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Simone

Acordei com uma dor de cabeça terrível, não tem dor de cabeça pior do que a que de ressaca de choro; dormi chorando nos braços da minha loirinha ontem e acordei ainda na mesma posição de ontem. Me soltei de seus braços com todo cuidado para não a acordar antes da hora, tomei um banho gelado, um remédio para dor de cabeça, me vesti com um terninho na cor vinho, calça da mesma cor, uma camisa cinza por baixo e meu famoso sapato do Egito; fiz uma maquiagem leve e fui acordar Soraya para irmos a empresa. Estamos dando um tempo dos roubos por enquanto, pelo menos até a poeira baixar um pouco; e está sendo maravilhoso e estressante ao mesmo tempo.

- Vida? – A chamei e ela apenas resmungou e virou para o lado.

- Acorda meu bem, precisamos ir para empresa. – A chamei novamente distribuindo beijinhos por todo seu rosto e me deitando em cima dela.

- Só mais cinco minutinhos, Sisa, por favor. – Me respondeu ainda de olhos fechados e sorrindo.

- Vamos, já está tarde; ou você não quer mais despedir Gabriela? - Ela levantou como um flash, quase me derrubando no processo.

- Me dê 20 minutos e estarei pronta! – Enrolou os cabelos em um coque e saiu correndo completamente nua em direção ao banheiro.

Desci as escadas, chegando na sala, encontrei várias malas próximas a porta; fiquei confusa, mas segui até a cozinha onde sabia que as meninas estavam tomando café.

- Bom dia, de quem são aquelas malas na porta?

- Bom dia branquela azeda! – Todas responderam juntas.

- São nossas, estamos indo embora hoje; já ficamos muito tempo aqui e você e a Soraya precisam de privacidade. - Eliziane me respondeu e ofereceu um misto quente.

- Sabe que não precisam ir, concordo com a parte da privacidade; mas gosto da presença de vocês aqui. – Respondi e dei uma mordida no lanche que me foi oferecido.

- Si, nós moramos perto; vamos estar aqui praticamente todo dia e eu e Elize vamos aproveitar esse tempinho sem trabalho, para fazermos uma viagem romântica. – Leila disse indo abraçar a esposa.

- E eu também estou indo porque preciso de um tempinho a sós com o Lind, até hoje não apresentei meu quarto para ele; o da minha casa no caso. – Gleise disse dando de ombros.

- Tudo bem, já entendi. Bando de coelhas, quem vê assim; nem pensa que já peguei Leila e Elize na cozinha e Gleise e Lind no meu escritório.

- Como é que é essa história Simone Nassar Tebet? – Soraya entrou na cozinha perguntando e cruzou os braços, me olhando com uma cara de poucos amigos; até me engasguei com a comida. Leila deu tapinhas nas minhas costas e Eliziane me entregou um copo com suco, assim que me desengasguei, tratei de logo responder.

- Peguei elas no flagra transando, somente isso e mais nada; você fica pegando as conversas pela metade e depois fica aí dando uma de doida, fofoqueira de meia tigela viu, vida?! – Todas caíram na risada, menos Soraya, que ficou com um bico do tamanho da semana.

- É só brincadeira minha onça, vem aqui vem. – Falei a puxando para meu colo e dando selinhos até seu bico se desmanchar em sorrisos.

Terminamos de tomar nosso café, nos despedimos das meninas; levei um esporro de Leila antes delas irem, porque Soraya contou o que eu fiz. Seguimos em direção a empresa, fiz questão de entrar de mãos dadas com minha mulher e ir em direção a minha sala; parei na mesa de Gabriela e mandei que fosse a minha sala. Sentei em minha cadeira e Soraya ficou de pé ao meu lado, passei meu braço direito em sua cintura e assim que Gabriela entrou; o primeiro lugar que seus olhos foram parar foi no meu braço que estava em volta de Soraya.

- Sente-se. – Apontei para a cadeira do outro lado da mesa.

- Vou direto ao ponto, achei que tivesse sido bem clara ontem ao dizer na frente de toda a empresa que MINHA esposa deve ser tratada com o mesmo respeito que eu, tem livre acesso para ir e vir quando e onde bem entender. Você por acaso tem algum problema de audição? Por que não tem outra explicação para a atitude que você tomou ontem. – Falei e ela engoliu em seco.

- Não sei do que você está falando Simone. – Se fez de desentendida, fiz menção de respondê-la; mas Soraya tomou frente e eu permaneci calada.

- Não se faça de cínica sua falsa, Simone já está sabendo de tudo. E para você, é Senhora Tebet! Conversei bastante com ela sobre você ainda ontem e eu decidi tomar uma decisão como sua mais nova chefe, a partir de hoje você não faz mais parte da Tebet Exportações e nem de nenhuma outra empresa cuja as donas somos nós; quero que retire todos os seus pertences até o fim do dia. – Soraya foi direta e reta.

- Você não pode fazer isso, você não tem esse direito! – Disse elevando o tom de voz para Soraya, ao vê-la fazendo isso, me subiu uma fúria fora do normal; fazendo com que eu me levantasse com rapidez.

- Primeiramente, abaixe seu tom para falar com sua superior; e mais do que sua superior, também é minha mulher. Segundo, ela não só pode, como acabou de fazer e tem o direito de fazer o que ela quiser; lhe dou 30 minutos para ir embora ou mando Rodrigo tirá-la a força, agora saia da minha sala. – Falei olhando-a com ódio e desprezo, a mesma lançou um olhar fulminante para Soraya e saiu quase arrancando minha porta com tamanha a força que ela bateu ao sair.

Soraya foi até a porta como quem não queria nada, passou a chave, fechou as cortinas e veio andando em minha direção igual uma onça, parecia que ia me devorar e realmente iria a julgar seu olhar faminto sobre mim.

- Caramba, você fica tão sexy toda mandona assim; sabe como ficaria ainda mais sexy? – Falou enquanto segurava na gola do blazer que eu usava.

- Como?

- Assim! – Falou me jogando em cima da mesa e pressionando sua perna direita no meio das minhas pernas.

- Tá ficando louca Soraya? – Perguntei de olhos arregalados ainda tentando processar de onde uma criatura daquele tamanho, tirou tanto força para me jogar em cima da mesa daquele jeito.

- Estou, mas estou louca para foder com você. – Me respondeu deixando beijos por meu pescoço, e quando fui para virá-la e inverter as posições, ela não deixou.

- Não, hoje não. Hoje é minha vez, fica calada e abre as pernas. – Levou ambas as mãos para minha camisa que estava com os primeiros botões abertos e puxou com toda força, fazendo com que os botões voassem longe.

- Valei-me, minha nossa senhora, é hoje que eu fico sem andar; que Deus me ajude. – Falei e ela soltou uma gargalhada, que logo sessou para que ela continuasse o que fez questão de começar.





N/A: Ai como eu queria estar no lugar da Simone nessas horas, esse e o próximo cap são dedicados para minha garota preferida. Sei que está lendo,meu doce. Então aproveite o hot que pediu; beijos minha vida. E um beijo para todas as gays que estão acompanhando e interagindo, amo vcs :) Prometo que solto o hot ainda hoje e vão perdoando os erros.

APENAS MAIS UM ROUBO - Simone e SorayaOnde histórias criam vida. Descubra agora