Stories. | Killua & Gon.

Companhia Noturna.

maiores d idade
talvez esse seja meu cap fav

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A lua brilhava, visível através da janela, revelando sua fase cheia. A chuva caia sobre o luar, deixando a madrugada fria e silenciosa, no seu escritório vazio, apenas ele e seus pensamentos.

Com seus óculos de descanso, o ambiente estava mergulhado na escuridão, sendo a única fonte de luz um abajur com uma tonalidade azulada e a luz do luar. Killua escrevia anotações em seu caderno, o som suave da caneta deslizando no papel proporcionava uma satisfação tranquila em todo cômodo.

— Killua... - a voz sonolenta dominou o silêncio. Gon esfregava seus olhos indo em direção à seu cônjuge.

Vendo seu amado ir em sua direção, ele estendeu seus braços para Gon subir em seu colo. — Por que acordou agora, amor? Você está cansado, vá dormir.

Killua gentilmente espalhava beijos no rosto de Gon. Apertando suas bochechas e distribuindo selos em seus lábios.

Ele parecia tão adorável com a blusa de Zoldyck, parecia tão grande nele, por mais que fossem adultos, a nostalgia de quando eles eram crianças cobria seu peito de saudades.

Freecss abraçou seu marido, dando um beijo rápido no mesmo. — Eu não consigo dormir sem você do lado, vida. Já está terminando? - descansou sua cabeça nos ombros de Killua.

— Só falta algumas páginas até terminar, você deveria estar descansando. Amanhã tem trabalho, você parece ter se cansado muito esta noite. - Zoldyck esfregou sua mão livre nas costas de Gon, acarenciando aquela parte.

— De quem será a culpa? - cantarolou rindo baixo. — Ficarei no seu colo até você terminar, amor.

Voltando para o silêncio reconfortante de antes, apenas as respirações de ambos preenchiam o espaço. Apesar do cansaço, sua mão livre continuava a acariciar suavemente Gon, os dedos deslizando das costas até os cabelos do rapaz. Tinha certeza de que ele cairia no sono em questão de minutos.

Os batimentos cardíacos eram rápidos, pulsando com a mesma velocidade que tinham quando crianças. O quarto antes estava gélido, agora exalava um calor reconfortante impregnado pelo fervor do amor que compartilhavam.

Como era bom ter alguém para amar.

Eles quase não discutiam, acreditava que pelo fato de serem namorados desde muito cedo, não existiam indiferenças entre eles.

Em discussões normalmente quem pedia desculpas sempre era Killua, e não porque Gon era orgulhoso ou algo do tipo. É porque quem sempre estava errado era Killua.

Gon somente discutia com razão, Zoldyck odiava aquilo nele, ao menos podia tirar uma casquinha e ser dramático. Não existia essa opção para Freecss. Ou Killua resolvia o problema ou mais baixo o fazia sumir do planeta em questão de segundos.

Todos os defeitos deles haviam sidos consertados com muita conversa e compreensão de ambos.

— Eu nasci e existo para te amar, pirralho. - Killua quebrou o silêncio em sussurros, com o cuidado para não acordar seu companheiro.

Freecss com seus apenas treze anos, aparentava ser um tolo inocente. Entretanto era e sempre foi mais esperto que Killua.

Somos opostos: Gon Freecss é racional, amável, esperto e sempre simpático.

Killua Zoldyck, por mais que tente se mostrar durão e astuto, é, na verdade, uma pessoa bastante sentimental, ele não tinha simpatia ou empatia.

Claro que só mostrava seu lado bebê chorão para o único que confiava, Gon. Incontáveis vezes, ele chorava com seu amado nos braços, questionando a necessidade da terapia diante da existência do amor.

Confiava nele de olhos fechados, mesmo com braços e pernas amarrados, se fosse surdo e mudo. Killua Zoldyck confiaria cegamente nele. Gon sempre compartilhava a mesma prece de confiança inabalável.

Pode-se afirmar que Killua somente demonstrou melhora para Gon; ele sustenta até hoje que não tem a necessidade de agradar a mais ninguém além de seu amado.

Killua Zoldyck costumava considerar a ideia de almas gêmeas como uma fantasia de adultos frustrados, alimentando sonhos irreais. No entanto, após conhecer Freecss, sua perspectiva sobre essas fantasias mudou completamente.

Gon sempre o dizia que suas almas eram conectadas, que os nossos dedos mindinhos compartilhavam um fio vermelho carmesim.

Um dia, ele me fez o prometer de dedinho que continuaríamos juntos mesmo se estivéssemos em outros corpos.

Mesmo que ambos partissem desta vida ou renascessem em novos corpos, nossas almas ainda guardariam a lembrança do quão belo foi o nosso amor.

Com aquelas nuvens de pensamento, finalmente terminou as suas anotações. Fechando o seu caderno e levantando da cadeira com Gon em seu colo. — Vamos para a cama, meu bem.

Mesmo que Freecss não o ouvisse, sempre declarava suas palavras doces à ele.

Colocando Gon na cama deles, ele se deitou abraçando ele, sendo a concha maior.

Killua queria poder grudar na pele de Gon, como se fosse um carrapato ou um sanguessuga; ele não se importaria, queria permanecer próximo ao seu cônjuge constantemente.

Sempre que estava a seu lado sua serotonina crescia dominando todos os cantos de seu corpo.

Não existia tristeza ao lado de Gon Freecss.

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