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Aquela loira azeda está vindo para cá.

Becky, se controla! Não fala merda, por favor!

Ignora o passado, garota.

— Oi — ela sentou espreguiçadeira ao lado da minha. — Você namora?

— Não — respondi, curta, fria e grossa.

— A minha amiga quer ficar com você.

— Não quero.

— É uma mulher de poucas palavras, né? Pelo menos olhe na minha cara, Becky.

— O que você quer, Urassaya? — tirei meu óculos e a encarei.

— Olha! Você lembra meu nome — ela sorriu sarcásticamente.

— Me fala logo o que você quer.

— É que eu ouvi boatos de que você é uma prostituta. É verdade?

— Por quê? Quer transar comigo? — ela riu.

— Credo. Óbvio que eu nunca transaria com uma assassina que nem você.

Coloquei meu óculos e voltei a relaxar, tentando ignorar a presença da loira.

— Vou chamar a Sarocha pra falar com você.

— Urassaya — ela me olhou, curiosa. — Ela me conhece como Patricia. Por favor, não fale que eu me chamo Becky.

— Vocês se conhecem?

— Sim.

— Tive uma ideia — ela sorriu. — Só segue o roteiro e não diz nada, ok?

— Quê?

— SAROCHA! — ela olhou para nós. — VEM CÁ! — ela disse alguma coisa para o Hoseok e logo veio em nossa direção.

Assim que Freen chegou, ela tentou não olhar para o meu corpo. E conseguiu, ficou olhando, ou para sua amiga, ou para o céu a todo momento.

— Patricia, ela é feia, não é?

Oi?!

O que eu perdi?

Ela disse que a Sarocha é feia?

Aaahhhh, lembrei!

— Não. Do jeito que você disse, parecia que ela iria ser o próprio Shrek — disse a primeira coisa que veio em minha cabeça.

— Eu acho que exagerei um pouco.

— O que tá acontecendo? — ela perguntou.

Nem eu sei, Freen.

— Nada — ela fez Freen se sentar ao meu lado. — Fica aí, eu já volto!

Depois que Urassaya saiu, Freen se sentou na outra espreguiçadeira.

Ficamos em um silêncio total. Ninguém ousou falar uma palavra se quer.

Não sei o que aquela loira azeda está aprontando, mas sei que tem aver comigo e com a Sarocha.

— Obrigada por ontem! — agradeci.

— Não foi nada. Só achei que seria errado se eu deixasse o Kai fazer o que quer que ele fosse fazer, com a garota que eu gosto — ela arregalou os olhos e murchou o sorriso que estava em seu rosto enquanto falava.

— Você gosta de mim?

— Não. Digo. Sim. Mas como amiga — seu nervosismo fez com que ela ficasse mais agitada do que já é.

— Entendi. — Tirei meu óculos — Buceta! — encarei todos os alunos que fizeram bullying comigo, conversando com a Urassaya e rindo olhando para mim.

The Prostitute | Freenbecky G!POnde histórias criam vida. Descubra agora