o dia.

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lua castro's point of view.

Hoje é o dia mais importante do ano todo: meu aniversário!

Depois da viagem inesquecível com o Otávio, voltei pra minha realidade — e tá osso, viu. O teimoso do Brenno não quer ir no médico de jeito nenhum, mesmo que ele esteja ficando cada vez pior. Eu já deixei currículo em todas as lojas que eu conheço, e nada até agora. Pra piorar, não consigo falar com a Catarina tem uns dois dias já.

Hoje alguns amigos dos meninos vieram aqui no apê, comemorar meu aniversário. Eles falaram que eu não podia deixar passar em branco. Logicamente eu convidei o Tavin, tem sido legal sair com ele.

Depois da crise que ele teve lá na viagem, não falamos mais sobre isso. Sei que é algo que o incomoda, mas tô esperando a hora certa para termos essa conversa. É estranho pensar que faz uma semana que eu estou em São Paulo e que esse é o mesmo tempo que eu tenho falado com o Otávio, parece muito mais.  

É uma puta doideira pensar em como tudo muda em uma semana.

— Luazinha! — escutei a voz da Kakau ecoar na cozinha.

— Oi, Kakau. — abracei a preta.

— Feliz aniversário, Gata! Trouxe um presente pra você, tenho certeza que vai amar.

— Eu também tenho... Obrigada, Kau. — Jotapê entrou no cômodo também.

— Eae, Lua? Tá ficando velha, viado. — empurrei ele de lado.

— Idiotão.

Terminei de arrumar a mesa da cozinha e me juntei ao pessoal na sala. A maioria eu conhecia, mas alguns eu sabia apenas o nome. Somos eu, Brenno, Jota, Guri, Barreto, Tavin, Maria, Kakau, Magrão, Lili, Apollo e a Triz que é namorada do Apollo — mas ela não fala muito.

— Tenho uma surpresa pra você, Irmã. — a voz do Brenno tá uma merda, mas ele ignora as ordens para não falar. — Não surta, já vou ficar quieto. — parece que lê meus pensamentos. — A surpresa tá na porta da frente, vai lá. Espero que você goste, Meu amor.

O mais velho deixou um selar na minha testa e saiu de perto. Não consigo nem imaginar que surpresa é, já que o Brenno sempre foi péssimo nisso.

Corri até a porta, encontrando tudo normal. Quando abri a porta, dei de cara com a Gabrielle, minha melhor amiga de infância, lá do Rio.

— GABI! Mentira, mano. — abracei a loira bem apertado. — Amiga, eu não acredito. Você tinha sumido, sua viada.

— Meu celular quebrou, mana. Eu pedi pra Marianna avisar a Cat. — logicamente ela não avisou, mas tudo bem. — Pensou o que? Que ia vir pra São Paulo e ia se livrar de mim?

— Não é possível, cara. Eu tava morrendo de saudade.

— Eu também! Agora vamo entrar que eu quero conhecer os Mc's, Dona Lua.

— Tudo bem, Interesseira. Vamos.

Praticamente puxei Gabrielle apartamento adentro correndo. Ela e Marianna são como irmãs pra mim, não importa onde a gente esteja. Eu, Gabi, Mari e Cat crescemos grudadas por sermos vizinhas e estudarmos na mesma escola. É tão estranho ficar longe delas, parece que São Paulo é uma realidade paralela.

— GENTE! Muita atenção em mim agora. — interrompi completamente todas as conversas apenas para apresentar Gabi. — Essa é a Gabrielle, minha melhor amiga lá do rio. Por favor, sejam tão legais com ela quanto são comigo.

— Oi, Pessoal!

A Gabi é uma menina lindíssima, delicada, amorosa, gentil e pra fechar ela é loira e tem olhos azuis. A mulher é perfeita. Tenho certeza que geral aqui vai gostar dela, assim como eu.

cidade lunar 🌙 - tavin mc.Onde histórias criam vida. Descubra agora