(quase) assumidos.

885 62 2
                                    

otávio bortoli's point of view.

Hoje é quinta-feira, dia de Batalha do Ana Rosa!

Mesmo tendo rimado na BDA de trio, é esquisito voltar a rotina das praças. A Lua dormiu aqui em casa ontem, depois da festinha que teve na casa da aldeia. Acabamos dormindo bem tarde, por causa do horário que chegamos, mas foi ótimo.

Agora são umas oito da manhã, preferi não acordar a Lua, tá bem cedo ainda. Tirei uma foto dela deitada no meu peito e postei nos stories. Eu tenho muita sorte, em.

Naveguei pelo Twitter, vi uns videos no Tiktok... Meus números têm crescido bastante nessas redes sociais. Nó de ligação já tá com data pra lançamento também, dia 24/08. Inclusive se os números continuarem tão bons dá até pra fazer uma festa de lançamento, ia ser foda. Tô bem com tudo que anda acontecendo, até as crises de pânico estão melhores e eu não fumo há algum tempo.

Lua tem passado muito tempo aqui e isso me faz muito bem, mas sei que ela fica incomodada, assim como fica incomodada morando com o Brennuz. Ela procurou emprego e não achou, então continua lá. Sei que ela sente muita falta dos pais e da irmã dela, mas não quer voltar a morar lá. Já tentei convencê-la a ir ver eles, mas ela não quer.

Senti ela começar a se mexer, me abraçando mais forte.

— Bom dia, Amor. — disse com a voz rouca.

— Bom dia, Princesa. Dormiu bem? — Lua balançou a cabeça que sim.

Digamos que ela demora um pouco pra acordar de fato, ela enrola demais. Ficamos enrolando na cama até umas dez da manhã, que foi quando decidi ir pra cozinha preparar um café da manhã pra gente. Coloquei a mesa de um jeito simples e esperei a gatona se juntar a mim.

Ela foi no quarto pegar o celular dela que tava carregando e quando voltou tava de cara fechada.

— Mano, você postou uma foto nossa nos seus stories? — ela parecia realmente chateada.

— Eu pensei que você ia gostar, Linda. Se você quiser posso apagar.

— Agora? Agora já foi, né Otávio. Viralizou, tá em um monte de página de rap, suas fãs tão lotando minha dm de xingamentos... Até o Brenno já viu a repercussão disso. — eu não pensei que isso aconteceria, não desse jeito.

— Desculpa, Lua. Eu nunca imaginei que isso aconteceria. — segurei a mão dela. — Só queria postar a gente.

Fiquei triste de verdade pela situação. Não queria deixar a Lua mal, muito menos queria que ela fosse atacada. Falei pra ela que ia me pronunciar, mas ela disse que isso ia piorar tudo, então fiquei quieto. Ela privou o instagram dela e saiu bloqueando um monte de gente. Eu só faço merda.

Fiquei na cozinha terminando de arrumar as coisas enquanto ela foi pro quarto se arrumar. Vamos almoçar no apartamento dos garotos hoje. Quando voltei pro quarto encontrei ela já pronta praticamente, tava linda como sempre. O clima entre a gente ficou meio ruim, então nem puxei papo, só fui me trocar. Ela tava usando um vestido preto coladinho e nos pés um air force branco, decidi combinar com ela e coloquei uma roupa toda preta, completando com o mesmo tênis.

Sai do banheiro e ela tava em pé na frente do espelho, fazendo maquiagem. Abracei ela por traz e me afundei na curva do pescoço dela.

— Deixa eu terminar, Otávio.

— Para de marra, Amor. Desculpa eu. — fiz carinha de cachorro pidão e consegui arrancar um sorriso. — Viu, tá até rindo.

— Se eu te desculpar, você deixa eu terminar minha maquiagem em paz? — fiz que não com a cabeça e ela riu. — Chatinho.

— Você adora. — beijei o pescoço dela e me afastei. — Vou te deixar em paz pra terminar.

Ela sorriu pra mim antes de voltar a atenção pra maquiagem de novo.

Assim que ela terminou já peguei as chaves do carro. A apartamento não é muito longe de casa, mas pelo horário podemos pegar algum transito ainda. Como sempre, Lua entrou no banco do carona e fomos cantando o caminho todo.

Como imaginei, pegamos trânsito mesmo, mas nem pareceu. O tempo passa rápido quando eu tô do lado da Lua. Estacionei em frente ao prédio e desliguei o carro.

— Amor, me desculpa de verdade por aquilo, tá?

— Esquece isso, Otávio. Sei que foi com boas intenções. — acariciou meu rosto antes de abrir a porta do carro pra sair.

Subimos pro apartamento encontrando todos na sala já. Magrão, Lili, Maria, Brennuz, Barreto, Guri, Jotapê e Kakau. Tava todo mundo sentado na sala, eles tão jogando mimica.

— Vê se não é o casal assumido! — Magrão gritou e todos começaram a bater palma e gritar.

— Elas crescem tão rápido. — Barreto fez o maior drama abraçando Lua.

— Não gostei dessa fita que cês dorme junto não, oh Lua. — Brennuz reclamou e Maria deu uma só nele. — Aí, Amor! Pra que?

— Deixa a garota.

— Isso aí, Brenno. Para de empatar a foda dos projeto de adulto. — meu senhor Jesus, Lua vai retirar o perdão depois deles falarem essas coisas.

— Vocês se passam. Chega, valeu? — abracei Lua, que ficou com vergonha.

— Agora que vocês chegaram, já posso servir o almoço, né? — Kakau perguntou.

— Com toda certeza! — Lili foi a primeira a ir pra cozinha.

A Kau fez strogonoff de frango pra gente, tava uma delícia. O almoço foi una zoeira só, muito divertido. A única parte ruim foi ter que lavar a louça, já que a Kakau que fez o almoço. No final, as meninas foram pro quarto do Jota conversar e a gente ficou na sala jogando videogame a tarde praticamente toda.

Quando começou a escurecer a gente começou a agitar pra ir pra batalha. Quem rimaria hoje era eu, Maria, Barreto, Guri e Magrão. O Brennuz ainda tava recuperando 100% da cirurgia e a Lua disse que ia assistir de casa com ele. Fiquei meio chateado, porque eu tô sentindo que vou me sair bem hoje e queria que ela visse, mas entendo o lado dela.

Somos cinco, já que a Lua, o Brennuz e a Kakau vão ficar em casa. Acabou que decidimos ir geral no meu carro mesmo. Me despedi dos três, deixando a Lu por último.

— Não vai me dar nem um boa sorte? — perguntei abraçado com ela.

— Você não precisa de sorte. — revirei os olhos pro clichê dela. — Mas boa sorte, Meu amor. Você vai amassar.

— Amo você. — dei um selinho demorado nela.

— Porra, Casal, vamo logo. — Magrão chamou da porta.

— Tchau! — ela me deu mais um selinho rápido e subiu as escadas.

— Vocês são melosos demais, tá maluco.

— Se fode, Magrão. — levei um tapa na nuca.

— Pra tu ficar esperto.

— Chega vocês dois. — Lili entrou no nosso meio.

Sorri por ver as amizades que ganhei com a rima de novo. E pela Lua também. Nunca imaginei estar tão bem.

cidade lunar 🌙 - tavin mc.Onde histórias criam vida. Descubra agora