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Depois de buscarmos a Nam, fomos para a minha casa. A maioria das ruas estavam alagadas, e ainda estava chovendo bastante.

Chegamos na minha casa e eu mostrei o quarto para as meninas. Ela preferiram dormir no mesmo quarto para caso a Becky precisasse de ajuda.

Eu estava no meu quarto, olhando uma foto minha com meu avô, até que alguém bateu na minha porta.

- Sarocha, me ajuda a levar Becky até o quarto? - Nam perguntou assim que abriu a porta. - Está chorando?

- Não. Só caiu um cisco no meu olho e fez eu chorar. Nada demais - sorri para ela e logo me levantei. - Claro que eu te ajudo com a Becky.

- Certeza que está bem?

- Sim. Certeza - sorri novamente e ela retribuiu meu ato.

Becky estava em sua cadeira de rodas, agindo como se fosse a sua primeira vez aqui.

- A sua casa é linda, Freen - ela disse e eu ri. - Tá rindo do quê?

Me aproximei dela.

- Você fala como se fosse a primeira vez que vem aqui - ganhei um beliscão no braço e só então percebi que Nam estava com um sorriso malicioso.

- Você já esteve aqui, maninha?

- Já. Mas a gente não transou, se é isso que pensa. A Sarocha apenas me ajudou em um momento que eu precisei muito. Sou muito grata por isso, inclusive - ela me e olhou e eu sorri.

- Que momento foi esse?

- Não te interessa.

- Eu sou sua irmã mais velha.

- Não te interessa do mesmo jeito. A vida é minha e eu sou maior de idade - ela deu um sorriso singelo.

- Para de ser tão grossa - eu disse.

- Cala a boca que a conversa não chegou no chiqueiro - ela disse e Nam riu.

- Não fale assim com ela. A Freen está nos ajudando muito.

- Eu falo do jeito que eu quiser. A boca é minha - olhei para Nam.

A coreana disse sem deixar sair o som da voz: não liga pra ela.

Assenti e Becky bufou.

Peguei ela no colo e a levei até o quarto de hóspedes.

Ela é bem pesada, por incrível que pareça.

- Becky, eu vi seu celular - Nam apareceu atrás de mim e eu tomei um susto. Por sorte, Becky já estava na cama.

- E?

- O Kai te mandou mensagem.

Ela arregalou o olhos e começou a tremer.

- O que ele quer? - ela gaguejou, suando frio.

- Ele quer te encontrar amanhã a noite, na mesma boate de sempre.

- Não responda. Bloqueia ele e exclua o contato - ela disse.

- Na verdade, fale que ela vai ir - pedi para Nam, enquanto encarava Becky. - Só que ele vai ter uma surpresinha quando encontrar a sua amada.

- O que você vai fazer? - Nam perguntou.

- Eu vou ir ao encontro com ele.

- Vai fazer meu trabalho agora, praga? - eu ri e ambas franziram o cenho.

- Eu vou conversar com ele. Não posso?

- Pode. Mas... É perigoso.

- Relaxa, Nam! Eu sei me cuidar - Becky me encarou. Provavelmente estava me xingando de um trilhão de palavrões diferentes na sua mente. - Eu vou ir pro meu quarto.

The Prostitute | Freenbecky G!POnde histórias criam vida. Descubra agora