como sua ex fez, pode ficar tranquila que da minha parte isso nunca irá acontecer.

- Um dos meus princípios é aquele da máfia italiana, se sou capaz de enganar e trair quem confia em fechar os olhos ao meu lado; não sou digna da confiança de ninguém. E espero que assim seja da sua parte também, traição, é algo que para mim não tem perdão. – Após essa fala encarei Simone com um sorriso de orelha a orelha, e dessa vez meu coração pulava ainda mais, mas não era de nervoso e sim felicidade.

Passei meus braços ao redor do pescoço da minha morena e lhe dei um beijo calmo e demorado, um beijo cheio de carinho, amor e tesão. Ela segurou em minha nuca adentrando com os dedos em meus cabelos e dando um puxão firme, que me fez estremecer e me derreter por aquela mulher; separou nossos lábios, grudou sua testa na minha e passou o polegar nos meus lábios. Iniciou outro beijo pedindo passagem com a língua e logo cedi abrindo meus lábios.

Suas mãos agora passeavam por minhas costas em busca do zíper do meu macacão, que logo foi encontrado, ela foi abrindo lentamente até o fim. Deslizou as alças calmamente por meus ombros, deixando meu tronco coberto apenas por um sutiã de renda completamente transparente na cor branca. Desgrudou nossos lábios e admirou cada pedaço de minha pele exposta, seu olhar exalava luxúria, admiração e seus olhos brilhavam como se fosse a primeira vez que ela me visse seminua. Agarrou meus seios ainda por cima do sutiã massageando-os, o que me fez soltar um gemido por ser tão sensível naquela região; foi distribuindo beijos e chupões por todo meu pescoço, tirou uma de suas mãos de meus seios e foi descendo por minha barriga. Passou o macacão por minha bunda, me deixando agora apenas de lingerie, já que agora minha roupa se encontrava nos meus pés. Levou sua mão para minhas costas alisando a região de cima à baixo até chegar em meus glúteos, apertou com toda força me fazendo gemer um pouco mais alto dessa vez. Foi levando sua mão para frente do meu corpo e quando finalmente seus dedos iam adentrar minha calcinha, meu telefone começou a tocar no bolso de Simone; fazendo com que ambas gemessem em frustração. Simone me soltou e tirou o celular do bolso analisando o visor, era meu pai novamente.

- Porra, sogrinho muito empata-foda; sem condições. – Rimos com sua fala e ela me entregou o celular, atendi e coloquei no viva voz para que Simone falasse com ele.

Ligação on

- Soraya, onde você está? Chegamos e não encontramos ninguém em casa, te liguei e você não atendeu. Sabe muito bem que aos domingos esse horário, já deveria estar em casa como todas as outras vezes.

- Olá senhor Thronicke, aqui quem fala não é a Soraya, podemos dizer que no momento ela está meio que impossibilitada de falar.

- Quem é você e onde está minha filha?

- Quase me esqueci, ainda não me apresentei; que falta de educação a minha. Porém, vamos dispensar as apresentações, o importante é que estou com sua filha e não irei soltá-la enquanto não receber o que eu quero em troca.

- E o que você quer? Como irei saber se ela está viva e realmente está com você?

- Primeiramente vamos aos termos da nossa negociação, nada de polícia e muito menos investigação particular, estarei de olho até em quantos copos de água vocês bebem por dia. Quanto a provar se Soraya está bem e viva aqui comigo, posso enviar uma foto dela ou permitir que ela fale com você. E em troca da liberdade da loirinha, quero 600 mil reais em dinheiro vivo.

- O quê? Seiscentos mil reais é muita coisa, como espera que eu simplesmente arranje esse dinheiro do dia para noite? Impossível.

- Se continuar reclamando, terei que aumentar o valor para cobrir a encheção de saco que estou tendo que suportar. Não precisa ser da noite para o dia, lhe dou 72 horas para sacar o dinheiro e pagar o resgate; caso contrário, você irá receber sua filha da mesma forma. Ou melhor dizendo, os pedaços dela; seria uma pena ter que desmembrar um corpinho lindo desses.

- Certo, farei o que quer e conseguirei o dinheiro. Mas primeiro quero ouvir a voz de Soraya para confirmar que realmente está com ela.

Simone me olhou e fez um gesto com as mãos para que eu falasse.

- Papai, sou eu. Estou bem e estou viva, só me tira daqui por favor; não suporto mais ficar amarrada e amordaçada em uma cadeira. – Falei com uma falsa voz de choro, deixando até a morena impressionada com minha atuação.

- Fique tranquila, em breve tirarei você daí. Aguente só mais um pouco, agora me deixe falar com quer que seja essa que está com você.

- Acho que já não temos mais o que conversar Thronicke, já disse o que quero e espero seu retorno em 72 horas.
– Simone encerrou a chamada e colocou meu telefone em uma mesa que tinha ali próximo.

Ligação off

- Caramba, quem diria hein loirinha. Sabe atuar muito bem, até eu acreditei que realmente te amarrei em uma cadeira e deixei amordaçada. – Simone disse com um sorriso contido.

- Estou me esforçando para poder continuar do lado da mulher que quero, e falando em atuação, também acreditei que você realmente seria capaz de me cortar em pedacinhos e entregar para ele; só não te conhecendo para achar que você realmente seria capaz de fazer isso. Dei uma piscadinha e um sorriso para ela, que permaneceu séria me olhando com um olhar que eu não soube decifrar; o que fez com que eu engolisse em seco.

- Espera, você realmente não faria isso comigo né? – Perguntei assustada e logo em seguida escutei uma risada alta vindo da morena, o que fez com que eu relaxasse novamente.

- Claro que não, bobinha. Só queria ver sua cara, mas agora mudando de assunto, o que acha de continuarmos de onde paramos? – Ela se aproximou de mim, envolvendo seus braços em minha cintura, olhou meu corpo que ainda se encontrava seminu como a alguns minutos atrás e me deu vários selinhos.

- Acho uma ótima ideia. – A respondi com um sorriso e a mesma segurou em minhas coxas me suspendendo em seus braços, levei uma mão até sua nuca e a outra me segurei em seu ombro; enquanto ela ia dando lambidas e deixando chupões por todo meu pescoço e colo.


N/A: Qualquer erro me avisem, escrevi os dois cap. de hj na correria. Um beijo para todas as gays e espero que gostem.

APENAS MAIS UM ROUBO - Simone e SorayaOnde histórias criam vida. Descubra agora