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Estou aqui a uns trinta minutos esperando aquela garota chegar. Estou quase indo embora.

Se fosse um homem, eu já teria ido, mas é uma mulher, então vou esperar.

Nunca transei com mulher. Qual deve ser a sensação?

Ela era bonita por foto. Será que também é bonita pessoalmente?

Eu só não entendi o porquê ela marcou em um restaurante. Bem chique, a propósito. A água daqui deve custar meu rim. Ainda bem que eu vou comer outra coisa, e ainda vou receber por isso.

Eu não disse o preço, pois ela parece ser uma mulher de negócios, então deve ter bastante dinheiro. Considerando que ela conhece esse restaurante.

Depois de mais alguns minutos, ela chegou.

— Desculpe a demora, eu não estava lembrando onde eu tinha colo-

Ela parou de falar e olhou para o chão por alguns minutos.

— Tinha esquecido?

— O trânsito tava grande — ela me olhou e os nossos olhos finalmente se encontraram.

Que olhos lindos. Seu rosto brilhou assim que me olhou. Tenho certeza que o meu não foi diferente.

Eu sentí algo diferente. Quase perdi a postura, mas voltei ao normal quando o garçom chegou.

— O que vocês desejam?

— O que você quer comer, Patricia?

— Qualquer coisa — disse sem entender o que estava acontecendo.

— Nesse caso, traga o mesmo de sempre, Bambam.

— É pra já, senhorita Chankimha. E o que desejam de entrada?

— Pode ser uma porção de batata frita, um suco de laranja e... o que você quer de bebida?

— Um vinho.

— E o melhor vinho que tiver — o rapaz assentiu. Eu não desviei o olhar da garota.

— Conhece ele?

— Sim. Ele é meu amigo. Eu venho aqui bastante, sou amiga do dono.

— Vem sempre acompanhada.

— Sim, do meu melhor amigo. Nós almoçamos aqui.

— Hum. Pensei que fôssemos nos encontrar em um motel, não em um restaurante. Isso parece um encontro — ela franziu o cenho.

— Quê? Mas eu pensei que você soubesse que isso é um encontro.

— Eu não vou a encontros.

— Mas você estava naquele aplicativo de encontros.

— Nem todos que estão lá, querem arranjar alguém. Eu sou uma prostituta — ela arregalou os olhos.

— Mas...

— Tava na minha bio. Você não viu? — ela balançou a cabeça. — Eu vou ir embora.

— Não! — ela pediu, desesperada. — Vamos conversar. Sei lá, talvez possamos virar amigas?!

— Eu só vou ficar por causa da comida — ela baixou a cabeça para esconder o sorriso que se formou em seus lábios. Não pude evitar de dar um sorriso singelo a vendo.

— Qual é o seu nome completo? Receio que não tenha só Patricia em sua certidão de nascimento — rimos um pouco baixo.

— Patricia Armstrong. Tem mais, porém só vou falar quando criarmos MUITA intimidade.

The Prostitute | Freenbecky G!POnde histórias criam vida. Descubra agora