Eu dormi na sala esperando Freen chegar. Estávamos eu, Heng e Nam assistindo qualquer coisa na televisão.
Acordei no meio da noite por conta de um trovão que deu. Eu não aguento mais chuva todo dia.
Percebi algumas coisas diferentes: tudo estava escuro, eu estava enrolada no colchão, olhei em volta e vi Freen dormindo de bruços no sofá.
Por que ela não se deitou comigo?
Me mexi um pouco no colchão para achar uma posição confortável e descobri a razão pela qual Freen não tinha dormido comigo. Nam estava do meu lado.
Sorri ao vê-la encolhida por conta frio. Enrolei minha irmã com o cobertor e virei para o lado contrário dela, vendo Non e Heng deitados em outro colchão de casal. Eles estavam dormindo abraçados e enrolados até o pescoço.
Provavelmente a chuva estava muito forte para eles irem embora. Com certeza a Freen obrigou eles a ficarem aqui.
Procurei por outra posição e tentei voltar a dormir, porém o barulho da chuva não estava permitindo-me descansar.
Peguei meu travesseiro e coloquei em meu rosto, na esperança de diminuir o barulho alto.
Senti uma mão pegar no meu ombro, me assustei. Meu coração quase saiu pela a boca, pois pensei que fosse um fantasma ou alguém que trabalha com o Kai.
Tirei o travesseiro do meu rosto lentamente, podendo observar a Freen me olhando preocupada e sonolenta. Ela perguntou se eu estava com medo, e eu assenti.
— Vem cá — ela disse, porém sua voz saiu mais como um assopro.
Sentei-me no colchão, tentando ao máximo não fazer movimentos bruscos para não acordar minha irmã. Tive sucesso, pois aquela garota não acorda nem se o mundo estiver acabando.
Freen me ajudou a subir no sofá. Assim que eu me deitei ao seu lado, me virei para a tv e fechei os olhos. Tentei dormir, mas não consegui, pois senti a mão de Freen na minha cintura. Ela me abraçou para que pudesse me mover para o outro lado do sofá, fazendo com que ela ficasse na beirada.
O bom é que o sofá é grande, então não vamos ter problemas com o espaço.
Estamos dividindo o travesseiro de Freen, portanto, o cheiro de seu perfume está presente no objeto macio e aconchegante.
Freen enterrou seu rosto atrás do meu pescoço, me abraçou enquanto me puxava para colar mais meu corpo no seu. Ela nos enrolou e, por fim, começou a fazer carinho na minha barriga enquanto suspirava o cheiro do shampoo presente nos meus fios negros.
— Boa noite, Becbec... Não precisa ter medo, eu estou aqui — ela disse em meu ouvido para que só eu ouvisse.
Assenti e retribuí seu "boa noite".
***
Quando acordei no dia seguinte, todos ainda estavam dormindo, inclusive a Freen. O sol ainda estava nascendo, ou seja, não tinha amanhecido por completo ainda.
Eu só acordei por conta de algo que estava incomodando minha intimidade. Já sei bem qual a razão por isso.
Não levantei, tentei dormir de novo, mesmo com o incômodo no meio das minhas pernas
Depois de um tempo, senti a movimentação de alguém se levantando. A Nam acordou e estava indo em direção ao nosso quarto para se arrumar e ir trabalhar.
Depois de alguns minutos, os meninos também acordaram. Eles foram até o banheiro de visitas para lavarem seus rostos.
Ouvi eles conversando algo com Nam enquanto tomavam café da manhã. Eu não estava ligando, até ouvir meu nome.
— Vocês viram a Becky e a Freen dormindo juntas? — perguntou o Non.
— Sim. Não sei como ela foi para lá — disse Nam.
— Hoje de madrugada, começou a cair o mundo lá fora. Eu escutei a Freen perguntando se Becky tava com medo — o Heng disse, fazendo-me revirar os olhos.
— Nam, você não acha melhor procurar um psicólogo ou terapeuta pra Becky.
— Sim, e eu vou fazer isso, mas quando todo esse lance de ameaça acabar. Não podemos confiar em muita gente agora.
Ouvi Heng tossir um pouco.
— Acho que vou pegar um resfriado.
— Por quê?
— Imunidade baixa. Não ando comendo direito ultimamente. Meu pai tá no hospital e isso complica bastante — arregalei os olhos.
Por que diabos ele não me contou isso?
Desde quando ele se importa com o pai dele?
Por que ele começou a se importar com o pai dele?
— Não tô entendo o porquê de você ficar sem comer por causa disso — Nam disse.
— Minha mãe tá jogando na minha cara que eu sou ingrato.
— Ingrato? Se eu ver sua mãe na rua, eu chuto a bunda dela — os três riram um pouco baixo. — Você pode conversar comigo se quiser, Heng. Eu tô aqui pra você.
— Obrigado!
— Você contou pra Jen?
— Não. Não quero preocupa-la com os meus problemas. Ela já tem problemas demais pra lidar.
— Você também tá desse jeito? — Non perguntou.
— Como assim eu também?
— O Namjoon, a Somi e o Jin disseram pra mim e pra Freen não falarmos nada sobre as ameaças que ela vem recebendo do Bambam. Também disseram pra ela não pode falar nada sobre a investigação e tals.
— Acho que todos nós sabemos o motivo de esconder essas coisas da Jen. Mas não deixa de ser errado. A Becky já é adulta.
— Você sabe que é mais complicado do que parece, Nam. Além de ela ter depressão, ela está grávida. Falar sobre os nossos problemas pra ela, só vai piorar o estado dela. Estamos querendo proteger a sua irmã porque amamos ela — Heng disse.
A conversa continuou rolando, porém não prestei atenção.
Eles acham que o mundo gira em torno de mim?
Se estão achando que isso é o certo a se fazer; se estão achando que esconder as coisas de mim é a melhor escolha, eles estão muito enganados.
Eu vou tirar satisfação com a Freen assim que ela acordar. Quero saber detalhe por detalhe sobre a "investigação".
VOCÊ ESTÁ LENDO
The Prostitute | Freenbecky G!P
FanfictionRebecca Armstrong é uma prostituta que vive sua vida com o dinheiro que ganha através do seu corpo. Freen Sarocha é uma pessoa muito lerda, certinha, medrosa, dramática, carinhosa a entre outros. Certo dia, Freen resolve conhecer alguém para partilh...