Sob o Luar.

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A noite estava serena.

Observava atenciosamente seu marido dormir, as respirações silenciosas, o coração batendo calmamente.

Seu marido dormia em seu peito, os cobertores macios e o abraço quente aquecia aquela noite fria.

A luz fraca da luminária criava um jogo de sombras nas paredes, enquanto a cortina entreaberta deixava adentrar a luz prateada da lua.

O silêncio reinava, quebrado apenas pelo suave sussurrar da brisa que balança delicadamente as cortinas.

Killua parecia tão indefeso e tranquilo ao seu lado.

Ele era lindo, sua pele pálida, corpo bem trabalhado, cabelos brancos. Uma combinação perfeita para ser o amor da minha vida.

Amava momentos assim. Se sentia mais íntimo do seu marido mesmo tendo onze anos juntos.

Estava agarrado em mim como um bicho-preguiça, ele continha um sono pesado. Gon o chamava de gatinho.

O meu peito se aquecia com um calor escaldante ao perceber o quanto Killua havia mudado. Em termos de aparência, ele herdou todas as características de seu papai, Silva.

Lembrava arduamente do dia que Killua tinha se confessado para si, o quão envergonhado ele ficou quando disse que eu já sabia do seu amor.

Desde o dia da confissão, eu amo ser chamado de Menino de Ouro.

Killua era péssimo com sentimentos, ele deixava tão óbvio que me amava. Seus olhos brilhavam; a mão suava; o rosto corava; tropeçava com o nada; o nervosismo tomava conta dele. Ele começava a agir com impulso e muitas vezes se atrapalhava.

Aquele assassino qualificado ficava molenga ao meu lado.

O nosso primeiro beijo foi quando adultos, nos exatos dezenoves anos. Foi estranho por nenhum dos dois saberem, depois de muito treino, eles pegaram o jeito, juntos.

Esse tempo de somente beijos e amassos ficarão guardados na minha lembrança para sempre.

Anos depois, que foi a primeira vez.

Sinceramente tive minhas dúvidas se Killua era realmente virgem depois daquele dia.

Quando éramos crianças, pré-adolescentes e adolescentes, a gente nem pensava sobre quaisquer coisas deste ramo.

Acho que pelo fato que, quando crianças ficamos muito tempo treinando, passamos o resto da nossa adolescência brincando iguais crianças. E estava tudo bem, eu gosto que tudo teve o nosso tempo.

Eu era ingênuo e imaturo quando pequeno, mas ao lado de Killua, parecia tão maduro.

Antes de começarem a namorar, ele era uma criança egoísta e extremamente ciumenta. Minha percepção dele naquela época era a de um menino bobo, confiante em coisas superficiais do mundo.

Seu marido amadureceu junto consigo.

A superficialidade daquela personalidade estava ligada à influência da sua família. Fiz com que ele se distanciasse dela após uma crise muito intensa.

Os dois aprenderam a amar incondicionalmente desde cedo.

E agora Killua parecia tão relaxado abraçado em si. Se agarrava mais ao ser acarenciado em sua nuca.

É loucura pensar que eu não sabia o que era amar alguém até conhecer Killua.

Eu não fazia ideia de como era. E tenho certeza que ele também não sabia.

No primeiro ano de namoro, Killua complicava tudo. Dizia que eu o abandonaria, sumia por dias e voltava atrás como um cachorro abandonado. Ele era tão confuso.

Illumi arruinou a mente dele.

Sempre ficava mal-humorado quando qualquer um outra pessoa além dele respirava ao meu lado. Até hoje em dia, mas é muito mais controlado que antes.

Agradecia internamente por isso.

Poucas das vezes brigavam eram porque de ciúmes. E eu realmente odiava aquilo, ser uma pessoa não ciumenta perto de uma pessoa ciumenta era estressante.

Era explícito que ele não suspeitava nem um pouco de traição. Seus ciúmes eram claros, sempre enfatizando que ninguém deveria se aproximar do que era dele.

Se ele soubesse o quão entregue eu sou à ele.

Confiaria ele a minha vida.

— Vida... - seu marido resmungou baixo, colocando a mão dentro da sua camisa. — Está com insônia?

Ele olhava com os olhos semicerrados. — Posso ficar acordado com você.

— Eu só estava te observando, amor. Eu ia dormir depois de organizar meus pensamentos.

Enquanto Gon falava, Killua dava selos em seus lábios.

Com certeza, Killua nem estava o escutando, o sono estava dominando ele. Seus olhos estavam se fechando sozinhos e sua mão apertava mais e mais o corpo do mais velho.

— Seus olhos estão brilhando, estava pensando em mim, não é?

Ele fechou seus olhos novamente e apertou mais seu marido no abraço.

— Convencido. - riu dando beijo em sua testa — Mas estava sim. Vamos dormir e descansar, amor.

[🌃]

Vou terminar essa sequência de histórias, não faz sentido continuar se não posso fazer coisas diferentes. 

Tenho outra história de killugon no perfil, é a minha história favorita. Por favor acompanhem.

Obrigada por todo apoio, lembrarei de cada pessoa que estava comentando e apoiando cada história sem comentar coisas inconvenientes, apaguei muitos mas depois desisti.

Aprecio todos vocês e lembrarei de todos vocês que me apoiaram. 💗

Muito obrigada mesmo! <3

Stories.    | Killua & Gon.Onde histórias criam vida. Descubra agora