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Acabei de chegar no restaurante onde o Jongin marcou para encontrar a Becky. Está tocando um jazz bem calmo e chique.

O restaurante em sí, está bem calmo. Não tem tanta barulheira que, normalmente, os outros restaurantes têm.

Percebi que este lugar possuí uma iluminação mais escura para deixar em destaque as velas que ficam nas mesas.

Provavelmente é um lugar onde só ricos frequentam. Eu nunca ouvi falar, mas parece ser muito bom.

Caminhei pelo o restaurante, procurando Kim Jongin. Assim que o encontrei, me direcionei até a mesa onde ele estava sentado.

— Com licença! — ele me olhou. — Kim Jongin?

— Sim. O que deseja?

Coloquei minhas mãos em meus bolsos da frente.

— Você veio se encontrar com uma garota chamada... Qual era o mesmo o nome dela? — me fiz de sonsa e ele acabou acreditando.

— Patricia Armstrong.

— Claro — tirei uma mão do meu bolso e estralei o meu dedo, fazendo um movimento com o corpo também.

— O que tem ela?

— Ela teve um imprevisto e não pôde vir. Portanto, ela me mandou em seu lugar. Ela disse que seria um jantar de negócios.

— Negócios? — assenti e ele virou o rosto para frente. — O negócio seria na cama, no caso — ele deu um sorriso malicioso e bebeu um gole de sua bebida. — Sente-se!

Foi mais fácil do que eu imaginei.

Sentei-me na cadeira em sua frente, e pedi outro vinho para o garçom.

— Como você se chama? — ele perguntou, após o garçom trazer meu vinho.

— Kim Nayeon.

Hoje mais cedo, eu fui até a delegacia para contar o meu plano aos policiais, e, eles me disseram que eu não poderia falar meu nome para o Jongin, teria que me apresentar com um nome falso.

Eu também estou disfarçada de uma forma que o Jongin não me reconheça.

— Kim Nayeon. Combina com você. É um nome lindo, só não mais que você, é claro.

— Obrigada!

Que nojo!

Credo!

Eca!

Rato de esgoto escroto e nojento do caralho!

— Se não se importa, a Patricia me passou algumas perguntas para te fazer.

— Pode fazê-las.

— Com o que o senhor trabalha?

— Tráfico de drogas. Ela já sabe disso.

— Provavelmente queria ter certeza — ele assentiu e sorriu. — Você já ingeriu alguma substância não autorizada?

— Sim. O uso do testosterona pra academia.

— Ah, sim. Muitos homens fazem isso. Ajudam vocês a ganharem os efeitos da academia mais rápido, certo?

— É mais ou menos isso.

— Alguém mais trabalha com você que a Patricia começa?

— Eu não sei. Mas posso citar os nomes de quem trabalha comigo.

— Se não for encômodo — sorri para ele e negou com a cabeça.

— Félix, Hiyunjin, Irin, Suga e Tzuyu.

— Vocês são uma quadrilha?

— Ainda não. Estamos tentando formar uma. Por quê? Ela quer participar?

— Eu não sei. Ela disse que essa lista é pra te conhecer melhor. Acho que Patricia quer algo mais com você, Kim Jongin.

— Tomara — rimos.

Que idiota!

— Você já matou alguém?

— Estas perguntas estão ficando meio pesadas, não acha?

— É.

— A Patricia quer saber demais. Só falta ela pedir o meu endereço agora — ele riu. — Patricia, Patricia. Saudade daquela sentada — ele mordeu o lábio inferior.

Eu vou matar este desgraçado!

Filho da puta!

— Bom, eu preciso ir. Eu acabei de lembrar que tenho outro compromisso.

— Mas já?

— Sim. Infelizmente vou ter que ir embora. Nos vemos outra vez. Tenha uma boa noite, Kim Jongin.

— Vai ir embora sem me dar um beijo? A Patricia iria pra cama comigo. Você não vai?

— Receio que não vá querer transar com alguém que tenha o mesmo órgão genital que você — virei para ele e o mesmo franziu o cenho. — É isso mesmo que você ouviu. Eu tenho um pau.

— Não é possível. Você é um homem?

— Não. Eu sou uma mulher com um pau. Simples e fácil de entender. Tchau, Jongin!

Antes que ele pudesse dizer mais alguma coisa, eu saí daquele local. Agora eu tenho que ir até a delegacia.

Entrei no meu carro e a primeira coisa que eu fiz, foi: tirar a câmera que estava camuflada no meu blazer.

Agora é só ir entregar isso para o Jin, o Namjoon e a Somi.

— Becky, eu tô me metendo numa enrrascada por você — liguei o carro e só então vi que Jongin estava me procurando. A minha sorte, é que o meu carro tem um Insulfilm bem escuro.

Passei por ele e percebi seu olhar sob alguma coisa atrás do meu carro. Não faço ideia do que era.

Olhei pelo retrovisor e vi Irin indo até ele. Parei em um sinal vermelho, porém dava para ver perfeitamente os dois.

Ambos estavam brigando, a Irin chegou a dar um tapa na cara do Jongin. Não entendi o porquê, mas eu que não iria ficar ali para descobrir.

Assim que o sinal abriu, eu fui em direção a delegacia principal de Seul.

***

— E, então?

— Descobrimos muitas coisas com esse vídeo, Freen — Somi disse enquanto mostrava uma foto do Jongin e da Irin. — Parece que o Jongin e a Chaeyoung têm contato desde muito antes da Becky aparecer na vida de ambos.

— O Jongin também expôs seus companheiros — Somi mostrou a foto deles. — Conseguimos identificar quatro deles contando com Irin. Os quatro foram presos vendendo droga — Namjoon disse enquanto se acomodava ao meu lado para ver a foto dos traficantes.

— A única que não conseguimos encontrar, é a Tzuyu. Ela parece ser bem mais inteligente do que todos os outro. A garota não deixa nenhum rastro — disse Jin. Ele é um investigador que trabalha com a Somi e o Namjoon.

— Sim. Seja quem for ela, temos que ter cuidado. Se ela é tão inteligente a ponto de conseguir não deixar rastros, ela é inteligente o suficiente pra saber que estamos investigando o Kim e a Park — Namjoon explicou e todos nós assentimos, tendo a mesma impressão que ele.

— Você conhece alguma Tzuyu, Freen? — perguntou Somi enquanto se afastava de mim.

— Eu até conheço, mas ela mora em Los Angeles — todos me olharam.

— Você lembra como ela é? Você sabe qual é o nome completo dela? — Jin me interrogou.

— Eu tenho o Instagram dela. Vocês querem?

— Que pergunta, Sarocha — Somi se aproximou de mim enquanto falava em um tom mais alto.

— Obrigado, Freen! Isso vai ajudar ainda mais na investigação — disse Jin e logo saiu da sala após pegar o insta da garota.

— Agora você pode ir pra casa e aguardar até que entremos em contato com você. Mas lembre-se de entrar em contato com a gente se acontecer algo — Namjoon disse e eu assenti.

The Prostitute | Freenbecky G!POnde histórias criam vida. Descubra agora