Prológo

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Lola Valentini
Roma

— Você vai pra casa do Damiano depois da festa? — Lina pergunta enquanto passa seu batom.

— Não, ele fez reserva em um hotel pra nós dois.

— Sério Lola, por que vocês dois são se assumem logo?

— Porque não tem nada pra assumir — dei os ombros — Somos amigos coloridos apenas.

— Vocês acabam com a minha saúde mental — resmungou.

— Se liga, Angelina.

Antes que minha irmã voltasse a falar eu deixei seu quarto indo para o meu me vestir. Hoje iríamos dar uma festa de despedida e boa sorte ao Måneskin, já que os mesmos saem amanhã para o Eurovision.

Coloco o vestido verde de cetim que ele me deu de presente para usar hoje, uma sandália dourada e acessórios da mesma cor. Lina havia feito a minha maquiagem e eu o meu cabelo. Eu havia amado o resultado da minha produção de hoje, Damiano acertou em cheio quando me deu esse vestido.

— Você está linda — a voz rouca ecoou no meu quarto e olhei pra ele — Lina me disse que estava aqui.

— Você também não está nada mal — sorri pra ele.

— Donatella escolheu a minha roupa, ela disse que eu teria que estar decente hoje — riu fraco.

Damiano usava uma calça de alfaiataria preta, uma blusa de botões branca por dentro de calça mas a mesma estava aberta até metade do seu peito deixando a mostra seus colares e em seus pés ele tinha botas chelsea pretas.

— Ela não brigou pelas botas?

— Sim, mas eu ignorei ela — sorriu.

— Estou tão orgulhosa de você, Dami. Você conquistou a Itália e agora está a um passo de conquistar toda a Europa.

— Eu não poderia fazer isso sem você do meu lado não me deixando desistir — ele me abraçou - Obrigada por me manter são, bug.

— É minha obrigação como sua consciência, bae.

— Você promete ir me visitar né?

— Você promete ficar no meu apartamento quando a turnê passar por Los Angeles?

— Prometo — ele estendeu o dedinho como fazia quando éramos crianças.

— Então, eu prometo também — juntei nossos dedinhos.

— Lina não está tendo um infarto com sua ida?

— É claro que ela está, ja viu como Angelina é superprotetora?

Angelina é minha irmã mais velha e o mais proximo do que se pode ser considerado uma mãe de verdade. Ela é a mais velha de nós tres e 10 anos mais velha que eu. Lina tem 29 anos, enquanto eu tenho 19. Nossos pais sempre foram uns merdas e eu não faço a menor questão de esconder isso. Toda e qualquer memória que eu tenha de amor na infancia são dadas por Lina enquanto uma aupair argentina fazia nosso almoço.

Lisa e Rocco nunca estavam em casa e quando estavam se quer se importavam em ser presentes. Eles estavam sempre viajando e não a trabalho mas sim a puro lazer, por isso quando os dois decidiram se mudar da Itália para uma ilha nas Bahamas nós se quer nos importamos. Atualmente, só sabemos que eles continuam vivos pelo dinheiro que eles nos enviam todo mês mesmo Lina dizendo que não precisamos do dinheiro deles e isso não é uma mentira visto que ela faz muita grana com sua vinícola e eu também com meu trabalho de fotografa.

Trastevere - Damiano David Onde histórias criam vida. Descubra agora