BDA 7.

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lua castro's point of view.

Chegou o dia mais esperado desde que coloquei os pés em São Paulo. Aniversário de sete anos da Batalha da Aldeia.

A semana, desde a cirurgia do Brennuz até os preparativos para o evento, foi muito corrida. Meu irmão graças a Deus está bem, mas ainda tá internado, então vai ter que assistir pela live que será transmitida.

Agora estamos a caminho do local do evento, no carro. Barreto e Guri preferiram ir com o Noventa, então no carro viemos de carona com o Jota. A Kakau tá na frente com ele e atrás tá eu, a Maria e o Otávio - que inclusive tá mudo desde que almoçamos, ainda no apartamento. A Gabi teve que voltar pro Rio, mas prometeu que voltaria logo e que assistiria ao aniversário pelo celular.

Meu celular tocou, era uma chamada de video da Cat. Consegui falar mais com ela essa semana, mas não a vejo desde daquele dia. Atendi e logo vi ela toda arrumada, sorrindo abertamente.

— Oi, Cat. Você tá linda!! — disse sorrindo.

Olha quem fala, né? Nem acredito que você vai usar seu cabelo cacheado de novo. — é, bom, eu sei que o Brenno gosta e o Otávio também, então quis tentar hoje. — Já tão chegando lá?

— Sim, tamo quase lá já. Da oi pra Catarina, Gente. — virei a câmera pra Kakau e pro Jota, mas depois mostrei a Maria e o Tavin.

Oi! Enfim, tô indo pra casa de uma amiga assistir a batalha. — amiga?

— Ué, que amiga? — perguntei confusa.

A Júlia, ela é filha de um colega de trabalho do papai e estuda na mesma escola que ele me matriculou. O mais genial é que ela ama batalha e os pais dela são super liberais, então é o máximo ir pra lá.

— Que bom que você tá fazendo amizades aqui, Irmã.

Bom, vou desligar, porque se não vou me atrasar. Boa sorte pros meus cunhados e pro Jota também. — ri dela, mas mandei um beijo no ar. — Te amo, Lua. Tô com saudades.

— Também, Pequena. — encerrei a chamada.

Começamos uma conversa aleatória no carro, mas o Otávio não se envolveu na mesma. Desde que entramos no carro ele tá em silêncio, olhando a janela.

Não levamos nem mais cinco minutos pra chegar. A atmosfera do lugar já estava absurda e olha que ainda é meio cedo. Entramos no lugar onde é o "camarim" dos mcs e encontramos vários amigos lá.

O Jotapê foi o primeiro a se despedir e ir encontrar com o trio dele, a Kakau acompanhou ele e disse que depois ia pro camarote me fazer companhia. A Maria ficou conversando com o Bob e o Alva enquanto os meninos do trio dela não chegavam e eu fui com o Otávio pra salinha onde o Zuluzão e o Schuler vão ficar, mesmo que eles ainda não tenham chegado.

— Tá quieto hoje. — comentei, me sentando no sofá.

— Tô pilhado. — Otávio sentou ao meu lado e não demorou nem cinco minutos para ele começar a balançar a perna.

— Ei, calma! — coloquei a mão na perna dele. — Você sempre ficou nervoso assim antes de batalhar? — ele negou com a cabeça.

— Depois que as crises de pânico começaram, eu nunca mais batalhei. E se eu tiver uma crise de pânico ali? — ele parecia com medo de verdade.

— Não vai ter. Se ficar muito nervoso olha pra mim, eu vou estar na varanda do camarote vendo você o tempo todo. — passei a mão no seu rosto.

— Obrigada por confiar em mim, Lua. — me deu um selinho.

cidade lunar 🌙 - tavin mc.Onde histórias criam vida. Descubra agora